So... Happy Birthday

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-Vem cá. -Dean me puxou pela cintura e me deu um selinho estalado. -Vamos tomar nosso café. -Pegou minha mão, me guiando até a beirada da cama, onde se encontrava a bandeja.

Pegou um dos morangos e enfiou na minha boca, todo atrapalhado, me fazendo rir.

-Quando terminarmos o café, quer que eu te leve pra casa?

-Não, quero ficar mais um pouco com você. -Disse um pouco manhosa, e ele abriu aquele sorriso lindo que tem.

-Tudo, mas por que a senhorita tomou banho e não me convidou? -Me fitou com um biquinho fofo.

-Você já tomou o seu.

-Não teria problema em tomar de novo. -Deu uma risadinha fraca e bem rouca.

-Senhor Winchester, você anda muito assanhadinho. -Brinquei, dando um tapinha fraco em seu ombro. -De qualquer forma, eu andei pensando e... -Hesitei um pouco, e ele me encarou confuso. -Talvez podemos levar essa relação adiante.

-Se você quiser, podemos sim. -Sorriu. -Mas a minha vida é meio complicada. -Fitou o chão e prosseguiu -Você é só uma adolescente, e eu já estou velho para certas coisas.

-Claro que não, muito pelo o contrário! Aliás, quantos anos você tem mesmo? 30? 35? Você parece ter 20, Dean. -Ele riu.

-Mesmo assim, eu continuo tendo idade pra ser seu pai. -Pegou minha mão e acariciou-a. -Olha só, eu não estou querendo desistir de nós, apenas... preciso saber se você está disposta a seguir com isso, de verdade?

-Sim, eu estou.

Não estava nos meus planos me apaixonar, e nem me envolver, mas agora, depois do que aconteceu, eu não posso esquecer e deixar pra lá. Não depois de tudo.

Dean me abraçou e afagou meus cabelos molhados. Eu ainda tinha medo, muito medo de confiar em alguém e me decepcionar de novo, mas é a única chance que estou dando, se ele falhar não tem volta. Já sofri demais.

***

-Tchau. -Dei um beijo em Dean, e abri a porta do Impala.

-Tchau, princesa.

Entrei em casa e encontrei Ellen e minha mãe na cozinha.

-Oi.

-OI? Você dormiu fora, não avisou, nem se quer atendia o telefone, e de repente entra e diz "Oi"? Eu não sabia nem onde você estava, Lana.

-Você não ia ficar de plantão no hospital ontem, mãe?

-Não muda de assunto, quero saber onde você passou a noite.

-Eu disse a Ellen que ia sair com a Cindy.

-A Cindy esteve aqui ontem com seu irmão. -Colocou uma mão na cintura, deixando explícito todo seu aborrecimento. -Você quase me mata de preocupação.

-Foi mal, eu acabei dormindo na casa de uma amiga e meu celular descarregou.

-Ok, que amiga?

-Giulia.

-Engraçado. Falei ontem com a mãe da Giulia por telefone, e ela me disse que você não estava lá.

Não sabia o que inventar. Eu não poderia simplesmente contar a verdade e dizer "Mãe passei a noite na casa do meu professor, transando com ele."

-Quer saber? Vai pro seu quarto. Depois converso com você. E Está proibida de sair hoje.-Bufei e subi, morrendo de raiva.

Deitei na cama e pensei em ligar para a Cindy e reclamar por ela não ter me ajudado. Mas pensando bem, ela não tem culpa se eu sou uma irresponsável e sem nenhum comprometimento com a vida.

Meu Professor de HistóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora