• Capítulo Quatro •

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Naquela manhã tudo havia sido tudo um tanto quanto estranho. Acenar para a família de Jace, em meio aos convidados enquanto entrava no carro que me levaria para a lua de mel com Matt.
Observar Jace com as mãos no bolso enquanto encarava o carro partindo.

Meus planos claramente não são de ser assim sempre, digo dividindo o tempo entre os dois, mas sim sairmos juntos, os três, viagens de férias e afins, pois é o que somos, um trio, por mais que entre eles não haja uma relação. Apenas decidimos por luas de méis separadas, uma única excessão, e espero que isso esteja claro para os dois.

Matt ganha minha atenção beijando o canto da minha boca, assim que chegamos ao aeroporto. Logo ele desce do carro e estica a mão para mim.

- Por que tá sorrindo que nem idiota ? Indago risonha enquanto ele tira as malas do carro, assim que termina, ele me encara.

- Eu estou feliz, só isso. Diz me abraçando enquanto puxa as malas para dentro do aeroporto.

Caminho com minha mão entrelaçada na dele, atenta a cada vôo que é anunciado, já que ele não fez a menor questão de me informar para onde vamos.

" Vôo 432 com destino a New York embarque no portão 5"

" Vôo 475 com destino a Praga embarque no portão 2"

" Vôo 201 com destino a Paris embarque no portão 7"

" Vôo 301 com destino ao Hawaii embarque no portão 4"

Hawaii, Paris, New York, Paris, Hawaii, e...
Eu repetia interminavelmente na minha mente, para não esquecer.

Assim que viramos em direção ao portão de número 2, tudo fez sentido me arrancando um sorriso profundo.

Aconcheguei mais minha mão na dele, de maneira que em conseguisse deitar minha cabeça em seu ombro.

- Vamos para Praga. Disse depositando um beijo na curva de seu pescoço.

Ele sorriu elevando nossas mãos e depositando um beijo na parte de cima da minha mão.

...

Praga, 8:47 p.m

- Não acredito que o destino é Praga, e eu nem ao menos me toquei disso. Digo enquanto esperamos nossas bagagens

- Nenhum lugar que eu te levasse, teria a magia que esse tem, Anne.

- São as nossas. Completou em relação as malas agora, que deram sinal de vida.

- Vai me levar naquele pub também ?. Brinquei.

- Não sei, mas transar com você, como eu queria naquela noite, com certeza. Falou alto demais.

- Matthew!

- Está bem, te levar pra cama, pode ser ?

- Não, transar teve mais meu apresso. Sussurrei perto do seu ouvido.

E por fim, caminhamos  em direção ao lado de fora para pegar um táxi.

...

Matt observava a cidade pela janela do carro, enquanto eu me mantinha deitada em seu ombro.

- Sr. essa é a praça velha ? Perguntou ao taxista.

- Essa a esquerda, é sim.

Um silêncio voltou a dominar todos os ambientes do carro.

- O Sr pode me fazer um favor?  Pode levar nossas bagagens para o endereço que nos demos?

O taxista encarou Matt pelo espelho e fez um sinal para que prosseguisse.

Me sentei para encara lo.

- Aqui, vamos descer agora. Disse entregando o dinheiro ao homem.

- É só deixar as malas lá ? Senhor isso é muito. Completou o taxista.

- Matt e. Fui cortada.

- Pode ficar com o troco.

- Vem Anne. Segurou meu braço já abrindo a porta.

Fechei a porta do táxi, e fui puxada por Matt que corria em direção ao centro da praça.

- Matt. Gritei o fazendo parar de maneira repentina.

O cessar de seus movimentos, ocasionou no encontro de nossos corpos.

- O que você tá fazendo ?. Disse entrelaçando meus braços em sua cintura.

- Resgatando memórias suas, Anne. Disse tão sinceramente, que me desconcertou por inteira.

- Você sabe que aquele homem vai sumir com nossas malas né ?

- Anne, pode apenas ficar bem sem estar no controle da situação. Disse sorrindo enquanto colocava uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

- Só se você topar fazer aquelas caricaturas bem bregas. Disse apontando para o homem que desenhava um casal perto da fonte.

- E depois colocá-la na sala de estar. Completei.

- Deus!.Pirragou me abraçando enquanto eu ria.

...

Caminhávamos pela praça depois de sairmos de um café, onde estávamos a  pouco.

Eu encarava a caricatura que o homem havia feito nossa, era tão brega, mas tinha algo que me encantava nela. Pois enquanto esperávamos ele terminar o casal da frente, ele nos observou e gostou de como estavamos e quis nos desenhar daquele jeito.

Havia desenhado Matt como meu porto seguro.

O frio da noite não colaborava com a gente, nos obrigando a andar abraçados.

Badaladas foram ouvidas por toda parte, indicando que a meia noite havia chegado.

O jogo de luzes da praça, passou a piscar de maneira coordenada como se dançassem uma melodia.

O frio por um estante se cessou. Mantive apenas minha mão junto a de Matt.

Eu estava nostálgica, anestésica observando as luzes, os detalhes da cidade que agora era perfeitamente possível observar.

Havia a catedral, a fonte, os prédios seculares, a ponte, e todo o charme tcheco.

- Tá acontecendo de novo. Matt teve minha atenção.

- Você, as luzes, tá tudo ofuscado. Continuou.

Terminei com o espaço que havia entre nós.

- Eu estou apaixonada por você Matt. O beijei.

- Desde a primeira vez que segurei sua mão nessa praça. Terminei.

...

- Olha, vou te falar que estou completamente admirada que nossas malas estão no hotel. Disse enquanto aguardavamos a moça nos entregar a chave do quarto.

- Isso é porque você tem uma péssima imagem da humanidade. Obrigada. Disse assim que a mulher lhe entregou a chave.

- Eu me sentiria insultada. Apertei o botão do elevador.

- Mas estou exitada demais pra isso. Digo por fim e a porta se  fecha atrás de mim.

Matt nenhuma palavra disse, apenas não manteve espaço entre nossos corpos, assim que colocou seus braços sob minha cintura.

Roçou seus lábios aos meus, e levou beijos ao meu pescoço. Fazendo minha mão pousar na sua nuca.

Eu puxava seu casaco braço abaixo quando a porta do elevador foi aberta.

Nem sei ao certo quem puxou quem elevador a fora.

Me mantinha contra a porta que Matt tentava abrir, brincando com a barra da sua calça. Provavelmente com uma face pervertida, como meus pensamentos.

Fui beijada assim que a mesma foi aberta.

Camiseta, calças e peças íntimas largadas ao chão.

Anne - esposa de dois maridosOnde histórias criam vida. Descubra agora