Aprendizes do Amor - Milly

Capítulo 5 parte 2

     Com a primeira das que espero serem muitas aesthetics da minha filha maravidiva de mamãe babona, segue mais uma parte de capítulo extra pra vocês que mesmo sem eu pedir, votaram no Informações relevantes e me fizeram feliz! Feliz, feliz!

Milly ;

     Nunca tive problema para acordar cedo antes, mas não estava em meu estado normal e apesar de eu não ter sentido enjoo nem uma vez até então, me sentia molenga por falta de expressão melhor. Chegar até o banheiro fora uma tortura e arriei na parede até sentar no chão quando minha cabeça começou a rodar e o meu estômago reclamou quase não me dando tempo de por minha cara no vaso a virar minhas tripas do avesso em convulsões seguidas sem nada além de bile a por para fora já que ainda não tinha me alimentado.

– Hoje não bebê, mamãe tem de trabalhar. – reclamo e volto a enfiar a cabeça no vaso com espasmos dolorosos, tentando ferozmente me conter para não acordar meus pais, algum tempo depois consigo me despir e me enfiar debaixo do chuveiro, em breve teria que contar aos meus entes que dessa vez consegui engravidar.

    Quando fui pra cozinha já estava me sentido melhor, mas a minha autoconfiança tinha ido para o saco e só consegui comer uma fatia de maçã verde com muito custo. Ser mãe sozinha tinha seu preço e não é que eu só tenha me dado conta agora, eu já sabia e não ia deixar de tentar ter meu bebê de qualquer forma. Só não imaginava tudo de ruim que podia acontecer assim tão claramente quanto estava vendo esses dias.

    Pensar em meu irmão e a merda que ele e Adra estavam passando com as gêmeas fora inevitável, mas lancei o pensamento ao fundo da mente. Não podia me deixar impressionar, isso não faria bem algum ao meu precioso bebê e não ajudaria em nada também.

    O calor estava acabando com meus nervos e o ar condicionado do carro até que ajudou, mas quando desembarquei na casa de Janaina para ajudá-la a pegar os Cookies do café da manhã que estava por nossa conta, uma lufada de ar quente me faz tremer na base.

– Ótimo tudo que eu precisava agora era ficar gripada por conta de choque térmico. – reclamo ao entrar na casa pequena de dois andares que era sonho de qualquer moça solteira e o ar condicionado do ambiente lança ar frio novamente dentro de meus pulmões enquanto Jana vem em minha direção com sua disposição natural, disposição que também já tive, mas ao que parecia, não hoje, não nessa manhã.

– Nossa mulher, o que te deu? – exclama Janaina com os olhos de jabuticaba madura arregalados a olhar para mim com aflição – Você está drogada?

– Não! Claro que não. Eu não sei amiga, eu não est...

– Victor ajuda aqui!!! – escuto Jana chamando o irmão ao longe, nem sabia que ele estava na cidade, mas após isso mais nada.

    Quando acordo, estou no hospital e minha preocupação primária era com meu bebê, Jana está do meu lado e me olha de cara feia.

– Por que não me contou que está grávida sua bruxa?

– Estou grávida. – digo-lhe envergonhada por não ter contado antes e tento levantar, mas ela faz com que volte a me deitar.

– Agora já sei! – exclama baixinho – Você tem visita aí fora e com essa camisola que em você parece PP aconselho não levantar já que vai estar de bunda de fora – detestava essas camisolas de hospital, mas tinha coisas mais importantes que eu precisava saber.

– O quê aconteceu?

– Você desmaiou e te trouxemos para a clínica – me diz ainda braba comigo – para a sua sorte Victor é clínico e ficou o tempo todo aqui com você e eu tive que me virar com o café da manhã sem você, mas foi tudo tranquilo, dona Elza nem soube que você não estava lá com a gente e elogiou as tortinhas de limão. – Elza era nossa contratante, mulher de difícil trato, raramente elogiava alguma coisa, mas pagava direito e perdê-la não seria bom para o meu pequeno negócio.