Alexia, ou melhor, Lexie Thompson, se acostumou com sua realidade de ser colocada em um pedestal, que quase toca os céus, por literalmente todos em sua volta. Mimada desde cedo, ela é uma daquelas meninas patricinhas e populares que normalmente seri...
Karma Police, I've given all I can It's not enough, I've given all I can [...]
This is what you get When you mess with us
For a minute there I lost myself, I lost myself Phew, for a minute there I lost myself, I lost myself
— Karma Police, Radiohead
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Alexia Hollie Thompson
Caminhei até minha casa depois que Dylan me deixou na esquina.
Entrei e adivinhem: não tinha ninguém... Só Bliss que correu em minha direção e pulou em mim. Se não tivesse acostumada, provavelmente eu ia cair.
— Oi, meu amor! — falei alisando a cabeça da minha cadelinha.
Fui passear com a Bliss, já que não tinha nada pra fazer mesmo. Normalmente eu levava ela pela rua, mas acabei encontrando Julian e pedi pra ele me levar um pouco mais longe, de preferência uma praia.
Fui pra Santa Mônica e sentei na areia, como era setembro e fim de tarde, não estava tão quente.
Bliss deitou ao meu lado e eu fiquei lendo um livro que eu peguei na estante do meu pai. O menino de pijama listrado, um clássico.
Fiquei lá um pouco mais, curtindo um pouco a praia maravilhosa que minha mãe me trazia... Voltei depois de contemplar o maravilhoso por do sol.
Cheguei em casa e deduzi que meu pai havia chegado. Pensei isso pois sua pasta estava na mesa.
— Pai? — gritei e não recebi resposta.
Ok então, deixei minhas coisas no meu quarto e comecei a pensar na minha vida.
Qual seria meu futuro?
Só tenho meu pai e ele mal liga pra mim. O que me faz querer acordar todos os dias? Eu pensei bastante e não cheguei em lugar nenhum.
Não tinha motivos pra gostar da vida. Não tenho nada que me sustenta.
Argh! Cala a boca Lexie! Que merda você tá pensando? Olha pra você, está quase chorando e nem percebeu.
Odeio esses momentos pensativos além da conta que eu tinha. Decidi ir até a cozinha e comer algo, mas não estava com muita fome.
Parei quando vi a bandejinha com os whiskys do meu pai. Cheirei os líquidos nos recipientes e escolhi o mais forte pra botar em um copo. Botei um dedo e virei puro. Desceu queimando, mas eu já tava acostumada. Botei outra dose e dessa vez com gelo.
Sentei-me em uma das banquetas que tinha na cozinha e fique lá, no mal iluminado cômodo, já que só liguei as luzes secundárias.
Olhava pra o copo, mexia, bebia um pouco e repetia esse mesmo ritual. Parei quando ouvi um barulho vindo do corredor.