Leon estava confuso com as fêmeas, nunca recebeu tanta atenção, isso era incomum. A parte mais estranha era forma com que Dhália parecia furiosa com isso, não tem certeza se era com ele ou com elas, a informação deveria ser armazenada para analise mais tarde. Ô, lugar confuso, mas pelo menos conseguiu trabalhar. Como constava em suas informações precisava de dinheiro para se manter, assim teria um teto e alimento, ao visto parece que agradava visualmente as mulheres, então o passo três de conseguir amigos, não parecia tão difícil como pensou ao chegar, seu pai ficaria orgulhoso do progresso que fez em poucos dias.
Foi uma ótima ideia lavar animais, ele falou com cada um, explicando o processo e os animais se acalmaram. Ao que parece ninguém os tinhas informados antes, ficavam confusos e mordiam, Leon respondeu que se fosse com ele, também morderia se não compreendesse porque estavam jogando líquidos em cima dele. Estava rindo com Paçoca, o cachorro caramelo de pelagem curta, que latia junto com seu riso, quando Dhália entrou.
— Parece que estão se divertindo.
— Claro, paçoca conta excelentes piadas e agora está prontinho para sua mãe. — Passou a mão por seu pelo, o cachorro latia em agrado.
— Não sei como faz isso, parece com o dr. Dolittle.
Leon fica rígido, foi pego, tenta manter-se próximo da verdade.
— Não chego a tanto, sabe que é impossível, acontece que cachorros são bem expressivos, basta observar suas reações, como posicionam as caudas, orelhas, seu latido, mantenho a tranquilidade, eles sentem minhas emoções e assim sinto as emoções deles, passo a eles sensações não agressivas. — Ufa, uma explicação mais genérica possivel.
— Estou impressionada, está na hora do almoço, vamos? Edna falou que está preparando um prato especial para você.
Poderia ter gritado viva de punhos para o ar, mas apenas se juntou a ela em silêncio inexpressivo em direção a saída.
Na hora do almoço a lanchonete de Edna estava cheia e estavam em baixa temporada, teoricamente era para ter poucos clientes, mas as mulheres solteiras da cidade estavam lá, curiosas por seu hóspede. Languidos sorrisos são dispostos a Leon onde quer que olhasse. Algumas acenam para ele, era como se fosse uma celebridade e queriam disputar sua atenção, será que não tinham casa para cuidar, roupa para lavar? Ela encontrou uma mesa disponível, Leon arrastou uma cadeira para ela, oh, é um cavalheiro, as mulheres suspiraram em volta. Dhália nunca percebeu que as locais eram assim, Leon percebeu que era o centro das atenções.
— O que está acontecendo? — Leon sentia o pânico rastejar por ele.
— Não faço ideia. — Respondeu olhando em volta, confusa com a situação.
Edna apareceu com o cardápio.
— Todas querem te ver, acham que podem ter um bocado gostoso e talvez fazer o caminho sujo sobre você.
Ela ria gostosamente. Agora realmente estava assustado, querem tirar um pedaço dele? Algum tipo de povo canibal? Lembrou-se de seus arquivos, não encontrou nenhuma informações sobre tribos canibais no Brasil. Não neste século. Não havia nada sobre isso na região.
— É algo para ter medo?
— Nah, isso é muito bom para os negócios e agora tenho uma lista de mulheres que querem se apresentar a você, loucas para que eu arranje seu telefone, até me pagaram adiantado. Não vejo tanto movimente desde o dia que veio aqui aquele ator de novela.
— Tá até parecendo aquele episódio do Chaves, quando apareceu o Hector Bonilla na vila deles e todas a mulheres da série querem levá-lo a algum lugar. — Sarcasmo escorreu de Dhália.
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Nosso Amor nas Estrelas
Science FictionDhália é uma veterinária de vinte oito anos, que fez uma promessa a si mesma. Nunca mais se aproximar de homens, muito menos namorá-los, intimidades nem pensar. Isso não parecia um problema, quando se estabeleceu em uma nova cidade, com novos amigos...