A Caixa De Pandora Parte III

124 15 3
                                    

Acordei no maior pique de todos, estava ansiosa por que afinal não é todo dia que recebemos ajuda de uma Sereia cujo tem o mesmo propósito que eu.
Todos já estavam de pé e só faltava a Cindy, vou até a Bruna para passarmos o tempo fazendo algo.

-Bruna está bem?

-sim, por que não deveria?

-não sei, por passar horas em um lago?

-sobre isso esquece, águas passadas.

-tudo bem.

Me viro para o lago e grito pelo nome da Sereia e então ela aparece.

-olá Emma.

-Cindy, vamos precisamos ir logo.

-claro.

Ela sai do lago e sua cauda vai se transformando em pernas.
Fico completamente impressionada até minha mãe tirar minha atenção.

-filha, temos um problema.

-qual?

-Blair sabe que estamos a procura da Caixa De Pandora.

-droga.

-mais o problema é que ela sabia desde que saímos de Torrow City, alguém contou a ela.

-como sabe?

-essa pedra do meu colar me faz sentir o pensamento das pessoas que eu amo, consequentemente eu amo minha irmã.

-ótimo, ela esta a caminho da Caixa, Cindy precisamos ir.

As barracas já estavam desmontadas, caminhamos para o lado norte da floresta com a Cindy nos guiando, ela ainda não tinha controle completo de suas pernas.
Andamos muito até ficarmos todos cansados.
Paramos na metade da floresta para descansar, ainda não era noite então não armamos as barracas.

-Cindy, o que tem mais a frente?

-uma ponte, mas ela é diferente de todas as coisas.

-como assim?

-nela iremos ter que contar nossos segredos mais obscuros para poder atravessar.

-o que?

-se tentarmos passar sem falar um segredo a ponte cairá.

Eu já estava caindo em meus próprios pensamentos, peço obrigado a Cindy e vou caminhar na floresta enquanto os outros tentavam acender a fogueira.
Sento em um tronco distante dos outros e começo a chorar e a me debater de tanta angústia que estava sentindo.
Praticamente estava me matando, mas o Rony toca em meu ombro e acabo me acalmando.

-está bem?

-desculpa, mas é provável que não.

-como assim?

-esquece.

Ele senta a meu lado e bota sua mão em minha perna.

-vai ficar tudo bem.

Olho para ele e boto minha mão em cima da dele, ficamos nos olhando e sinceramente nunca pensei nisso.
Nos beijamos.
Ele acariciava meu rosto enquanto me beijava, foi então que meu instinto de Vampira acordou.
O levanto e o laço na árvore, mais como sempre homens querendo ficar no comando da relação, ele me joga no chão e rasga minhas roupas.
Começo a rir e derrepente ele morde meus lábios para eu calar a boca.
Rolamos de um lado para o outro, finalmente conheci o verdadeiro Lobo Amigo, ele não era um santo, isso era o que importava.
A luz do por do sol aparece em nossos olhos e começo a admirar a sua beleza.

-como nunca reparei em você?

-sua vingança te deixava cega.

-pode ser, vamos isso não é normal.

-Emma.

-sim?

-seu lábios estão sangrando, mordi com tanta força?

-sinceramente não, nem estou sentindo.

-vou pegar suas roupas, afinal, não é todo dia que um Lobo e uma Vampira ficam pelados no meio da floresta.

-pois é.

Ele corre para pegar minhas roupas, olho para o horizonte e consigo ver a ponte tão misteriosa que a Cindy havia falado.
Rony já aparece com suas roupas e logo em seguida me visto e fomos para onde os outros estavam.

-Cindy, vamos?

-ótimo, vamos.

Seguimos a Cindy até chegarmos na ponte.
Ficamos todos parados em frente a ponte, sem saber por onde começar, Cindy como sempre determinada toma frente.

-nessa ponte, para passarmos por ela precisaremos falar nossos segredos mais obscuros, vou começar para incentiva-los.

Ela respira fundo olha para todos que estavam com olhar de espanto, olha para a ponte e diz.

-digamos que, a causa da morte de minhas irmãs fui eu!

Vejo que cai uma lágrima de seu rosto e ela consegue passar pela ponte.
Era a vez da minha mãe, que estava tremendo.
Ela olha para mim e diz como se ela tivesse culpa.

-filha, sinto muito mais, eu pensei em te abandonar na hora do parto, mais por sorte o Luck seu pai me ajudou a superar.

Aquilo foi como uma pontada em meu peito, prendo-me para não deixar cair nenhuma lágrima, e então chegou a vez da Bruna.

-eu, já fiquei com seu pai Emma, desculpa, e senhora Jessy me desculpe.

Aquilo para mim foi um choque, mais o bom é que todos estavam revelando seus segredos mais sombrios para conseguirmos passar.
Era a vez do Rony e em seguida só iria faltar eu, o Wesley e o Liam, mais o Liam na estava por perto então eu interrompo o Rony.

-onde está o Liam?

Todos estavam confusos então o Liam me responde já do outro lado da ponte, como ele conseguiu passar.

-estou bem podem continuar!

Na verdade eu aceito, não iria acontecer nada se ele não quisesse contar seu segredo, pois na verdade ele não havia passado pela ponte.
Rony não tinha um segredo, por que o dele era dividido com o meu.
Chego na frente da ponte e seguro em sua mão e eu falo.

-eu dormi com o Rony.

Observo a reação de todos do outro lado e então passamos todos, menos o Wesley.
Do outro lado eu grito desesperadamente.

-Wesley pode falar!

Ele me olha e diz que não, ele sobe no topo de uma árvore e pula para o outro lado da ponte, esse foi o jeito que o Liam tinha passado.
Os dois tinham um segredo bastante obscuro para não querer falar, mais de alguma forma eu sentia que iria descobrir.
Cindy chama a atenção de todos.

-a ponte não era o pior risco a caminho da tal Caixa!

-então o que era?

Pergunto meio espantada, Cindy ri para mim e aponta para baixo.
Era um labirinto, um labirinto escuro.
Cindy se volta para nós todos com um olhar de pavor.

-a maioria das pessoas que entraram nesse labirinto jamais saíram, mas tenho certeza de que iremos conseguir, bem vindos ao labirinto!

🦇

Eu VampiraOnde histórias criam vida. Descubra agora