XXII

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Logo após Vlad escutar os gritos vindo da casa ao lado ele olha para Maggie.
— O Que fez? — Pergunta Vlad com uma certa frieza.

—Eu estava com sede — Responde Maggie com um sorrisinho.

— Quantos?

— Um só.

— Quem era?

— O merido,  as relaxa, ele batia na mulher todas as vezes que chegava bêbado em casa,  até fiquei com um certo "nojo" Mas,  sangue é sangue.  — Responde Maggie com um certo tom de orgulho pelo que fez.

— Da próxima vez seja mais esperta,  não mate ninguém tão próximo de você. — diz Vlad já pegando seu casaco de couro negro e saindo da casa de Maggie novamente.

— Para onde vai? — Pergunta Maggie também saindo e já trancando à porta.

— Também estou com sede...

Ao responder,  Vlad saí caminhando à Passos rápidos em direção ao interior da cidade.
Maggie olha de relance para ele,  mas ele já estava incrivelmente longe e logo Maggie também vai para o hospital onde trabalhar.

— Não acredito que tenho que volta lá— pensa Maggie com ela mesma.

Maggie passa pela multidão que se formava na rua.

—Ei!  — Uma voz de uma senhora chama por Maggie.

Maggie se vira...

— Você sabe o que aconteceu? — À senhora pergunta.

— O porco do meu vizinho morreu — responde Maggie com um sorrisinho irônica.

À senhora fica intrigada com o sorriso da mesma e logo responde.
— Que horrível.

— Ele foi tarde... — Responde Maggie dando as costa para à senhora e seguindo seu caminho.

Logo à rua já estava cheia de pessoas, alguns Jornalistas e uma viatura com dois polícias.

— Senhor?!  Senhor?!  Pode me dizer o que aconteceu ai? —pergunta um jovem jornalista.

— Pelo que parece o pai da família foi assasinado com requintes de crueldade. — Responde o polícial gordo,  avermelhado do sol e com um bigode que mais parecia uma aranha.

— Já tem algum suspeito? — pergunta outro jornalista um pouco mais velho que o primeiro.

— Todos são suspeitos. — Diz o polícial já entrando na viatura.

— Ele está vivo! — Grita uma Senhora saindo de dentro da casa.

Todos olhavam com surpresa.

— O que? — Diz o polícial saindo novamente do carro da polícia.

Todos olhavam para à porta da casa ao lado da de Maggie e de lá,  saia o homem que à momentos atrás todos pensavam que estava morto.
Ainda cambaleando o homem andava para fora da casa.

Todos surpresos estavam paralisados.
O homem tinha um pedaço de sua garganta arrancada, o sangue ainda estava com muito sangue em sua roupa.

— VÃO AJUDÁ-LO! — Grita o polícial para os paramédicos que estavam lá.

Logo um pegou à maca de dentro da ambulância enquanto o outro corria em direção ao homem.

— Senhor!  Senhor!  Calma!  Sente-se — Diz o paramédico colocando uma das mãos no ombro do homem.

O outro paramédico troxe à maca e à pois no chão — Agora deite na maca — Diz o paramédico.

O homem se levanta com os olhos fixos no paramédico que estava com à maca.

— Senhor?  O senh...

Antes mesmo do paramédico terminar à frase o homem gravou os dentes na garganta do mesmo com um barulho alto de algo quebrando,  na frente de todos que lá estavam.

O paramédico soltou um grito agoniante e alto.

Todos enterram em pânico e começaram à correr de lá.

O segundo paramédico caiu no chão ao ver o colega jogando sangue enquanto o homem ainda estava com à boca no pescoço dele.

— SAIAM DAQUI! — Grita o policial já sacando sua arma,  enquanto seu colega chama reforço pelo rádio.

— Senhor! Solte ele agora! — Grita o polícial

O homem não responde,  apenas solta o corpo branco e gélido e sem fisionomia do paramédico.

O paramédico que estava no chão levanta e vai até o corpo do colega. 

Em um movimento rápido o homem segura o segundo paramédico pelo pescoço e o morde.

—NÃO! — grita o policial atirando várias vezes em direção ao homem.
Mas as balas nada fazem com o mesmo.

—MERDA! MERDA!  MINHAS BALAS NÃO FIZERAM NADA NO DESGRAÇADO!! ME AJUDEE! — O polícial gordo grita para o colega que estava dentro do carro.

O segundo polícial pega à arma e começa à atirar no homem.
Mas novamente nada acontece.

O homem larga o corpo do segundo paramédico e vai em direção ao polícial gordo.
O mesmo corre para trás da viatura.

— Pai? — uma menina que se aproximava,  ainda com à farda e bolsa da escola. — Porque você não foi me buscar?

—MENINA!  NÃO SE APROXIME! — Grita o polícial gordo.

O homem olha fixamente para à garota. E vai em sua direção.

O polícial gordo com sua arma novamente carregada,  atira na direção do homem.

À garota cai no chão e começa à gritar com o barulho dos tiros.

O homem à tira do chão com uma só mão,  pegando ela pelo braço.

— Pai!  Está me assustando... — diz à garota ao soluços...

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