Prólogo

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O executor não conseguiu impedir que matassem seu criador, só lhe restou fugir. Todas as tropas estavam em sua perseguição, todos os corredores cheios de fumaça, intoxicavam e dificultavam a visão, escutou os tiros e explosões a sua volta, sua vida dependia disso. Essa era a hora de partir e se esconder o mais longe possível, em uma galáxia ignorada por todos, mas que seu criador havia visitado em segredo.

Mais tiros em sua direção, esquivou-se em sua corrida, mas o ultimo acertou seu ombro queimando sua carne. A dor, que quase escureceu sua vista, o empurrou a correr mais rápido, escorregou e se escondeu atrás de um pilar, disparando em seus perseguidores. Quando matou dois deles, lhe deu alguns microssegundos de vantagem. Múltiplas explosões luminosas com faíscas coloridas, são disparadas no intuito de cega-lo, mas a algum tempo corrigiu essa falha em sua programação.

Suor escorreu de suas têmporas, sua corrida frenética lhe rendeu frutos, estava no hangar semidestruído por múltiplas explosões, que seu criador havia implantado como parte do plano de fuga, ele tinha intenção de conseguir. Agora o servia perfeitamente para sua própria saída.

As tropas não desistiram dele, continuavam investindo em capturá-lo, droga. Dois tiros perfuraram sua perna, poderia urrar de dor se não estivesse acostumado a pior delas, mas o ofensor, não viveu muito para se vangloriar disso.

Quase lá, voltou-se sobre um veiculo terrestre e usou-o como proteção, tempo para respirar e verificar sua munição. A cacofonia de explosões era ensurdecedora, fez os últimos disparos contra os soldados corajosos que se atreveram a vir em sua perseguição, mortos todos. Assim entrou na nave que seu pai havia preparado. Congratulações ao criador, finalmente poderia fugir de seu proposito.

Iniciou a decolagem, desprendeu as amarras, com tudo semidestruído em meio a explosões o portão não abriu, o computador de bordo verbalizou que estava a ponto de colisão, com alguns tiros de fottons, explodiu sua saída, a aceleração da nave faz suas emoções cantarem, liberdade, liberdade.

Pela tela de seu computador apreciou a destruição da nave mãe, lindo show pirotécnico, poderia gravar um vídeo para a posteridade. Feliz, feliz, feliz.

Não podia deixar de rir e gritar em jubilo, sim livre finalmente, mas seus patrões não iriam deixar barato, o computador emitia avisos sonoros e luminosos da aproximação de naves hostis, que disparam contra ele. Aula de pilotagem cento e um, ainda estava para ser criado um piloto mais capaz. Eles não têm ideia de onde meteram suas bundas espaciais.

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