A Festa de Natal

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As casas estavam iluminadas, as comidas estavam sendo postas nas mesas e todos se arrumavam para celebrar com seus familiares. A neve estava por todo lugar, mas o céu da noite estava limpo e repleto das estrelas mais brilhantes. Não tão longe da vila um boneco de neve que havia sido feito há alguns dias por um grupo de crianças, estava sentindo-se triste, por não estarem brincando com ele. Ele sentia-se sozinho e rejeitado, por isso decidiu descobrir o que seus amigos estavam fazendo de tão especial para o ignorarem dessa  forma. Ele havia ouvido das crianças algo sobre um tal natal e resmungando seguiu para a vila curioso.

 Ele havia ouvido das crianças algo sobre um tal natal e resmungando seguiu para a vila curioso

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O que será que está acontecendo por aqui? - Dizia ele.

Ao aproximar se das casas, construídas com grandes vigas, ele espiou sorrateiramente através do vidro da janela de uma delas.

 Conseguiu ver então uma grande sala onde uma família estava reunida. Sentados, desfrutavam de uma saborosa e farta ceia, posta sobre uma longa mesa de carvalho. Notou também uma grande arvore no lugar, cheia de velas e laços vermelhos e ainda viu meias, algumas verdes outras vermelhas e listradas,  sem seus devidos pares,  penduradas em uma corda próxima a lareira.

 - Mas porque estão todos tão sorridentes, cantarolantes e felizes? - O pequeno boneco de neve perguntava-se olhando com atenção a cena que acontecia diante de seus olhos de semente.

Acho que preciso ver mais de perto - Disse determinado a descobrir donde vinha aquela sensação de calor tão genuína e interessante que parecia contaminar e transformar toda atmosfera fria do inverno com a qual ele estava tao acostumado.

Aproveitando a distração de todos, entrou pela porta da casa de forma cuidadosa para que ninguém o visse, e se escondeu próximo a arvore enfeitada, que parecia ser um pinheiro colhido.  

- O que será que tem nessas caixas e embrulhos? E porque estão jogados ao pé dessa árvore cortada? -  A pergunta se fez para o ar, mas para surpresa dele foi respondida.

- Isso é o natal! - Disse uma voz bem doce, delicada e feminina.

- Natal? Essas caixas sem graça são o tal natal? - O boneco de neve sacudia uma delas, tentando adivinhar o seu conteúdo.

- Não faça assim!  Pode quebrar o presente ... - A voz repreendeu antes de continuar. 

- Presentes? Esse e o sentido desse tal natal ?  

 - Não o natal não é apenas sobre os presentes que damos e recebemos. 

- Então quer dizer que isso, essas caixas todas, são presentes? -  O curioso Boneco começava a desembrulhar uma delas, mas foi impedido pela pequena figura que apresentou-se a sua frente.

Espantado ele reagiu a improvável aparição: 

- Quem, e o que é você?

- Sou uma pequena fada do natal. Ajudante do Santo Claus.

- Diga a esse Santa lá o que , que por causa do seu natal estupido, seja isso o que for, as crianças deixaram de brincar comigo e  fiquei sozinho e esquecido. - Falou extramente aborrecido o boneco de neve.

- Não seja bobo!   O natal é um dia que supera todos os outros. Uma festa que junta tudo o que há de melhor no coração dos homens. 

A fada entao usou sua pequenina varinha para ilustrar suas seguintes palavras - É sobre cantar juntos... Abraços quentes na lareira...  Compartilhar da comida e doces na mesa... Trocar singelos presentes... Ah! E o mais importante... Levar gentileza e esperança aos desfavorecidos. O natal é magia pura; É oração e amor a cada instante. Que tal não conferir você mesmo?

Assim a pequena fada presentou o inesperado visitante com um gorro natalino e assim o pequeno boneco de neve embarcou numa viagem de magia e encanto,  vivenciando e descobrindo a verdadeira essência do espirito do natal, indo de casa em casa daquela simples comunidade.

Ele descobriu que para o Maicon, o natal era estar com sua familia e ver os sorrisos de felicidade em seus rostos ao cantarem juntos, noite feliz, ao redor da lareira quente, que ardia.

Para a Andie e a Julie era poder compartilhar de sua ceia com os seus amigos e vizinhos e vê-los elogiando as receitas feitas, com tanto empenho e carinho, por sua mãe, que, ao ouvir tais elogios, transbordava em felicidade. Isso as trazia um sentimento muito especial sobre aquela noite.

Já para o Pedro era  dormir embaixo da arvore ansioso, esperando poder ver o papai noel descer pela chaminé com o seu presente em mãos, outro soldadinho de chumbo.

O Boneco de Neve ficou maravilhado e teve seu coração aquecido e contagiado pela magia do natal.

" Agora eu entendo!"

Ao retornar para a colina onde as crianças o fizeram, o boneco de neve enfim havia entendido o que significava o natal.  

Enquanto ele  esperava seus amigos retornarem até a colina para brincar,  cantarolava e cantarolava uma bela, linda e simplória, melodia. 

Era uma cancão natalina que, agora, soava alto em seu coração !

Fim!

Fim!

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Os Apólogos Perdidos do TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora