Keep making me laugh

1.4K 62 17
                                    

-Se as lágrimas forem de alegria, sempre. – Clara beijou Marina.

Estavam no meio do beijo quando sentiram Isis e a filhote pular sobre elas. Entre pequenas mordidas caninas e cócegas as três brincaram no gramado por mais algum tempo.

-Meu amor, o que você acha da gente ir fazer uma coleira especial para a Tinker? – Clara perguntou pegando Isis no colo.

-Hoje? – A indagação veio com um tom de estranheza.

-Hoje. – Clara sorriu. Isis deu de ombros, não tinha ficado muito feliz com notícia. Preferia ficar no jardim brincando com a cachorrinha, mas entrou correndo em casa para trocar de roupa, com Tinker em seus calcanhares.

-O saco de pulga vai ficar pela casa? – Vanessa perguntou quando viu as duas passando correndo na frente dela.

-Ai Vanessinha, não começa a implicar. – Marina abraçou a amiga de lado. – Vem, me ajuda a arrumar a Isis. - Fez a assistente acompanhá-la até o quarto.

-O que você quer? – Vanessa perguntou olhando desconfiada para Marina. A fotógrafa parou no meio do corredor, e se certificou que ninguém estivesse ouvindo elas.

-A Clara. Você reparou na felicidade dela?

-E isso não é bom? – A ruiva respondeu sem entender onde a chefe queria chegar.

-É e não é. Acho que está além dos limites, não sei. Tenho medo que seja mais um sintoma, porque ela está esse tempo sem tratamento. – Marina falava rápido e com insegurança. - Enfim, o que eu preciso é que você consiga com a Laura o telefone da psiquiatra que ela indicou para a Clara. E marque uma consulta para ela, para amanhã.

-No sábado Marina?

-Lógico, a Clara marcou essa consulta só pra próxima sexta, e hoje é o dia da Isis. E ela esperou tanto para passar esse dia com ela, que não vou estragar.

-Tá, tudo bem eu dou um jeito de arrumar isso pra você. – Vanessa sorriu. – Mais alguma coisa?

-Sim, que história é essa de namorar a Laura e não me contar? – Marina abriu um sorriso enorme, e deu um tapa de leve no braço de Vanessa.

-Não estou namorando ninguém. – Vanessa ergueu os braços em defesa. – Estamos só nos conhecendo melhor. – Marina caiu na gargalhada junto com Vanessa. Nem teve tempo de responder Isis apareceu na porta do quarto, chamando por ela.

-Meu Deus Marina, você deixou a cachorra subir na cama. – Clara falou, quando foi até o quarto, ver porque as duas estavam demorando tanto, afinal Vanessa já tinha descido há um tempo e dito que elas estavam quase prontas. A morena pegou a cachorra e colocou no chão, que foi correndo até o closet, onde a fotógrafa e Isis estavam.

-Eu não deixei meu amor, ela deve ter subido sozinha. – Marina respondeu enquanto prendia os cabelos de Isis.

-Um filhote desse tamanho já subir sozi...- Clara nem precisou terminar de falar. Ela e Marina olharam para Isis que tinha ficado calada de repente. Clara cruzou os braços.

-Eu disse pra ela não fazer xixi ali. – Isis olhou com uma carinha de culpa para as mães.

-Amor, ela não pode subir na cama. Agora ela é um lindo filhotinho, mas a Tinker vai ficar grandona. Não pode acostumar ela a ficar na cama, senão, quando ela for grande, não vamos dar conta dela. – Marina tinha ficado de joelhos na frente da filha. – A Tinker, vai ter a cama dela, o cantinho dela para dormir. De dia vocês brincam, e de noite ela fica lá.

-Mas ela vai sentir saudades.

-E se a gente pegar uma manta que é sua? – Clara falou. – Dai ela vai dormir com o seu cheiro, e vai saber que você está sempre com ela.

Born To DieOnde histórias criam vida. Descubra agora