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— Estranho como eles morreram não acha?

— Não estamos aqui pra julgar como eles morreram,  mary,  apenas faça seu trabalho.

—Nossa,  tudo bem então senhor "faça seu trabalho",  apenas achei estranho à forma como eles morreram,  olhe pra esse...

— se chamava Charles.

— À boca dele foi rasgada,  como se ele mesmo tivesse abeto tanto a boca que à fez rasgar e olha q eu nem sei se isso é possível.

— Eles morreram em uma briga,  foi o que à policia disse,  não tem nem mais nem menos,  um estava bêbado atacou o outro e fim,  não tem nada de misterioso nesse caso.  Agora ponha as luvas antes de toca no corpo.

— Pelos anos que trabalho aqui no ITEP,  nunca vi uma briga terminar com um com a boca rasgada e o outro com os olhos arrancados. Onde está à arma do crime?  Como eles fizeram isso um com o outro?  Com à mão?

— Não sabia que agora também quer a ser repórter,  chega de conversa,  tire logo a roupa do corpo,  tome — Disse jack entregando uma tesoura pra Mary — corte a roupa deles.

"Mary era uma jovem de 24 anos,  com seus cabelos lisos e longos,  seus olhos castanhos,  sua pele um pouco bronzeada por esta à pouco tempo na cidade,  não era muito alta,  tinha o tamanho comum, tinha uma voz doce como a de uma atendente na frente do chefe. Não chamava muita atenção pois não era assim tão bonita,  tinha uma beleza 'comum',  Mary tinha acabado de sai da faculdade,  era uma sonhadora,  só não contava com o fato do destino odiar sonhadores e a pós pra trabalhar em um ITEP lavando corpos de pessoas mortais para enterros,  lá trabalhava com um velho de 56 anos que se chamava jack,  à única coisa interessante em jack era o fato dele sempre conta boas história de terror"


— Quer saber de uma história realmente assustadora?  — Pergunta jack já com brilho no olhar para conta mais uma de suas histórias.

— Se for sobre o cadáver que voltou à vida,  eu não quero nem saber. Isso não assusta ninguém. — Provocou Mary,  já rasgando toda à roupa do cadáver de Charles.

— Não é sobre isso, olha escute bem pois...  — antes mesmo de jack acabar de falar Mary terminou à frase.

— Isso aconteceu mesmo,  ah!  Vc sempre diz isso em todas suas histórias,  e acaba que nenhuma delas são verdade e nem muito menos dão medo.

Jack olha para os próprios pés,  pensativo,  como que  dívidas se contaria à história ou não,  Mary logo percebeu o jeito dele.

— O que aconteceu jack?  Está pensativo.

— Não é nada,  apenas estou em dúvidas se conto uma coisa ou não.

—Ahhh não,  agora que começou termina! Só vai me deixar mais curiosa!

— Então se você quer,  vamos lá — Disse jack puxando uma cadeira pra lavar o corpo enquanto olhava pra Mary — "Foi à muito tempo,  diziam que aqui mesmo em nossa cidade existia uma mulher de nome "Elise" Que era casada com um rapaz chamado Collen eles viviam perto da entrada da cidade.  Pessoas da família sempre diziam que tentavam e tentavam ter filhos mais nunca conseguiam ter pq sempre que Elise engravidará não conseguia segurar o filho em seu ventre... "

— Triste — Acentua, Mary.

— "Elise não sabia mais o que fazer,  já tinha recorrido à tudo, padres,  médicos,  Deus... "

— Mas padres não "trabalham" para Deus?

— Deixe-me conta, Mary!

— Ta-ta-ta tudo bem,  conte.

—Onde parei?  Ah sim!  "(...) Elise um dia estava fazendo suas compras diárias,  até que uma velha cega à babordou e colocou uma das mãos na barriga de Elise e lhe disse: Eu posso resolver seu problema.
Elise logo ficou muito assustada,  pois como uma velha cega podia saber do problema dela? Mas Elise não ligou muito para o que a velha dizia, e continuou seu caminho para as compras, quado voltou pra casa não pensou naquele velha, mas apenas até dormir,  quando pegou no sono teve um sonho em que a velha segurava uma criança nos braços dizendo q era dela..."

— Espera só um pouco,  como alguém soube q era esse sonho que ela teve?

— Encontraram tudo no Diário do marido dela.  Continuando:  "Elise teve o mesmo sonho cinco vezes,  até que resolveu ir atrás dessa velha,  foi até o mercado onde à encontrou na primeira vez e não à viu lá,  foi até o dono da mercearia onde perguntou pela mulher cega que sempre ficava pedimos esmolas por lá,  o dono disse q à velha morrerá à alguns dias e que estava enterrada no cemitério da cidade... "

— Ela não tinha muita sorte,  não é?

— "Elise foi até o cemitério,  ver onde à velha foi enterrada e olhar na foto que ficava na lápide,  pra ter certeza que era à mesma velha... "

—Espera um pouco,  como uma velha se dinheiro poderia pagar um fotógrafo pra tirar foto a dela?

— Antigamente,  tiravam fotos dos cadáveres e colocavam nas lápides e antes que você pergunte,  sim,  o enterro também era de graça.
" Chegando no cemitério,  Elise viu que era à mesma velha que encontrou naquele dia,  quando estava indo embora um velho a abordou,  disse que à viu lá no túmulo da velha e perguntou se ela era uma tal de "Elise" Ela espantada respondeu que sim,  então o velho coveiro lhe deu uma carta e uma pequena bolsa de coro com três Pedrinhas de um tom verde,  e lhe disse que a senhora antes de morrer deixou isso para entregar à uma tall de "Elise",  ele surpresas,  pegou o envelope se perguntando se seria ela ou Qualquer outro pessoa com o mesmo nome que ela.
Ela abril à carta lá tinha escrito 'lhe deixo essa carta pois sabia que viria me visitar,  como em vida vós disse que sabia como lhe curar,  nesta carta vós digo,  vá até meu túmulo ágora mesmo,  leia está carta em voz alta e na última palavra que escrevi aumente ainda mais o tom de voz como em um grito,  logo depois,  queime ali mesmo minha está carta,  volte para casa e faça amor com seu marido,  você terá trigêmeas,  das três,  duas serão minhas e uma sua... "

— Que sombrios,  ela não fez?  Ou fez?

— Pensa,  você é uma mulher de 36 anos que quer engravidar,  tem um marido 16 anos mais novo que você que quer ter um filho,  seu tempo de engravidar já está acabando e seu marido está começando a enjoar de você,  fora o fato que você está com medo de acabar morrendo sozinha sem filhos e abandonada pelo marido,  fora que ficaria conhecida na cidade como "a árvore que não pode dá frutos"...

— Realmente...  Mas eai?  Ela fez?

— "Elise de início ficou com receio de fazer,  mas pensou bem e viu que essa era sua última esperança,  e assim foi,  chegando no túmulo começou a ler à carta bem alto e no final,  as ultimas palavras,  gritou bem alto..."

— Quais eram essas palavras?

Jack se levantou da cadeira em que estava sentado,  andou bem de vagar,  chegou bem perto do ouvido de Mary e Sussurrou "Ala su ma jas aqui"

                                 ...

Moonlight sonata: adagio sostenue
Ludwig van Beethoven.

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