Secrets // mgc ✓

/Capítulo 11/

Quando acordei estava sozinha, típico. Já estava a habituar-me e a gostar de estar com ele mas ele foi-se embora apenas, sem dizer nada como toda a gente fazia, uma coisa a que também já estava habituada no entanto não estava à espera que ele fizesse isso pois acreditava que ele não era como ou outros, mas já tinha acontecido da outra vez, por isso apenas me tinha iludido mais uma vez. Levantei-me e fui para a casa de banho fiz a minha higiene pessoal ainda a pensar em Michael, o que me levou a pegar na minha lâmina mas, pela mesma razão, acabei por pousá-la, o que era estúpido já que ele me tinha abandonado outra vez, mas por alguma razão, talvez a mensagem, sentia que não devia fazê-lo.

Quando saí da casa de banho, vesti-me e peguei no telemóvel, verificando o Tumblr como à muito não fazia de manhã, respondendo a algumas mensagens, reblogando algumas coisas e pondo uma das fotos que tinha tirado no dia anterior, depois fui ver o meu instagram, tinha bastantes pedidos para seguir, provavelmente de pessoas que tinham visto que os seus ídolos me tinham seguido, decidi aceitar alguns, não queria mesmo saber de quem queria ver as minhas fotos, iam deixar de me seguir mal vissem o quão feia era na verdade, tornei a minha conta pública e decidi ignorar todos os comentários que tinham feito na foto do dia anterior, por fim vi o Twitter, que tinha criado recentemente, e decidi que estava pronta para sair de casa e enfrentar o mundo.

Assim que saí do quarto recebi uma mensagem, levando-me a voltar para trás para ir buscar o telemóvel, era de Michael.

"Desculpa ter saído antes de acordares, tinha de ir fazer umas coisas. Mas não penses que te abandonei, vai à porta"

Suspirei e fui abrir a porta tal como a mensagem dizia, lá estava uma mala de guitarra e um ramo de rosas pretas, que me fez lembrar a minha série preferida, American Horror Story, no ramo tinha um papel, peguei nele e li sorrindo logo a seguir  ao ver uma das frases famosas da série:"Pintei-as de preto, sei que não gostas de coisas normais". Levei as rosas e a guitarra para dentro, abrindo a mala e vendo a guitarra que eu queria quando tinha ido à loja e encontrado o Michael. Não era todos os dias que alguém me dava uma prenda assim e um gesto assim da parte dele tinha-me deixado quase à beira das lágrimas, fui a correr para o quarto para lhe ligar e agradecer, mas passei pelo quarto da minha mãe e do Alex, a porta estava aberta e infelizmente vi-a de joelhos à frente dele, uma visão que preferia não ter tido, era nojento só o facto de eles estarem juntos, agora era mil vezes pior ter de ver estas coisas, no entanto não podia perder a oportunidade de estragar o momento, entrei no quarto.

"Mas não vês que estás a fazer isso mal? Não é assim que ele gosta" disse fazendo a minha mãe afastar-se e tapá-lo com as mãos, fazendo-me rir "Deves pensar que nunca vi isso, não te esqueças que estás a comer os restos que deixei"

"Ela tem alguma razão, ela fazia isso melhor que tu" Disse o Alex a olhar para a minha mãe, dando-me razão, ela olhou para nós os dois indignada antes de se levantar e sair do quarto cheia de raiva, apenas conseguia rir-me da cara dela "Já que ela saiu podias acabar o que ela começou..."

"Não me parece" disse rindo-me ainda e saí dali fechando a porta e fui para o meu quarto pousando a mala da guitarra e indo encher um jarro com água pondo depois as rosas lá, enquanto tirava uma foto às rosas recebi uma mensagem de Michael.

"Espero que tenhas gostado, princesa! Terei todo o gosto em ensinar-te a tocar se quiseres"

"Adorei! Agradeço imenso, mas não devias ter gasto tanto dinheiro comigo"

"Isso não importa, desde que tenhas gostado"

"Gostei mesmo muito, e nunca pensei que fosses do tipo que vê American Horror Story"

"Mas sou, é uma das minhas séries preferidas, na verdade"

"A sério? É a minha série preferida!"

"Sabes o que devíamos fazer então?"

"O quê?"

"Ver todas as temporadas de novo, mas os dois"

"Ótima ideia! Já andava à algum tempo a pensar em ver de novo"

"Eis a tua oportunidade! Que vais fazer hoje?"

"Nada, vou só trabalhar à noite"

"Não podes não ir hoje?"

"Porquê?"

"Queria que viesses a um concerto nosso, e hoje vamos ter um aqui na zona"

"Sim, acho que o meu chefe não se deve importar"

"Ótimo, vou-te buscar às 6"

"Combinado"

Não conseguia tirar o sorriso parvo que insistia em aparecer sempre que tentava controlar. O dia tinha começado tão mal e estava a pensar que estava tudo estragado, mas ele tinha conseguido compensar e fazer-me esquecer de se ter ido embora. Sinceramente, este rapaz estava a derreter-me o coração e a quebrar todas as barreiras que eu tinha construído à minha volta para me proteger, não sabia o que pensar quanto a isso, estava lentamente a começar a apaixonar-me por ele e estava assustada, bastante até, mas ao mesmo tempo também estava feliz, gostava da sensação, gostava de estar com ele, sentia-me segura e em paz, como se ele fosse a minha barreira, com ele os meus problemas desapareciam todos e estava tudo bem.