Meu Professor de História

Juntos

Alana

Senti meu coração acelerar ao ver Dean a minha frente, me encarando com aquelas safiras verdes que tiravam toda a minha concentração.

-Oi. -Foi a única coisa que consegui dizer. Eu queria dizer que estava com saudades, que não parava de pensar nele. Felizmente meu auto controle não permitiu.

-Oi. -Respondeu em um tom neutro. Parecíamos dois desconhecidos.

-É... -Vasculhei na minha cabeça alguma coisa para dizer e acabar com aquele momento constrangedor. -Próxima semana eu farei a minha festa de aniversário, se você quiser pode ir com o meu irmão.

-Tudo bem. Se eu puder, eu vou. Obrigado pelo convite, apesar do Matt já ter me convidado.

-Ah, de nada. Só não sabia que o meu irmão já havia convidado você. -Sorri. -Tudo bem? Quer dizer, depois daquele acontecido, nunca mais nos falamos.

-Pois é, eu ainda estou processando a ideia de que fiquei com a irmã do meu melhor amigo.

Isso foi forte

-E eu com o melhor amigo do meu irmão mais velho, e ainda por cima meu professor. - Fiz questão de enfatizar a última frase. A intenção era provoca-lo.

-É verdade. Esqueci deste pequeno detalhe. Mas... -Ele se aproximou, chegando cada vez mais perto de mim, fazendo com que eu pudesse ouvir sua respiração. Estava apenas alguns centímetros de distância da minha boca. -Eu sinto sua falta.

-Eu também sinto a sua.

-Vamos matar a saudade então? -Disse baixinho perto do meu ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha logo em seguida. Eu estava prestes a ceder a tentação, mas o meu juízo falou mais alto e eu o afastei.

-Não Dean. Estamos na escola!

-Verdade, me desculpe, não pude me conter. -Riu. -Ok, eu vou no seu aniversário. E.. -Novamente ele aproximou sua boca perto da minha orelha e sussurrou –Vou te dar o melhor presente

Estremeci ao ouvir aquilo, sua voz saiu rouca e excitante. Sorri pra ele e fui andando, se não a qualquer momento alguém chagaria.

***

-Espera. Deixa eu ver se eu entendi: Você e meu irmão, juntos?

-Não exatamente "juntos" -Cindy fez aspas com as mãos -Estamos apenas no conhecendo.

-Oh! Felicidades então.

-Nossa, falando assim até parece que eu e ele vamos nos casar.

-Não, mas é que... -Procurei uma palavra certa para dizer -É estranho. Mas tudo bem, eu torço por vocês. -Sorri.

-Obrigada. Pensei que talvez você não aceitasse muito bem.

-Claro que não! Você é a minha melhor amiga e não vejo nada de mais em você e o meu irmão terem algo. -A abracei. -Cuida bem dele, 'tá?

-Pode deixar.

-0-

Alguns dias se passaram e cada vez mais se aproximava o meu aniversário. Eu estava muito ansiosa.

Eu ia algumas vezes no apartamento de Dean. Conversávamos e ficávamos juntos. Quando o clima esquentava, eu o afastava. Ainda não é a hora. E se ele acha que vai ser fácil assim, está muito, mas muito enganado!

Nós decidimos levar nossa "relação" adiante. Ele disse que terminaria com a Jo, mas no estado em que ela está, não seria nada bom pra ela agora. É, a garota está descontrolada.

-Você vai na minha festa? -Perguntei a Dean, que segurava firmemente minha cintura, enquanto eu estava sentada em seu colo, fazendo carinho em seu coro cabeludo.

-Vou sim, e com a desculpa que sou amigo do seu irmão. É que seus pais poderiam estranhar o fato do seu professor e em seu aniversário.

-Pois é, mas, você não é qualquer professor pra mim.

-Obrigado pela consideração. -Sorriu. -Você vai fazer alguma coisa amanhã depois da aula?

-Acho que não.

-Eu quero te levar a um lugar.

-Que lugar?

-É surpresa, mas, você topa ir?

-Hum... não sei.

-Pode confiar em mim, eu não vou te sequestrar. -Riu e eu o acompanhei.

-'Tá, pode ser, confio em você. -Disse. Ele me beijou mais uma vez, e apertou de leve minhas coxas.

-Preciso ir pra casa. Já está tarde.

-Eu te levo.

-Ok, mas me deixa na esquina do meu quarteirão, pra ninguém nos ver.

-Ok.

[...]

-Boa noite, linda.

-Boa noite. -Dei um selinho estalado antes de sair do Impala.

Entrei em casa e quando subi as escadas me senti fraca. Se não fosse pelo corrimão eu já teria caído dura no chão.

-Lana, tudo bem? -Ellen apareceu na sala, preocupada.

-Sim, foi só uma tontura, mas 'tá tudo bem.