4º Capitulo

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Acordo muito antes das 7 da manhã para ir correr. A noite passada foi muito boa e serviu para descontrair um pouco, mas infelizmente não chegou.

Visto-me o mais depressa e silenciosamente possível para não acordar a Larissa porque eu sei como ela odeia acordar cedo, principalmente depois de uma longa noite acordada e sinceramente, também não me apetece muito aturar a sua ma disposição matinal.

Mal saio de casa, começo logo a correr.
Adoro a sensação que tenho quando corro. Não sei explicar, é simplesmente incrível.

Ja passou um bom tempo desde que estou a correr quando oiço o meu telemóvel tocar.

Atendo sem sequer ver quem é. Afinal, a esta hora so pode ser a Larissa que acordou e quer comer alguma coisa mas não sabe o sitio das coisas.

- Nem penses sequer em assumir os negócios do teu pai, se não vais acabar como ele.

- Desculpe? Estou a falar com...

- Isso não interessa. O teu pai foi ao fundo porque os negócios dele interferiram com os meus, não vais querer que te aconteça o mesmo.
Sem me dar hipótese para responder, a chamada termina. Mas que raio? Será que o homem que me acabou de ligar é o mesmo que matou o meu pai?

Não pode ser. Quer dizer, quem comete um crime com atenção a todos os pormenores não se iria expor apenas numa chamada. Ou iria?

Volto a correr para casa, mas destas vez muito mais rápido.

Mal entro em casa, ligo o computador e procuro pelo número que me ligou.

Mas é claro que ele comprou um telemóvel descartável. Tal como eu pensei, quem comete um crime assim não se expõe.

Um vulto aparece atras de mim, o que me assusta e faz com que de um saltinho na cadeira. Quando olho para tras encontro a minha melhor amiga com cara de sono e toda despenteada.

- Credo mulher! Não te viste ao espelho antes de vires aqui e me assustares?

- E tu não foste tomar banho antes que o teu cheiro empestasse a casa toda.

- Não cheiro assim tão mal.

- Pois claro que não, apenas parece que andaste quinze dias sem tomar banho.

- Exagerada.

- Porca.

- Chata.

- Vai tomar banho.

- Não mandas em mim.

Levanto-me e vou até a casa de banho e quando vou a fechar a porta a minha melhor amiga grita da sala:

- Com que então não mando?

- Não, eu vim tomar banho porque queria e não porque tu mandaste.

- Sei...

Quem é que lhe terá ligado? Deixem as vossas sugestões nos comentários.
Beijinhos e até ao próximo capítulo

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