八 · Adventure time?

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   É como diz o filósofo coreano Min Yoongi: Bultaoreune ~~

   Tinha acabado de vestir meu pijama e estava pronta para dormir, quando escuto meu celular tocar e procuro pelo mesmo no meio das cobertas. Vejo o nome do Jungkook brilhar na tela. Atendo imediatamente.

    - Jungkook? Você está bem? - Pergunto não conseguindo esconder o tom de preocupação na minha voz. Apenas recebo um gemido em resposta. Franzo a testa, ele estava me ligando enquanto transava com alguém? apertou algum botão errado? - Jeon? - arrisco chama-lo novamente.

   - Quão sujo eu sou por estar...- ouço mais um gemido, dessa vez mais manhoso que o anterior, sinto um arrepio percorrer meu corpo. - ...por estar me masturbando pensando em você?

  Droga! Não conseguia me concentrar em mais nada além da respiração ofegante e uns pequenos gemidos que ele soltava uma vez ou outra. Eu estava errada por continuar na linha?

    - Jungkook... - não consigo evitar a falha em minha voz, ele realmente mexe comigo. - onde... onde você está? - fechei os olhos tentando me concentrar em uma possível resposta do outro. Sua respiração estava ofegante.

    - Eu... eu não sei. - Respondeu com um pouco de dificuldade, e só então percebi.

    - Mas que merda Jeon! você está bêbado? - aumentei o tom de voz sem ao menos perceber.

    - Não sei mãe, estou? - Soltou um riso anasalado. E automaticamente me lembrei de como ele ficava infantil e insuportável quando estava bêbado. - Me ajuda...
   
    - Céus Jungkook, me ajuda a te ajudar. Onde você está? - Falei me levantando e andando impaciente pelo quarto, enquanto esperava ele falar algo, mas só escutava sua respiração pesada. E aquilo estava... me excitando pra caramba. - Jungkook?
  
    - Tô...

    - Tá onde Jungkook?

    - Tô duro.

   E desligou. Mas que porra. Retornei a ligação, nada. Mandei mensagem, nada.

   Afundei meu rosto no travesseiro tentando tirar a imagem de Jungkook em um banheiro qualquer se masturbando enquanto chamava o meu nome. Jesus...
 
    Passei mais algumas horas esperando ele ligar novamente, não sabia onde ele estava, com quem estava... Droga Jeon, você não é mais criança.

  

    Despertei ao ouvir batidas na porta, olhei para o relógio e só então notei que tinha dormido já fazia um tempo. O relógio marcava 2:30 da manhã. Que tipo de pessoa bate na porta dos outros às 2 da manhã?

    Me aproximei da porta fazendo o máximo de silêncio possível, estava sozinha em casa e isso me assustava um pouco, ainda receosa tomei coragem e me aproximei do olho mágico, notando assim uma cena um tanto engraçada do outro lado da porta:
   Jeon Jungkook com o rosto quase que colado no olho mágico tentando observar o lado de dentro.

   - Ok, respira fundo. - Disse a mim mesma, tomei coragem e abri a porta. - O que voc...

   - Querida, cheguei! - Entrou quase me levando junto, completamente bêbado. -  Foi difícil achar a sua casa. - Falou, se jogando completamente desajeitado no sofá.

   - Ela está no mesmo lugar de sempre. - Retruquei observando a cena. Mais tarde provavelmente levaria uma bronca da minha mãe por conta do sofá estar cheirando vodka e perfume barato.

   - Vem aqui amor, me faz uma massagem. - Resmungou ainda com o rosto contra o estofado.

   - Jungkook, você sabe que horas são?

   - Hora da aventura? - Meu Deus, não acredito que estou lidando com uma criança de 4ª série.

   - Você precisa de um banho urgentemente. Levanta desse sofá. - Implorei puxado-o pelo braço. - Minha mãe vai me matar Jeon.

   O Observei tentar se levantar e voltar a sentar novamente no móvel. Aquilo séria engraçado, se não fosse trágico a situação que ele se encontrava: Cabelo completamente bagunçado, camiseta toda manchada de bebida, batom e... um chupão no pescoço.

   - Me leva pro seu quarto então. - Disse ficando em pé com um pouco de dificuldade na minha frente. Me lançando um sorriso malicioso. - Pode me usar a vontade, depois você descarta, aí eu não te dou mais trabalho.

   - Para de falar merda, Jungkook. - Puxei seu braço o levando em direção ao quarto. - Senta ai. - Indiquei a ponta da cama, qual ele sentou sem reclamar. - Agora espera ok? vou procurar algo pra você vestir. - Mas foi só o tempo de me virar e lá estava ele novamente se levantando. - Ótimo, faz do jeito que quiser. - Dei de ombros revirando os olhos e indo em direção ao guarda roupa procurar ao menos uma camisa limpa para que ele pudesse trocar.

   - Você acha que eu daria um bom garoto de programa?

   - Que? - me virei na hora para o mesmo, surpresa com a pergunta.

   - Se apaixonar é um saco.

   - Talvez não seja se você se apaixonar pela pessoa certa. - Estendi uma camiseta pra ele. - Toma um banho e veste ela, vou fazer um chá pra você.

   - Achei que você fosse me dar banho. - Falou me lançando um bico. - Eu posso cair no banheiro e morrer.

   Talvez estivesse exagerando um pouco, mas realmente, ele poderia acabar se machucando no estado que estava.

   - Ok... Só troca a camiseta então. Já volto.

   Coloquei um pouco de água pra ferver e procurei um daqueles chás que minha mãe sempre fazia para se acalmar e dormir melhor.
  

   - Bebe isso, vai te fazer se sentir melhor. - Lhe entreguei a xícara com o líquido nao muito quente. Percebi que além do chupão, tambem tinha umas marcas de batou  sob seu pescoço e maxilar. - Vou pegar uns lencinhos pra te limpar.

   Aguardei ele tomar alguns goles do chá, fazendo algumas caretas e me entregando o copo fazendo sinal que não queria mais. Por incrível que pareça, agora estava menos agitado, coisa que facilitou bastante para que pudesse me aproximar mais dele e limpa-lo com calma.

   - Gosto do jeito que você me toca. - Falou baixo, com os olhos fechados, enquanto eu continuava a limpa-lo. - É mais carinhosa que ela. - Não consegui evitar soltar um suspiro de desaprovação ao perceber que ele falava de Yang Min. Fez uma careta quando passei o lenço pela marca em seu pescoço, que, levando em consideração a cor, estava bem sensível.

   - Parece que a noite de alguém valeu a pena. - Comentei forçando um riso.

   E me xinguei mentalmente por estar sentindo ciúmes dele ter ficado com outra.

   - Eu não transei com aquela mulher. - Falou, como se eu soubesse quem seria essa mulher, e pude ver que estava me encarando, sério. Terminei o que fazia, e, antes que pudesse me afastar, sua mão foi mais rápida segurando meu pulso.
    E ao ouvi-lo sussurrar meu nome, senti aquela excitação de mais cedo voltar.

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⏰ Última atualização: Aug 15, 2022 ⏰

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