A casa

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Todos eles se aproximaram e eu reconheci a cara do Diogo. Este devia ser o grupo de amigos que ele mencionou no primeiro jantar. A Ana aproximou-se de um deles e envolveu-o num abraço.

"Carolina este é o Paulo, o meu namorado," as apresentações começaram "rapazes esta é a carolina."

Os nossos olhares cruzaram-se. Estaria ele a fingir que não me conhecia? A verdade é que ele só me olhou nos olhos uma vez, ou mantinha a cabeça baixa ou olhava para a sua câmara.

"Prazer em conhecer-vos," disse com um pequeno sorriso. Todos eles retribuíram o gesto e deram um pequeno olá. Exceto ele, ele só deu um breve "olá" cabisbaixo.

Emoções começaram a tomar conta de mim neste momento. Perguntas como "será que fiz algo de errado?" preenchiam a minha mente e não encontrava respostas para ela. Seria muito mais fácil dizer que me sentia invisível, porém eu sentia-me bem visível e totalmente ignorada.

"Bem, nós vamos fazer algumas compras, querem ir jantar lá a casa?" o namorado da Ana perguntou, acho que ele se chamava Paulo mas não tinha a certeza.

"Sim, nós vamos," a Ana respondeu por mim. Nem tempo tive de pensar se seria uma boa ideia ou não. Para mim, eu e o Diogo somos amigos, mas ao tratar-me desta maneira torna esta situação bastante constrangedora.

Estava demasiado focada no que tinha acontecido ao almoço para me concentrar no que tinha para fazer. Apesar de não nos conhecermos bem nem há muito tempo, eu confiava nele e ele magoou-me com a sua atitude. Pensei que fossemos amigos e amigos não fingem que não se conhecem. Não partiu somente o meu coração, mas a minha mente também.

O tempo voou. Quando dei por mim já o céu estava escuro e as luzes dos candeeiros já estavam acesas. Eram apenas seis da tarde, mas já parecia noite cerrada. A Ana passou pelo meu escritório a dizer que passava em minha casa por volta das sete e meia.

Só troquei para uma roupa mais confortável e carreguei o meu telemóvel no tempo que me sobrou. Nunca se sabe quando pode haver uma situação constrangedora e o telemóvel dá sempre jeito. A campainha soou e dirigi-me para o carro da Ana. A casa deles não ficava muito longe da minha porque a viagem não demorou mais que 10 min.

Uma grande porta vermelha abriu-se e apareceu o Paulo, o namorado da Ana que pelos vistos também tem um nome estranho.

"Bem vinda Carol," ele disse que um sorriso depois de nos convidar a entrar, "está à vontade!"

"Obrigada," tentei dar o meu melhor sorriso apesar do cansaço. Precisava desesperadamente de um café e algo para jantar.

"O que é o jantar?" perguntou a Ana mal entrou na cozinha. O tamanho da cozinha era maior que a minha sala e cozinha juntas.

"Churrasco," gritaram todos do lado de fora.

O Paulo e a Ana empurraram-me lá para fora para conhecerr toda a gente. Toda a gente era simpática, davam abraços calorosos e tinham imensa piada. Só faltava uma pessoa, ainda não a tinha visto depois da hora de almoço.

"Como é viverem todos juntos?" perguntei para o ar, na esperança de obter alguma resposta.

"É divertido," o Pi riu-se enquanto falava "ninguém tem um minuto de descanso, mas vale totalmente a pena."

Para oito rapazes a viver juntos, a casa estava muito bem arrumada e limpa. Para além disso, parecem tão felizes e, pelo que explicaram, também estão a realizar um sonho. Tudo isto e ainda não têm 25 anos.

Enquanto jantávamos, o meu coração caiu assim que olhei para a porta.








Olá!!!!! Desculpem a demora, espero que gostem :)

Não se esqueçam de votar e comentar se gostaram, Feliz Natal <3

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⏰ Última atualização: Dec 24, 2017 ⏰

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