3° 🔯Origem e história

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Há registros de práticas mágicas em diversas épocas e civilizações. Supõe-se que o caçador primitivo desenhava a presa na parede da caverna antes da caça como forma de motivação. Posteriormente, adquiriu o ritual de enterrar os mortos e nomeou as forças da natureza que desconhecia, dando origem à primeira tentativa de compreensão da realidade, que chamamos de mito.

Segundo o Novo Testamento bíblico, por exemplo, são três magos os primeiros a dar as boas-vindas a Jesus recém-nascido. No Velho Testamento, há a disputa mágica entre Moisés e os Magos Egípcios. Nos Vedas, no Bhagavad Gita, no Alcorão e em diversos textos sagrados, existem relatos similares.

Praticamente todas as religiões preservaram suas atividades mágicas ritualísticas, que se confundem com a própria prática religiosa - a celebração da Comunhão pelos católicos, a incorporação de entidades pelos médiunsespíritas, a prece diária do muçulmanovoltado para Meca ou ainda o sigilo (símbolo) do caboclo riscado no chão pelo umbandista.

Os antigos acreditavam no poder dos homens e que, através de magia, eles poderiam comandar os deuses. Assim, os deuses são, na verdade, os poderes ocultos e latentes na natureza.

Durante o período da Inquisição, as bruxas e feiticeiras foram perseguidas, julgadas e queimadas vivas pela Igreja Católica, pois esta acreditava que a magia estava relacionada com o diabo e suas manifestações.

A magia, segundo seus adeptos, é, muitas vezes, descrita como uma ciência que estuda todos os aspectos latentes do ser humano e das manifestações da natureza. Trata-se assim de uma forma de encarar a vida sob um aspecto mais elevado e espiritual. Os magos, utilizando-se de atividades místicas e de autoconhecimento, buscam a sabedoria sagrada e a elevação de potencialidades do ser humano.

A magia é, também a ciência de simpatia e similaridade mútua; a ciência da comunicação direta com as forças sobrenaturais; e um conhecimento prático dos mistérios ocultos na natureza. Está intimamente relacionada às disciplinas ditas ocultas, como o hermetismo do Egito Antigo, a alquimia, a gnose e a astrologia. Para Aleister Crowley, é "a arte de provocar mudanças a partir da vontade". No final do século XIX, ressurgiu, principalmente após a publicação do livro A Doutrina Secreta, de Helena Petrovna Blavatsky, e pela atuação da Ordem Hermética do Amanhecer Dourado(Hermetic Order of the Golden Dawn), na Inglaterra, que reviveu a magia ritualística e cerimonial.

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