Capítulo 5

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DEPOIS

dela, não há um depois. Simplesmente não existe nada. Só um vazio enorme. Me sinto como um enorme deposito de lixo acumulado dentro de um quarto fedorento.

10 dias. Fazem 10 dias. Porque o sentimento de dor não vai embora? Porque ele só acumula, e nunca viaja para outro coração?

Porque ele não vai para o coração DELA?

Significado de dor: "sensação penosa, desagradável, produzida pela excitação de terminações nervosas sensíveis a esses estímulos, e classificada de acordo com o seu lugar, tipo, intensidade, periodicidade, difusão e caráter."

Sinto isso em todo o meu corpo. Li em algum lugar, que a maior e mais importante parte do corpo, não é o coração, não é os pulmões e nem o rim. A maior e mais importante parte do corpo é a que dói.

Minha alma dói. Se é que posso dizer que tenho alma. Isso é normal? Creio que não. Minha alma partiu na mala dela.

Ainda sinto seu cheiro pelo quarto, ainda consigo escutar sua voz, sentir seus braços me apertando para acordar e não chegar atrasado na faculdade.

Por que você fez isso? Por que me deixou? Era isso que queria desde o começo? Me deixar em pedaços e leva - los como um troféu?

Parabéns, você conseguiu.

"Meason você precisa levantar" - Kandy diz me chacoalhando.

"É cara, vai fazer duas semanas e você parece um trapo. É só uma garota" - Tristan diz tentando me animar.

Antes fosse Tristan, antes fosse.

AGORA

Escuto passos e me reviro na cama, dando de cara com o sol.

"BOM DIA STEWART!" - Gaia diz enquanto me chacoalha na cama.

"Que horas são" - Digo ainda com voz de sono. "São seis e meia. Sua mãe pediu pra que eu te chamasse para tomar café. Ah, e você vai me levar pra conhecer a cidade então vamos looooogo". - Ela diz dando pulinhos de alegria.

Não dormimos nem 6 horas inteiras, e ela já está com todo esse pique, quem me dera ficar desse jeito.

Me levanto e vou direto para o banheiro, escovo os dentes e tomo um banho rápido. Quando saio Gaya já não está no quarto. Coloco uma bermuda caqui e uma t-shirt preta. Coloco um tênis e arrumo meu cabelo. Desço as escadas e escuto risadas vindas da sala de jantar.

Quando entro há um banquete enorme na mesa, e todos estão rindo. Gaya se vira e sorri, acabo retribuindo o sorriso involuntariamente.

Sento-me ao lado dela, e preparo meu café da manhã.

"Aonde vocês vão hoje?" - Minha mãe pergunta olhando diretamente para mim.

"Hum, não sei. Acho que vou chamar Tristan e vamos para o parque, eu acho" - Digo passando mel nas panquecas quentinhas.

"Adoro parques" - Gaya sorri e começa a contar sobre alguns parques que existem em sua cidade.

Quanto terminamos, Gaya sobre para o quarto e eu a acompanho. Pegamos nossos celulares e uma quantia em dinheiro. Ela vai ao banheiro para escovar os dentes novamente, e eu faço o mesmo. Pego as chaves de caso é nós descemos.

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