Capítulo 3

1.7K 289 90
                                    



Enzo ;

     Deixar para resolver depois o que tinha que ser resolvido na hora nunca era bom negócio. Isso ficou claro para mim no dia seguinte a eu saber que ia ser pai. Não consegui encontrar o dr Vasques, e pelo que me informou a nova secretária ele havia entrado de licença para cuidar de sua saúde e nem viera trabalhar, mas após certa insistência de minha parte, consegui o endereço do hospital onde me dissera que ele estava internado. Eu não queria voltar a falar com a Sandra, mas mesmo que quisesse ela também não estava na cidade e não era mais sócia na clínica ao que me informara a jovem secretária. Eu estava aparentemente de pés e mãos atados e já me imaginava tendo mais noites insones como a de ontem para hoje e sequer sabia o nome da mulher que supostamente estava esperando filho meu, porque não tive a decência de perguntar quando a tive comigo no trailer. Talvez a moça tivesse sido enganada ou Sandra fora mesmo conivente com a troca de material? Fato é que ela havia 'me enganado' me fazendo acreditar que queria engravidar de um filho meu quando na verdade o dinheiro que ela acreditava que eu não tinha, mostrou ser mais importante para ela do que o que vivemos juntos. Trocar o certo pelo duvidoso a levara a ficar com meu irmão e perdera a ambos, porque tudo que meu irmão queria dela era provar o que todos meus mais próximos sabiam, menos eu...

    Ok, eu não ia mais perder tempo pensando no que podia ter sido...

    Mentira descarada a minha, pois por mais que eu quisesse, eu não estava me saindo nada bem em tirar as duas mulheres da cabeça e ainda que tenha sido por motivos diferentes, já que a Sandra me traiu e a mulher que nem sabia o nome deixara mais do que claro que não precisava de mim nem do meu dinheiro. Ambas deixaram claro por meio de suas ações que eu era totalmente dispensável.

    Às cegas cheguei ao hospital onde a secretária me disse estar o dr Vasques e como são sou da família, tive que apelar para a atendente cheia de sardas que não devia ter mais que vinte anos e obviamente não fazia meu tipo, mas ela não parecia se importar tampouco que eu tivesse quase o dobro da sua idade e estava para terminar seu plantão para o meu azar.

   A 'solícita' garota me levou ao quarto onde o doutor estava e me contou que o colocaram em coma induzido nessa manhã para mais exames, eu esperava que ele ficasse bem, mas entendi que não havia nada que eu pudesse fazer por hora e me despeço. Só que ela grudara em mim como chiclete e na garagem onde estacionei meu carro sou literalmente agarrado pela garota que tenta me beijar e tirar a minha camisa em mesmo tempo.

– Tem certeza que não é artista? Mas você malha... – a voz enjoada da garota só era compensada pelo seu desempenho, mas não ia me arriscar a ser preso por atentado ao pudor e se ela queria tanto assim meu leite teria que ser bem rápida e discreta, porque também não ia deixar a louca entrar no meu carro, mal eu penso no assunto e ela se abaixa à minha frente pondo o meu pau para fora, ainda bem que o estacionamento era coberto e nós estávamos próximo à parede dos fundos, se continuasse quieta e se mantivesse discreta...

– Você é danadinha ein! – digo a ela estocando fundo em sua boca e ela aguenta como se fosse uma profissional do sexo, mas fecho meus olhos quando a imagem de certa morena invade meus pensamentos sem aviso e abro de súbito assustado, ao vê-la em carne e osso do outro lado do meu carro.

– Vi você saindo quando eu estava chegando. – ela me diz e guardo meu pau, mas não a tempo de ela não ver e deduzir por si mesma que estávamos fazendo. – Ai caramba, eu não vi nada.

– Viu sim e de que importa? – diz a garota com ar de coquete, mas a deixo para trás e sigo a mulher que se dizia grávida de filho meu.

   Caramba, como anda rápido em cima de saltos mortais!

Aprendizes do Amor - MillyOnde histórias criam vida. Descubra agora