I was so confused as a little child

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- A senhora precisa vir até aqui, pois alguém precisa responder pelas duas, a srta Ferreira não está em condições no momento.

Marina ficou em silêncio. Clara estranhou a atitude da mulher, levou a mão ao sem ombro e chamou baixo por ela. Marina não respondeu. Respirou fundo, e olhou para ter certeza de que a filha não estava por perto.

-Ela está viva? – A fotógrafa perguntou quase sem emoção.

-Sim senhora.

-Nós estamos indo. – Marina desligou o celular e olhou para Clara. – A Laurinha deu entrada na emergência e a Van não está bem, nós precisamos ir para lá.

-Tá. Vamos. – Clara levantou-se ainda atordoada. Laura devia estar muito mal, afinal Vanessa não tinha ligado para elas. – Mãe, a Isis....

-Sim, eu cuido dela, podem ir. – Chica respondeu com a mesma apreensão da filha caçula.

-Ir aonde? – Isis entrou na sala correndo e assustou-se quando viu as mães fazendo menção em sair sem leva-la.

-Amor, a gente precisa ir no hospital ver a tia Laura. Você fica aqui com a sua avó e logo nós voltamos para pegar você.

-Deixa eu ir junto. – Isis pediu diante das palavras de Marina.

-Pequena, hospital não é lugar para criança, espera aqui por favor. – Clara pediu. Isis olhou para as duas e concordou com a cabeça. Ambas deram um beijo na filha.

-Eu vou com vocês. – Felipe falou. Deu um beijo na namorada e saiu junto com o casal.

Como a fotógrafa estava nervosa, e a morena não ficava muito atrás, Felipe foi dirigindo. Dando tempo para que as duas assimilassem a situação.

-Ela estava....como aconteceu tão rápido? – Clara falou mais para si que para os outros no carro.

-As sessões de quimio ficaram mais fortes, isso pode acontecer mesmo. – Felipe respondeu. – Não quer dizer que ela vai morrer. Só está mais debilitada.

-Mais? Felipe ela vai morrer de desnutrição nesse ritmo. – Marina rebateu com um tom de raiva, trazendo o silêncio para o carro novamente.

Chegaram o mais rápido que podiam no hospital. Clara e Marina foram direto saber onde as amigas estavam. Laura estava sendo atendida pelo seu médico, e Vanessa estava na observação. Marina teve que assinar os documentos de internação de Laura. Entraram depois de muito tempo arrumando tudo na recepção. Foram direto onde Vanessa estava, enquanto Laura era encaminhada ao quarto.

-Oi Van. – Marina chegou e sentou na cama ao lado da ruiva.

-Cadê a Laura? – A ruiva respondeu meio tonta devido os calmantes que deram para ela.

-Ela está indo pro quarto, já já vão chamar a gente para ir lá com ela. – A fotógrafa respondeu com a voz mais doce que pode.

-Ela desmaiou Mari, eu só fui na cozinha e quando voltei, ela tava no chão, apagada. – Vanessa começou a chorar. – Eu pensei que ela tinha morrido.

-Não, não Van, não pensa nisso. – Clara falou se aproximando pelo outro lado da cama. – Não pensa assim, ela vai sair dessa.

-Ai Clara essa sua ingenuidade chega a ser irritante sabia? – Vanessa respondeu em meios as lágrimas.

-E como você acha que a sua negatividade é? – A morena rebateu. – Não sei o que a Laura viu em você, ela é toda animada e você é a negatividade em pessoa.

Born To DieOnde histórias criam vida. Descubra agora