Pai E Filha

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Não sei se era por conta do ar muito rarefeito ou era eu, desmaio sendo levada pelo mostro e acordo em um lugar escuro, praticamente uma caverna, estava deitada em um sofá, sem correntes, sem cordas, sem nada, literalmente solta.
Levanto-me e reparo nas coisas ao redor, onde aquele mostro estava, onde eu estava?
Ando até a saída e vejo onde eu estava, não via nada apenas nuvens, estava no topo de uma colina, era meu fim!
Me viro e vejo um homem em pé com asas, mais não estavam abertas.

-quem é você?

-não sabe quem sou?

-você praticamente me raptou e quer que eu responda quem você é?

-sou...

-é?

-Drácula, olá minha filha.

Não fiquei muito surpresa, ou fiquei, afinal não sabia, ele simplesmente me tira da minha mãe e do meu irmão sem mais nem menos.

-quem você pensa que é?

-seu pai.

-pai é quem esta presente nas horas mais obscuras da filha, sabe como eu me senti quando aprendi a andar e meu pai não estava comigo, me senti uma merda!

-mas eu sai por motivos óbvios.

-se não conseguiu achar a Blair pra que prosseguir, pra que continuar se torturando por uma coisa que não conseguiu durante 19 anos.

-foram 18.

-piorou, foi embora nos meus 1 ano de idade, e agora quer ganhar minha confiança!

-desculpa, estou aqui para concertar as coisas.

-me leve para casa, preciso fazer o Ben esquecer o que ele viu!

-mas ele vai ser um caçador minha filha.

-não me chame assim!

-quero o seu bem.

-me tira daqui e me leva para a superfície!

-não posso.

-minha mãe esta sofrendo, meu irmão enlouquecendo por ver uma Vampira, minha amiga louca pelo mundo e você quer que eu fique calma?

-vou te levar assim que tudo se acalmar.

-como assim?

-caçadores vão invadir Torrow City amanhã a noite.

-e você acha que vou ficar aqui até amanhã?

-você não tem escolhas.

Ele se vira e percebo que tenho um ódio imenso por ele, olho para o penhasco onde só vejo nuvens, pego impulso e me jogo dele.
Cair é uma sensação ótima, ao mesmo tempo dá medo, estava caindo tão rápido mais nada de ver o chão, depois de uns cinco segundo começo a ver a cidade e começo a gritar.
Não podia voar e pararia de cair assim que chegasse ao chão óbvio.
Não iria conseguir sobreviver a uma queda daquelas, e então vi minha morte, o chão se aproximava e então ele me puxa para cima novamente.
Começo a gritar pedindo para ele me largar e nada ele fazia.
Ele me bota na caverna novamente.

-esta enlouquecendo filha?

-não me chama assim, preciso encontrar minha mãe, preciso saber se ela está bem, preciso ver meu irmão.

-por que isso?

-por que isso se chama família, coisa que você nunca teve!

-eu já tive, só esqueci como me aproximar.

-apenas...

-o que?

-me deixe ajuda-los.

-os caçadores chegam amanhã a noite.

-mas preciso avisar aos meus amigos, meu namorado, todos lá embaixo vão ser pegos de surpresa se não me deixar sair, e todos eles precisam de mim.

-não posso correr o risco.

-que merda, você some e fica fraco, ou você sempre foi assim, por isso que continuou fugindo?

-cansei droga, fugi por que a Blair ameaçou te matar se não deixasse sua mãe, precisava ter você viva.

-não estava procurando ela né?

-estava me escondendo para deixar você a salva.

-o ataque é amanhã, me deixe avisa-los falta poucas horas para amanhecer.

-está bem

-só isso?

-achou que eu iria te prender?

-por um momento achei.

Ele ri e me pega, voando a a superfície, me deixa no meu quintal e vai embora, olho ele voando de volta pensando em nunca mais vê-lo.
Corro para dentro de casa e vejo o Ben deitado no chão.

-Ben?

-o que está acontecendo Emma?

-você precisa saber que tudo o que você sabia de nossa família é uma verdadeira farsa.

-me conta!

-Ben, já volto, vou atrás da mamãe.

-ela esta morta!

-não, está viva, fica aqui e não abra a porta pra ninguém.

-tudo bem.

Corro até o Mausoléu e abro a porta gritando perguntando por minha mãe.

-onde esta minha mãe?

-calma, ela esta se recuperando.

-não, Nathan eu preciso saber onde ela esta!

-sangue de Vampiros curam as feridas, ela esta se recuperando.

-onde está o Wesley?

-esta com sua mãe.

-e a Bruna?

-com a Eddine no quarto.

-ótimo.

Vou até o quarto e começo a bater na Bruna rapidamente sem pensar, chorava enquanto batia nela.

-você é louca!

-não, você que me fez assim!

-foi sem querer!

-e eu jurando que seríamos amigas.

Limpo as lágrimas sento ao seu lado e digo a segurando suas mãos.

-nós podemos, só basta querer.

-não sabia o que estava fazendo amiga, estava fora de controle.

-tudo bem, Eddine fica de olho nela.

-não devo ficar.

-deixe de seu show, você deve muita coisa a mim, e eu devo muito a esse lugar, não que eu me importe com você, mais eu me importo com os outros desse lugar!

Fecho a porta e vou no quarto onde minha mãe estava, bato na porta e o Wesley sai, o beijo e o abraço, olho para ele e fico reparando em seu olhar.

-desculpa pelo ocorrido.

-não, esta tudo bem, preciso te falar uma coisa.

-fale.

-precisamos nos preparar.

-para que?

-haverá uma guerra!

🦇

Eu VampiraOnde histórias criam vida. Descubra agora