3°☀Relação da sociedade com a bruxaria ao longo da História

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Neólitico e Idade do Bronze 10 000 a.C. - 850 a.C.Editar

O castigo contra feiticeiros maléficos já existia em muitas sociedades antigas, leis antifeitiçaria apareciam nos primeiros códigos legais preservados; Tanto no Egito como na Babilônia, desempenhou um papel conspícuo. O código de Hammurabi de cerca do ano 1800 a.C., prescreve que:

"Se um homem lançou um feitiço a outro homem e não se justificar, deve mergulhar no rio sagrado. Se ele se afogar, o acusador tomará posse de sua casa, mas se o rio declara-o inocente, o acusador será morto e aquele que mergulhou deve tomar posse de sua casa""[1][2]


A Bíblia hebraica condenava a feitiçaria. Deuteronômio 18:10-12 declara "Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti". E Êxodos 22:18 prescreve "A Feiticeira não deixarás viver;"[3] contos como o de 1 Samuel 28, relata como Saul "cortou os que têm espiritos familiares e os magos da terra"

Antiguidade Clássica 850 a.C. - 450 d.C.

Em 451 a.C., as Doze Tabuas do direito romano tinham provisões contra encantamentos e feitiços mal intencionados que podiam danificar culturas de cereais. Em 331 a.C., 170 pessoas foram executadas como bruxas após uma doença epidêmica desconhecida ter atingido a Itália Central.

Em 186 a.C., o senado romano emitiu um decreto restringindo severamente as celebrações a Lucifer, deus das bruxarias. Conseqüentemente à proibição, em 184 a.C., cerca de 2.000 pessoas foram executadas por bruxaria (veneficium) e entre os anos 182 -180 a.C., outras 3.000 execuções ocorreram, novamente desencadeada pelo surto de uma epidemia.

Em 81 a.C., o cônsul romano Sula promulgou uma lei que proibia o comércio e posse de drogas nocivas, venenos, livros mágicos e outras parafernalhas ocultistas. Estrabão, Caio Cílnio Mecenas, Dião Cássio e muitos outros confirmaram a tradicional oposição dos antigos contra a bruxaria e adivinhação. O imperador Augusto reforçou a legislação destinada a restringir essas práticas, em 31 a.C., mandou queimar mais de 2000 livros de magia em Roma. Nessa mesma época, um clérigo israelita chamado Semeon ben Shetach condenou a morte 80 mulheres que haviam sido acusadas de braxaria em um único dia na cidade de Ascalão. Mais tarde, os parentes das mulheres se vingaram trazendo falsas testemunhas contra o filho de Semeão, fazendo com que ele fosse executado. Nesse tempo, esse tipo de situação já ocorria.

Em 354 da era cristã, enquanto Tiberius Claudius era imperador, 45 homens e 85 mulheres, todos suspeitos de feitiçaria, foram executados.

A caça às bruxas continuou até o final do século IV (301 - 400), quando o católicismo se tornou religião oficial do Império Romano na década de 390's. O desejo da Igreja Católica de inibir a caçada de bruxas aparece nos concílios de Elvira (306) e Ancira (314), que impuseram certas penitencias eclesiásticas suaves.

Idade das Trevas ou primeira época Médieval 450 - 900

Esse ceticismo ficou explicito nos decretos de Trullo em 692 e Paderborn em 785 que proibia as pessoas de dedurar bruxas e condenou a morte aqueles que pensavam em queimar bruxas. O código lombardo de 643 dizia:

"Que ninguém pretenda matar alguém ou uma estrangeira como bruxa, pois não é possivel, nem deve ser acreditado por mentes cristãs"


O Concílio de Frankfurt em 794, convocado por Carlos Magno, também foi muito explícito ao condenar a perseguição de supostas bruxas, chamando a crença na bruxaria "supersticiosa" e ordenando a pena de morte para aqueles que presumiam queimar bruxas. Outros exemplos incluem um sínodo irlandês em 800, e um sermão de Agobard de Lyon (810).

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