Segredos

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Assim que consegui libertar a Effie da Igreja, fomos direto para o Subsolo, lá a Effie é recebida por abraços pela Sarah.

-Effie minha irmã, que saudade!

-eu também estava com saudades de você.

No momento eu paro para pensar, por que a Sarah não disse que elas eram irmãs, tudo praticamente estava se encaixando.
Estava pensando calada mais a Effie tira minha concentração e me volto para um dos piores momentos de minha vida.

-onde está a Jessy?

-está morta!

Effie me olha com um olhar perverso e logo em seguida olha para sua irmã.
Elas se falam por uns instantes, mais eu precisava aprender magia o mais rápido possível.

-Effie, vamos logo...

-Emma, sobe aqui.

Wesley me chama para a superfície, olho para as duas juntas e realmente eu iria querer ficar com meu irmão se eu passasse tanto tempo longe dele.
Deixo as duas a sós e subo para encontrar o Wesley.

-sim?

-por que está agindo assim?

-eu estou agindo normalmente.

-não, não está, Emma eu te conheço e não é de agora!

-quer que eu realmente fale?

-o que importa, se não falar nosso relacionamento sempre ficará nisso.

-ótimo, ouça.

-estou ouvindo.

-estou assim por que não tenho vontade de olhar na sua cara depois de ter transando com o Rony em busca daquela maldita Caixa, querendo ou não ainda estávamos juntos, não sabia que você tinha um irmão gêmeo que depois sumiu do mapa e agora não sei como olhar na sua cara, por que eu pensei que você tinha me traído mas eu que te trai!

Respiro fundo e me sento no chão frio do Mausoléu, ele me olhava com um olhar de desonra.

-por que só me disse isso agora?

-estava com medo.

-não foi a mesma coisa que a Eddine me disse.

-Eddine?

-ela ouviu sua conversa com o Rony e veio me contar, não queria acreditar, mais agora eu sei, você mente para se sentir melhor!

-Wesley desculpa!

-não, acho melhor darmos um tempo, tô com muita coisa na cabeça, muita coisa mesmo, quando eu estiver pronto eu falo.

Ele sai e vai em direção a floresta, estava com a esperança de que ele olhasse para trás, mais ele não olhou, nada seria como antes, mesmo se ele quiser voltar.
E nesse instante surge outro sentimento horrível, o sentimento de culpa.
Continuei olhando para a floresta, não sabia o que estava sentindo, ódio, mágoa, amor, tudo misturado.

-por que não contou Emma?

-o que você quer Eddine!

-ver sua desgraça.

Ela se aproxima de mim e sussurra em meu ouvido.

-as portas estão abertas para o coração do Wesley.

Me viro rapidamente para ela e ponho minha mão inteira em seu estômago.
Quando tiro ela cai no chão, mesmo sendo Vampira, aquela ferida ia demorar pra curar.
Deito ao seu lado e sussurro em seu ouvido.

-tá vendo esse sangue, sangue de cobra que não merece correr em suas malditas veias, Eddine se isso tudo acabar eu juro que vou te matar!

Deixo-a no chão se curando devagar e desço para o Subsolo.

-Effi, já chega, me ensine magia!

-tudo bem.

-tudo que eu preciso fazer é o que?

-o segredo é ter calma, liberar a mente e falar o feitiço.

-ótimo.

-onde você vai?

-quebrar o feitiço da Blair e trazer bolsas de sangue, estamos famintos!

Subo para a superfície, mais antes vejo qual feitiço eu iria usar para quebrar um feitiço de proteção, e no caso era o mesmo que libertei a Effie.
A medida que me aproximava da cidade escutava passos atrás de mim, olho para trás e encontro a Bruna.

-Bruna, por onde andou?

-precisava de um tempo para pensar, não é todo dia que perdemos pessoas próximas da gente.

-é melhor você voltar.

-por que, não, eu quero te ajudar.

-Bruna, eu já perdi o Wesley, meus pais e te transformei nisso, não quero perder mais ninguém.

-eu gosto do que me transformei.

-meus amigos são uma arma contra mim, Bruna se eles te pegarem eles n te usar para eu fazer algo, não faz isso, é melhor você voltar.

-tudo bem, você sempre será minha amiga.
Ela me abraça e eu continuo a jornada até o hospital.

Chego no centro da cidade e não vejo nem o Marcus e nem a Blair, mais o hospital estava cercado de civis protegendo a entrada, além do feitiço da Blair.
Então eu penso comigo, um barulho pode atrai-los.
Pego um pedra e arremesso em um telhado, o incrível é que nenhum civil se move.
Pego o livro de feitiço de minha mãe e encontro o feitiço de invisibilidade.
Respiro fundo e deixo minha mente leve, e digo a palavra magica "INVISIQUE".
Fico invisível e vou caminhando até o hospital, os civis não se moviam.
Chego ao feitiço de proteção da Blair e digo a palavra mágica "OPHENSIDE".
felizmente estava dentro do hospital, a Blair estava lá dentro com o Marcus.
Foi então que eu percebi, por isso que os civis não se moveram, estavam protegendo os dois.
Vou no segundo andar do prédio onde ficam as bolsas de sangue e enchi a bolsa toda com sangue humano do hospital, até não sobrar nenhuma bolsa de sangue.
Estava pronta para sair e de repente o Marcus entra na sala em que eu estava, ele caminha lentamente até o freezer e bate com força na parede após perceber que não tinha nenhuma bolsa de sangue.

-Blair, alguém entrou aqui!

Blair vem correndo para ver o que tinha acontecido.

-eu não entendo, meu feitiço era pra ter funcionado!

-mas não funcionou!

Enquanto eles brigavam eu andava para a saída, ainda estava invisível.
Assim que eu saio e passo pelos civis o feitiço de invisibilidade acaba e todos os civis começam a gritar e correr atrás de mim.
Eu não penso em nada, continuo correndo, eu não iria leva-los para nosso esconderijo então vou direto para a cachoeira do lago Krinstow e me jogo no lago.
Eles ficam parados olhando durante uns 15 segundos e aí foram embora.
Nado até a margem do lago e me deito na terra molhada, respirando fundo, com medo de que tudo desse errado.
Mais felizmente não iria mais passar fome, nenhum de nós, estávamos ganhando o jogo por enquanto, enquanto a Blair e o Marcus afundavam com o seu plano.

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Eu VampiraOnde histórias criam vida. Descubra agora