Game of Survival †pcy+bbh†

12.What I Did?

Baekhyun.

Sonho.

Lembrança.

Chuva.

Água.

Falta de ar.

Vidro.

Desespero.

Falta de ar.

Raiva.

Pulmões ardendo.

Ódio.

Visão escurecendo.

Medo.

Alívio.

Água quente.

Roupas quentes.

Cama.

Cobertor.

Abraço.

Aconchego.

Quente.

Confusão.

Sono.

Escuro.

<...>

Acordei sentindo-me ser abraçado, com dor na cabeça e nos olhos, além de sentir minhas mãos arderem.

O que está acontecendo?

Virei para o lado para ver quem me abraçava e vi que era Chanyeol. Ele fazia um carinho tão bom em  meus cabelos que não consegui evitar de me aconchegar mais ainda em seu corpo quente.

    “Está melhor?” perguntou o mais alto, tendo apenas um balançar de cabeça afirmativo como resposta.

“Sabe que precisamos conversar, não sabe?” voltou a perguntar e novamente confirmei. “Mas antes, vamos tomar café da manhã. Você parece estar bem fraco.”

Levantamos e fomos em direção a cozinha. A casa parecia estar vazia.

“Onde estão os outros?” perguntei.

“Ainda dormindo. Agora coma.”

Comecei a comer o que via pela frente, estava realmente faminto.

Ouvi uma risadinha baixa, parei de mastigar e direcionei meu olhar ao som, encontrando Chanyeol me encarando com um pequeno sorriso nos lábios. Abaixei a cabeça e voltei a comer, sentindo meu rosto quente.

“Quer conversar e esclarecer tudo agora ou depois?”

“Agora.” dei uma resposta imediata.

“Bom,” começou. “tomei a liberdade de perguntar para seus amigos sobre o seu passado, espero que não se importe. Começarei perguntando o que aconteceu para ficar descontrolado. O que você viu?”

“Estava no meio de um experimento, o terceiro do dia, lembro-me que chovia muito, eles me colocaram em uma espécie de caixão de vidro com água dentro. Me deixavam lá até eu perder a consciência, e quando eu acordava, me colocavam lá de novo.” disse e coloquei mais um pedaço de pão na boca.

“Espera, você disse o terceiro do dia?” perguntou ele e afirmei.

“Agora faz sentido.” disse ele mais para si mesmo do que para mim.

“O que faz sentido agora?”

“O porquê de você conseguir liberar o seu dom.” antes de interrompê-lo dizendo que não conseguia fazer o que disse ele continuou. “Sim, você consegue, sou a prova viva disso. Além de que no primeiro dia que nos vimos você o liberou também.”

“O que quer dizer com isso?”

“Não conseguimos liberar nossos dons se ficarmos quatro meses no laboratório Baekhyun, e você ficou este período lá. Por que acha que Kyungsoo e Minseok não conseguem? Eu, Luhan e Jogin ficamos anos lá e conseguimos. Para liberarmos demora um tempo, ainda não sei ao certo o quanto, mas você… Você conseguiu em um período relativamente curto. Agora as perguntas são: por que eles precisavam tanto de você para fazerem o que fizeram em proporções praticamente impossíveis para ter o dom tão rápido?  O que eles querem de você?”

“Isso é um absurdo, deve ser alguma coincidência, naquele dia eu estava muito assustado e tinha acabado de sair de uma seção de tortura, deve ser por isso. Kyung e Seok são muito mais fortes que eu, eles devem conseguir também e…” tentei argumentar mas fui interrompido.

“Não, eles não conseguem. Diz isso pelo fato deles já terem tido o cio?” perguntou e não pude evitar de corar, afinal, ainda não fiz vinte e um anos para ter o meu.

“Claro que sim, todos sabem que alfas e ômegas ficam mais fortes quando tem o seu primeiro cio.”

“Mas agora temos uma exceção.”

Não consegui evitar de soltar um suspiro cansado e me virar em direção as escadas, indo para meu quarto, sentindo a presença do alfa atrás de mim. Assim que cheguei e sentei na cama me lembrei de um detalhe em sua fala.

“Você disse que era uma prova viva, como saberei que não está mentindo?” perguntei.

O alfa suspirou e levantou sua camisa fina de mangas longas, e logo pude ver uma marca de queimado no seu peito, tinha a forma de uma mão.

Abaixei o olhar vendo minhas mãos no mesmo estado, se não pior, por todas elas. Levantei a que correspondia com a marca em seu corpo e a coloquei no local queimado, era como se ela se encaixasse perfeitamente ali.

Direcionei meus olhos para os do alfa e perguntei:

“O que eu fiz?”

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Feliz ano novo (atrasado) sz.