Capítulo 1 Sor Sebastian Lassar

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 O sol estava mais ameno naquela tarde, algumas nuvens pairavam fazendo sombras momentâneas e a caravana seguia a passos lentos naquele sertão

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 O sol estava mais ameno naquela tarde, algumas nuvens pairavam fazendo sombras momentâneas e a caravana seguia a passos lentos naquele sertão. Quando um Imperador fazia uma convocação, não demorava muito para todos os nobres se reunirem na capital. Mas isso era no passado, quando o poder dos dos monarcas fazia o Império de Galator girar. Agora, as convocações reais, soam mais como súplicas de um mendigo, mesmo sendo o astuto Carlos II a fazer o chamado, que impunha mais respeito que seu falecido pai.

 Encabeçando a coluna, estavam dois Cavaleiros e um escudeiro. À direita, Sor Grove Barca, de meia idade, alto, forte, moreno e de cabelo crespo ralo. Uma cicatriz branca descia pela lateral esquerda de seu rosto. Sua armadura de couro ficava escondida sob uma túnica laranja. Seu garanhão negro respirava com o vigor de uma fera selvagem e trotava com a força de um touro. No meio, Sor Sebastian Lassar em sua armadura branca, recém nomeado Cavaleiro aos 18 anos, alguns centímetros mais baixo que Sor Barca, pardo, de cabelo castanho que caía sobre a capa azul marinho. Seu elmo era fechado, com uma abertura em forma de "T", ombreiras redondas que lhe davam um ar mais elegante. A armadura era feita de Auroaço, um metal de pigmentação branca, das montanhas Creta. Isso ajudava na luta contra o calor daquela região. Os braços eram cobertos por uma cota de malha e as luvas eram de couro, tingidas de azul claro. O símbolo de sua casa era a balança branca em um campo azul. Sendo assim, para contrastar com a armadura, uma balança azul foi pintada no peitoral branco. Seu cavalo era um amigo de longa data; Corvade, um belo cavalo malhado. 


 Por último, à esquerda, vinha Afonso Lassar, de apenas 12 anos e irmão de Sebastian. Magrelo, cuja armadura branca, de modelo igual a de Sebastian, se via a distância que era maior do que ele. Seus olhos quase não alcançavam a abertura do elmo em formato de "T" - as más línguas, diziam que ele era uma versão menor e defeituosa de Sor Sebastian, que não admitia ouvir tal coisa do caçula. Seus braços eram magros e largos, o que fazia suas pernas parecerem menores do que deveriam ser para um garoto daquela idade. Seu cavalo branco andava de maneira desengonçada, fazendo com que Afonso fosse de um lado para o outro dentro da armadura.


 A estrada de terra batida se estendia por aquela planície vasta e árida. Arbustos secos decoram a paisagem esperando há muito tempo a chuva que preludia desde o amanhecer. As quase cem pessoas e cavalos, que compunham a caravana, pareciam ser as únicas coisas vivas naquele local por dezenas de quilômetros. Cavaleiros, soldados, servos e nobres. Todos se deslocaram de seus lares a contragosto.

 Sor Barca retirou de sua bolsa, presa na sela de seu cavalo, um cantil de couro de bode, desatarraxou a tampa e despejou um pouco de água na cabeça de sua fera domada. Em seguida, levou o cantil à boca e disse para os irmãos Lassars:


- Deveriam dar de beber a seus cavalos. Mesmo com cheiro de chuva, eles ainda têm um longo caminho a percorrer. - E bebeu com uma golada toda a sua água.

As Espadas de Monte Negro - Ruína e GlóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora