You like your girls insane

1.4K 50 9
                                    

– Porque ele morreu na hora. – Vanessa disse com pesar.

O silêncio tomou conta da sala. Todas olhavam para Marina, exceto Clara, que olhava em desespero para Vanessa. Podia ser um engano não podia? Porque ninguém falava que era um engano, uma brincadeira de mal gosto. Clara olhou para a irmã, e as lágrimas vieram. Não era uma mentira.

Marina seguia imóvel nos braços de Clara, sentindo apenas o aperto da mulher ficar maior. Seu olhar estava em Vanessa, mas não transmitia nada. O silêncio da fotógrafa começou a preocupar Clara.

-Amor? – A morena falou com a voz chorosa, passou a mão no rosto de Marina.

-Eu tenho que ligar pro meu pai. – Marina soltou-se dos braços de Clara e pegou a bolsa em busca do celular.

-Marina...- Vanessa colocou a mão no ombro da fotógrafa, mas a mesma desviou.

-Não acredito que ele inventou uma coisa dessas, só porque eu não atendi as ligações dele. – Marina falava, suas mãos tremiam enquanto procurava o número do pai. A fotógrafa se levantou, e Clara foi com ela.

-Amor...- Marina andava de um lado para o outro com o celular na orelha, enquanto Clara buscava forças dentro dela para amparar a esposa. – MARINA. – A morena gritou, fazendo a fotógrafa parar e olhar para ela.

-Cai na caixa postal. – O celular foi desligado. – Por que ele tá fazendo isso? – Marina perguntou enquanto olhava para Clara. A morena se aproximou e a abraçou. O celular caiu no chão, e as duas permaneceram abraçadas.

O silêncio foi quebrado quando Isis entrou na sala correndo, e parou olhando assustada para as mães.

-Hei...vem cá MM – Laura foi até a menina e a pegou no colo. – Tá com fome já? – A modelo tentou desviar a atenção da criança, mas era impossível. Mesmo em seu colo, Isis não tirava os olhos das mães.

-Mommy – Isis chamou, quase em desespero. Não deixando alternativa para Laura, senão colocar a menina de volta ao chão. Ela correu para os braços das mães, e em prontidão Marina a pegou no colo.

-Meu amor. – A fotógrafa abraçava a filha com força. Clara secou as suas lágrimas, não antes de Isis perceber.

-Você vai embora mama?

-Oi? – Clara respondeu, olhando apavorada para a menina.

-Não amor, a mama não vai a lugar nenhum, porque você está dizendo isso? – Marina perguntou.

-Porque ela tá chorando. – Isis falou olhando de Clara para Marina.

-Não minha pequena, não é nada disso. É outra coisa que deixou a mamãe triste. – Clara abraçou Isis, junto com Marina.

-Não quero você triste. – Isis resmungou entre as duas. Era difícil ouvir a menina, já que as duas mulheres a escondiam em seus braços.

Marina não chorou. Apenas ficou com Isis em seus braços. Clara foi quem decidiu que era melhor as duas irem para casa e falar com a filha lá. Foi a morena quem guiou a esposa para o carro de Laura e foi a mesma que levou as duas até o quarto da fotógrafa.

Antes de conversarem com Isis, deixaram a menina brincar com a cachorra, que pulava em cima da criança e corria para as duas mulheres também. Nesse meio tempo, Vanessa entrou no quarto com o telefone nas mãos. Não conseguiu dizer quem era, porque Marina já o tinha pego.

-Dalton, é você. – A voz da fotógrafa foi pura decepção. – Eu....eu estou bem, não falei pra minha menina ainda. Na verdade acabei de chegar em casa. Sim, eu entendo, obrigada. Não, minha mãe está aqui, creio que ele queria ficar com ela, não sei, nunca perguntei. Sim, eu....eu vou te passar com a minha assistente e você conversa com ela sobre isso. Obrigada Dalton. – Marina passou o telefone sem dizer nada para Vanessa, e voltou para perto de Isis e Clara.

Born To DieOnde histórias criam vida. Descubra agora