1. Meu Medo, Seu Medo, Nosso Medo ✅

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ELE SE LEMBRAVA BEM. Dentes afiados sobre sua pelagem acinzentada e seu pequeno corpo balançando para os lados enquanto a loba que o carregava corria pelo mar congelado da Noruega. Os rosnados e os uivos contra ele e seu irmão mais novo, ele ainda não entendia por que era odiado.

          Quando os seis invernos passaram e as viagens finalmente cessaram, ele entendeu porque era carregado por uma Beta e não por sua suposta mãe Ômega, ele era um fardo, e sua mãe e seu pai haviam sido mortos a muito tempo, e ele mesmo não sabia disso, aquele alfa dizia que sacrifícios deviam ser feitos para o bem da matilha. Ele não acreditava naquilo.

          Em sua forma lupina ele experimentava o primeiro ciclo, seu Alfa ordenara que se afastasse dos demais lobos da matilha, então ele estava ali, distante de toda a sua alcateia, mas perto o suficiente para que fosse protegido caso algo acontecesse nas terras da Finlândia, o que era impossível já que contavam com a ajuda dos humanos para cuidar das florestas. E ele estava na área humana.

          Seu corpo estava dolorido, ele não sabia o que fazer e por isso estava deitado em um ninho nada confortável de neve, seus gemidos doloridos eram baixos e chorosos, ele não podia se considerar um adulto, não ainda, e muito menos com sua falta de instinto, ele era tão lento que nem mesmo se adiantou para procurar uma parceira para seu primeiro ciclo. Seu odor era forte o suficiente para enlouquecer sua alcateia, ele sabia que havia uma ou duas lobas que corresponderiam ao seu ciclo, porém ele não era capaz de sair de seu monte de neve. E ele bem sabia que iria piorar quando acontecesse a primeira transformação humana.

          Um rosnado baixo o fez erguer a cabeça, seus olhos azuis fitaram uma loba que estava logo atrás das grades que os separavam. Ela ergueu as orelhas em completa atenção, seus passos foram leves e ela corajosamente passou pela grade.

          Ele rosnou baixo.

          Os olhos da loba brilharam e ele jurou ter visto olhos humanos.

          Ela rosnou em resposta e ela se pôs de costas para ele, seu cheiro acertou completamente em cheio as narinas do lobo ômega e ele soube que ela também estava em seu ciclo. Pondo-se diante dela, ele saltou sobre ela mantendo-a debaixo de si e a penetrou, seus corpos se uniram e as patas traseiras se movimentaram dando-lhe impulso contra o sexo da fêmea loba.

          Quando seus corpos desgrudaram após alguns minutos, a loba apenas assentiu para ele e saiu por onde havia entrado, ele pensou que provavelmente iriam se ver novamente quando ele se tornasse humano.

1. Os Reis da NeveOnde histórias criam vida. Descubra agora