Acordei com o meu celular tocando. Em um reflexo tateei a cômoda, com o rosto ainda coberto. Encontrei o celular e ainda meio sonolenta atendi.
- Quem .. é ? - Perguntei entre um bocejo.- Serena ? Está acordada ?
Não reconheci a voz ao telefone e perguntei :
- Quem está falando ?- Seu tio, Philliph.
- Ah ! Tudo bem com o senhor ?
- Sim, minha querida. Estava dormindo até essa hora ?
- Eu já estava acordando. - Disse tentando parecer o mais convincente possível. Pois não ia acordar.
Eu e meu tio não somos muito próximos. Mesmo depois da morte de meus pais. Assassinados a 6 meses. Depois do ocorrido, meu tio ficou com a minha guarda. Sou de menor, 17 anos .Ele é o tipo de homem com negócios misteriosos, não tem amigos ou esposa e filhos. Sempre é sério e fechado. Tem cabelos negros, porém grisalhos. Olhos castanhos. Estatura mediana e parece ter boas condições físicas. Não dá para ter certeza, pois sempre usa terno. Ele é educado e rígido com minha educação. Vem para casa uma ou duas vezes na semana, quando o trabalho misterioso deixa. Quando não está em casa, deixa uma babá, que cuida de mim e também da casa. Mas ela vem depois que vou para a escola e sai às nove da noite. Não temos muito assunto quando ele chega. E se tivesse algum assunto que não envolvesse minha educação, saúde ou segurança, teria de esperar, pois ele passa o dia no escritório.
- Parece que hoje você não poderá ir a escola. Preciso conversar com você.
- Aconteceu alguma coisa ? - sentei na cama
- Nada que exija sua preocupação. Mas terá de ser uma conversa por telefone, ainda não posso ir para casa. Na verdade, talvez de tempo de ir para a escola.- Espero que não - Então, pode conversar agora ?
- Claro. Pode ir falando.
- Preste atenção, querida. Nós teremos que mudar de casa.
- Mas acabamos de chegar na cidade !
- Desculpe, mas tenho muitos negócios em outro lugar e preciso te manter por perto. Comece a empacotar suas coisas. Você viaja amanhã à noite. Mandarei alguém para pegá-las e te levar ao aeroporto.
- Vou empacotar.
- Me desculpe, mas é para o seu bem. - Ou o dele mesmo ? Me perguntei. - Te ligo novamente depois. - E desligou o telefone.
Não estava tão brava com meu tio. Tinha chegado na cidade há um mês. E já ia para a escola havia três semanas. Nem estudei o conteúdo direito, mas com certeza meu tio pensou nisso e irá dar um jeito. Com tantas mudanças de cidade não fiz nenhum amigo.
Olhei no relógio do celular, 8:00. Ótimo, vou ter que ir para a escola. O que me animava era que minha tarde não seria tediosa. Iria cavalgar e fazer minha caminhada. A escola não era longe, conseguia ir caminhando. Mas prefiro o carro.
Levantei cambaleando da cama. Ainda meio dormindo. Tomei um banho. Enrolei uma toalha no corpo e outra no cabelo. Fui até o closet e fiquei pensando em que roupa usaria. Não gostava de chamar a atenção. Sou do estilo simples. Estávamos no inverno. Então acabei pegando uma leg preta, até os tornozelos. Uma blusa preta de mangas compridas, fina. Uma casaco cinza, grosso. Botas pretas até os joelhos. E um gorro preto.
Terminei de me vestir, deixando o casaco por último. E fui arrumar o cabelo. Eu tenho cabelos castanhos avermelhados que vão até o fim das costas, lisos. Sempre o divido de lado, formando uma franja. Pele pálida. Olhos azuis e estatura mediana, passando um pouco.
Desci. Peguei as chaves do carro e meu celular. Estacionei o carro na escola. Olhei ao redor e não tinha ninguém. Quando estava pronta para seguir a porta dupla da entrada, senti um calafrio. Como se alguém estivesse me olhando. Olhei para trás e vi um homem de preto ao lado de um carro. Apertei os olhos achando que quando abrisse estivesse enganada. Mas quando abri continuava ali, imóvel. Aparentemente parecia ser um homem, todo de preto. Estava de boné, e não pude enxergar seu rosto. Apertei o passo até a entrada da escola. Meu coração começou a bater mais rápido e vários pensamentos ruins começavam a invadir minha cabeça. Não era nenhum estudante. Eu sou observadora e não me lembro dele. Quando ultrapassei a porta da entrada, comecei a me tranquilizar. Respirei profundamente, tentando aliviar a sensação ruim, e segui para meu armário. Peguei uns livros que iria precisar e segui para a aula.
