12

64 2 0
                                    

Ouçam esta música enquanto lêem!

Era aborrecido estar em casa sozinha, Folker só chegava segunda-feira.
Decidi fazer o meu jantar, o meu estômago já fazia o tal barulho, fui em direção à cozinha e comecei por cozinhar algo prático.

Eu tinha na cabeça o que se tinha passado hoje, não me saía da cabeça era desgastante o sentimento que sentia.

E eu sabia que já não era amor.

A campainha foi ouvida pela casa, eram vinte e três horas da noite, nunca ninguém batia a esta hora. Fui até á porta principal e eu abri-a.

Quem era a única pessoa que batia a esta hora da noite? Completamente arruinado?

- Eu não aguento.

A respiração dele estava pesada, ele tinha corrido e estava magoado na cara.

Eu não sei o que se tinha passado na minha cabeça, mas eu olhei para ele e eu revi a minha vida toda nos olhos dele, eu sentia saudades dele, porra. Eu sabia que ele me estava analisar como eu estava, mas á espera de uma resposta minha.

Eu sabia que isto não era amor.

- Megan? - Ele passava as mãos pelo meu rosto. - O que se passou? Ficaste meia hora a olhar para mim.

Eu deixei um suspiro. - Nada, o que fazes aqui?

Ele apontou para os seus ferimentos.

- Eu quando sai do sítio onde estavas, que eu sabia que era perto da tua casa, eu estava a ser perseguido e acabei por ficar de novo perto de tua casa.

- Ok. Podes entrar. - Deixei que ele entrasse e por fim, fechei a porta. Ele analisava a minha casa, parecia mais calmo. - Queres comer algo?

Ele virou-se para mim. - Tens algo para passar nestas feridas?

- Sim, eu tenho, senta-te na sala.

Virei costas e fui em direção ao kit dos primeiros socorros, eu tinha lá tudo.

O ambiente estava pesado, eu na verdade só tinha vontade de chorar. Fiz o meu caminho até ele, estava no mesmo sítio.

- Está aqui. - Pousei as coisas na mesinha no centro da sala e sentei-me no outro sofá.

Não. Eu não ia curar as feridas dele, ele também não curou as minhas.

Eu olhava para ele, fazendo aquele procedimento todo e sabia que ele sabia fazer aquilo.

Ele era a minha vida. É verdade.

Ele olhou para mim sorrindo e eu não percebi a razão pela qual ele estava sorrir. - Tira uma foto, dura mais.

Revirei os meus olhos ouvindo aquilo.

- Poupa-me. - Ele levantou-se e veio até mim. A verdade? Eu tremi.

A sua mão veio de encontro á minha cara apertando-a sem me aleijar. Ele continuava o mesmo, eu sentia.

- Porra, eu tinha me esquecido o que era viver contigo e ver-te de leggings, o pior é que ainda dormes sozinha.

Eu olhei para ele enquanto ele largava-me, vestiu o seu casaco pegando na chave do seu carro, fazendo o caminho para a minha porta.

Para a minha porta.

Para a minha porta.

Eu levantei-me rapidamente antes de ele abrir a porta.

- Justin. - Eu chamei-o, ele olhou para mim. - Não tens fome? Eu estava a comer.

Ele riu de lado. - Não, obrigada boneca. Mas tenho algumas putas que estão a esperar por mim.

Auch. Eu apenas assenti.

Não te vás embora, não te vás embora.

- Não, eu estou sozinha. - Ele parou de novo.

- Uma vida independente é assim Megan. - Ele virou- se para mim mantendo o contacto com os meus olhos.

Eu cheguei perto e deixei um beijo na boca dele.

E ele, fechou a porta e eu chorei.

Desejo Proibido / jb 2ªTEMPORADAOnde histórias criam vida. Descubra agora