sábado de garotas

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Capítulo 4 – Sábado de Garotas

Sábado de manhã não era um dia tão especial, não havia muito que fazer. Era apenas mais um entediante dia comum... Porém Karen sempre melhorava as coisas com sua energia e quando falávamos de de possibilidades amorosas que provavelmente nunca aconteceria com a gente. Mamãe iria trabalhar somente até às 14 horas e hoje, durante o café da manhã, ela me prometeu que iríamos ter uma tarde de garotas, estava totalmente animada, mas retraída por ser bem "careta".

"Jus... J-J-Just... Dance" — Chamada de telefone da Karen.

— Tudo certo para mais tarde? — ela eufórica na chamada.

— Claro! Tudo certo! Não se esqueça de trazer o seu notebook com todas as séries possíveis, quero morgar hoje fazendo maratonas. — falei.

— Ok! Apareço aí umas 13h45. Agora irei me ocupar, beijos amiga!

Desliguei a chamada, olhei no relógio e já passava das 10 horas. A lembrança de André não sumia, seu sorriso, sua voz... E ainda mais sua pele — o dia em que nos abraçamos. A preocupação com esses pensamentos novamente vieram à tona. O desejo de procurar no Google era muito grande, mas não iria fazer essa besteira,  talvez ele só esteja doente — as pessoas muitas vezes ficam com a pele gelada quando adoecem ou por algum outro remoto motivo. — Eu realmente não estou em um livro ou em um filme de ficção! Isso tudo é bobagem. — pensei.

Liguei a TV e passava apenas o telejornal. O tédio já estava tomando conta de cada centímetro do meu corpo.

Lembrei-me do nosso trabalho de redação, uma vez que ninguém tinha feito nada realmente relevante. Peguei meu telefone, abri o WhatsApp - contatos - André - Adicionar ao grupo "Duas estrelas e uma Vareta" (só uma observação,  não fui eu quem criou esse nome, créditos a Karen).

Willy: Como falei é temporário, só pelo tempo de fazer o trabalho em quarteto.

Certamente ele não iria me responder logo, joguei o telefone sobre o sofá e voltei a assistir o telejornal, que agora falava sobre grandes eventos musicais e cultura brasileira!

O telefone tocou mais uma vez. Dessa vez era a Mamãe:

— Oiiiii querida! Tudo certo com você? — um pouco de se estranhar mamãe me ligar no horário de trabalho para saber se estou bem.

— Sim, você realmente vai sair do trabalho direto para casa Dona Bella? — apesar de tudo eu queria essa tarde. Eu mesma não me lembrava do último momento que não havia sido forçada com mamãe.

— Claro que irei, eu prometi não lembra? Mas agora tenho que desligar porque o senhor Sérgio está me olhando. Beijos querida e se cuide. - Sérgio era o supervisor de mamãe.

Antes que eu pudesse responder ela desligou a chamada.

Aproveitei para ver se alguém havia respondido minha mensagem no grupo.

Karen: Já estava passando da hora de adicionar o lindo André no grupo, não acha Willy?

Willy: Não me julgue, eu esqueci! Haaaaa!

Joguei novamente meu celular sobre o sofá, e comecei a mudar aleatoriamente de canal até encontrar um que falava de animais em extinção porém não demorou muito e voltei para o telejornal. Quando o relógio se aproximou de 12 horas, fui até a cozinha fazer alguma coisa para comer, abri a geladeira de duas portas e tudo que tinha lá estava congelado, não queria me dar o trabalho de fazer algo que demorasse.  Peguei ovos, salsicha,  legumes, arroz e fiz uma linda gororoba (até que ficou até bom!). Depois do almoço fiquei um pouco surpresa, quando André me ligou.

O recomeço de sua chegadaOnde histórias criam vida. Descubra agora