O meu dia foi entediante, como sempre. Eu me considerava nerd. Mas não tinha como não sentir o tédio. Quando o último sinal tocou, agradeci. Deixei meus livros no armário, e antes de sair da escola liguei para o meu tio.
- Tio, o senhor precisa que eu avise na secretaria que terei de sair da escola ?
- Não, minha querida. Já providenciei tudo.
Segui para o meu carro. Entrei e quando olhei para o retrovisor vi o mesmo homem, de preto, me fitando. Liguei o carro e quando olhei novamente ele não estava mais lá. Quem será esse homem ? Está me perseguindo ? Ou será que estou ficando paranoica ? É melhor eu relaxar e esquecer tudo.
Cheguei em casa e troquei de roupa. Só deixando de lado o casaco e troquei a blusa. Coloquei a roupa de montaria e desci para a cozinha. Margareth já havia chegado e estava preparando meu almoço. Me sentei no balcão em frente a pia, onde ela trabalhava. Ela era a pessoa mais próxima que eu tinha. Beirava os quarenta e cinco anos, tinha cabelos grisalhos e era baixa. Usava óculos e prendia o cabelo em um coque.
- Como foi na escola ? - Ela perguntou enquanto cortava morangos.
- O mesmo de sempre. - Um tédio.
- E como sempre você não olhou para nenhum garoto.
- Não. E eles também não olham para mim.
- Você é tão bonita. Ainda não sei como não teve nenhum namorado.
- Tudo no seu tempo, Margareth !
- Já sei. Por enquanto você namora os livros !
- Isso mesmo !
Ela preparou o meu almoço e eu comi. Me despedi dela e segui para a floresta. Eu sempre fico sozinha lá. Não tenho medo. Peguei meu cavalo com o sr. Brandon. Ele vive próximo a floresta, e cuida do meu cavalo. Somente por prazer.
A cavalgada foi tranquila, sem nenhum imprevisto. Como sempre. Devolvi o cavalo. Negro, com lindas crinas. Forte e grande.
Depois de fazer minha caminhada. Fui para casa e tomei um banho. Segui para o meu quarto enrolada nas toalhas. E por um instante pensei ter visto alguém na janela, mas quando fui verificar não tinha ninguém. Devo estar ficando doida. Preciso ver gente e tomar um café. Coloquei um jeans preto, justo. Uma bota preta até os tornozelos, que tinha uma plataforma. Um blaser preto, com uma regata da mesma cor por baixo. E por fim, um lenço de oncinha.
Peguei uma mesa na cafeteria e fiquei olhando o cardápio. Quando resolvi o que iria pedir olhei instintivamente para a porta e vi o homem de preto. Comecei a ficar nervosa, e meu coração começou a bater mais rápido. Quando me dei conta de que estava o encarando, disfarcei e olhei para o cardápio. Olhei rápido para o homem e ele começou a andar na minha direção. Não sente aqui. Passe reto. Por favor !
E ele se sentou na cadeira a minha frente.
E tentado parecer o mais normal e calma possível, tentei dizer :
- Com licença ? - E agradeci pela minha voz não ter saído trêmula.
Ele apoiou os braços na mesa, e ainda não conseguia ver seu rosto, escondido pelo boné. Mas pude ver um sorriso cínico .
Eu arqueei uma sobrancelha como um pedido de resposta. Ele retirou o boné e pude ver seu rosto. Lindo. Sua pele é pálida. Tem olhos verdes que pareciam atravessar sua alma e sugar sua energia. Os cabelos castanhos, levemente jogados para o lado e com alguns cachos. É alto e forte. Através da camisa podia ver músculos rígidos e delineados. Percebi que não estava respirando e soltei um ar pesado. Tentei me tranquilizar, mas foi inútil.
- Eu te conheço ? - Perguntei.
Ele sorriu de canto. Mostrando dentes brancos, perfeitos.
- Meu nome é Harry.
- Eu já te vi em algum lugar ? - Perguntei, lembrando do estacionamento da escola.
- Já percebi que ainda não te contaram.* * *
OOi amoras !
Bem, este é o primeiro capítulo da nova fic.
Sei que o começo ainda é meio chato. Mas vai melhorar !
Espero que tenham gostado. >.<
Beijos :3
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Juramento||❤ H.S||
Vampir#01 - Sinopse Um Juramento os uniu. Um vampiro os separou. "Harry pertence a realeza vampírica europeia. Quando nasceu, foi criado um juramento que ele e a jovem mortal, Serena, deveriam ficar juntos assim que Harry atingisse a maioridade. E ele est...