Alexia, ou melhor, Lexie Thompson, se acostumou com sua realidade de ser colocada em um pedestal, que quase toca os céus, por literalmente todos em sua volta. Mimada desde cedo, ela é uma daquelas meninas patricinhas e populares que normalmente seri...
We got a chase last night From men with truncheons dressed in hats We didn't do that much wrong Still ran away though, for the laugh Just for the laugh
Please just stop talking 'Cause they won't find us if you do Oh, those silly boys in blue Well, they won't catch me and you
— Riot Van, Arctic Monkeys
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Alexia Hollie Thompson
Era óbvio que eu sentia falta dele. Dylan era como outra parte de mim, por mais brega que isso seja.
De vez em quando, sem nem notar, eu olhava pra minha tatuagem. Lembrava de todos momentos bons e como eu me divertia com eles.
Eu fui burra o suficiente para deixar ele ir sem ter uma conversa sobre São Francisco. Todo dia isso me doía.
Estava na sala de cinema da minha casa, brincando com Bliss, e escutei Luke falando algo. Achei que era comigo e fui procurá-lo.
— Cara, o que aconteceu com a época que você vinha me ver? — escutei risos.
Não qualquer riso.
Comecei a correr e vi Dy na porta usando uma calça jeans e um moletom preto. Ele sorriu quando me viu e nos abraçamos.
— Oi — ele disse assim que nos separamos e suspirou.
— Oi.
— Oi? É isso? Nossa, como vocês são chatos — Luke revirou os olhos.
— Não era você o ciumento? — provoquei.
— É, mas depois dessa novela toda até eu esperava mais.
— Você não existe — Dylan riu e depois olhou pra mim — vamos?
— Vamos — respondi sem nem pensar — calma, pra onde?
— Só vem.
— Okay, mas eu preciso trocar de roupa? — ele analisou meu moletom, que na realidade era dele, e a calça legging preta que eu usava.
— Só bota um tênis.
— Certo.
Quando saímos ele me levou, à pé mesmo, para a rua um pouco atrás da minha casa, onde era mais deserto e poucos carros passavam.
Só quando ele se afastou percebi que estávamos de mãos dadas, não de um jeito estranho, mas fofo.
— Essa eu estou pagando pra ver — ele tirou dois skates de trás de uma pedra e eu comecei a rir.
— É sério isso?
— Seríssimo.
Passamos a tarde inteira andando de skate naquela área. Dy conseguia fazer uns truques, mas eu só conseguia andar de um lado pra o outro.
