Capítulo XV

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Há algum tempo atrás

Ana e Aria, duas irmãs gêmeas, viviam e brincavam juntas. Ana, uma poderosa Ishin do fogo, começou seu treinamento logo quando criança e foi aperfeiçoando ao longo do caminho. Na sua adolescência, ela mantinha seus cabelos louros escuros na metade da cintura, seus belos olhos verdes faziam qualquer um se encantar, era branca mas não muito pálida. Todos os dias, Ana saía para observar os ishins na patrulha na Terra, foi quando conheceu Lorenzo, um jovem com cabelos negros, olhos na cor mel e com algumas sardas em suas bochechas. Os dois se aproximaram, viviam para cima e para baixo juntos quando Ana ia para Terra:

Aria não vai ficar preocupada com você? - Lorenzo perguntou seguindo a loira.

Eu avisei a ela que eu iria voltar tarde. Ela é forte, sabe se virar - Ana responde parando de andar - É aqui.

Eles haviam descido até a Terra com uma patrulha, escondidos, eles ainda não tinham permissão de acesso a Terra, mas Ana adorava ir naquele lugar. Um lugar específico. Havia uma floresta, que tinha um lago, a cor da água era azul como o céu, Ana adorava aquele lugar. Não demorou muito para que os dois entrassem no lago, mergulhando no mesmo. Ana adorava passar esse tempo com Lorenzo, um simples humano que conheceu em uma de suas idas a Terra. 

Aria era totalmente diferente da irmã. Aria não havia demonstrado traços como a da sua irmã. Ela sempre ouviu que era uma Querubim, um anjo guerreiro, mas, nunca se interessou em começar o treinamento, sempre foi forçada ou arrastada pela irmã. Na sua adolescência, não descia a Terra junto com Ana, ela odiava os homens, odiava a ideia de ser uma Querubim e proteger os humanos. Ela tinha longos cabelos loiros, eram mais claros que o da irmã, mas tinha a mesma maravilha dos olhos verdes que encantava todos. Ela frequentava o treinamento e a noite, ficava em casa enquanto Ana descia para Terra. Mas isso não durou por muito tempo, Aria contou a outros que Ana sempre ia com a patrulha, depois de descobrir que Ana havia se apaixonado por um humano:

O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ, ARIA?! - Ana gritava e chorava muito.

EU FIZ O QUE ERA PRECISO. VOCÊ SE APAIXONOU POR UM MERO HUMANO! - Aria gritou de volta.

Eu amava Lorenzo. Porque você odeia tanto os humanos? Você nasceu para observar e os proteger, você tem um papel incrível Aria! 

- Papel incrível? Eu odeio ser uma Querubim Ana! Você tem um papel incrível, você é uma Ishin do fogo, seria o sonho de qualquer um.

- Eu falei com Thomas hoje, ele disse que eu vou ficar sem ir na Terra. Até a minha cerimônia. Obrigada, Aria - Ana disse entrando no seu quarto, sua voz demonstrava que ela estava magoada com sua irmã.

Depois disso, as estruturas entre Ana e Aria se abalaram. Ana estava evitando Aria, já faziam 3 semanas, ela estava ficando irritada. Aria se arrependeu muito do que havia feito, mas não queria sua irmã com um mero humano, ela precisava manter o foco em seu treinamento. Mas, Ana não via assim, ela ignorava a irmã todas as vezes que ela tentava conversar com ela, todas as noites, ela saía de casa, não querendo encontrar Aria dentro de casa. Mas, em um treinamento, Aria se machucou seriamente e ficou comprometida. Ana, com sua bondade começou a cuidar da irmã, com tudo o que havia acontecido, Aria não deixava de ser sua irmã. Quando foi ver sua irmã, ela ainda estava de uniforme do treinamento, Aria tambem estava com o uniforme, mas completamente entre a vida e a morte:

Oi, maninha - Ana disse pegando em sua mão - Porquê? Eu me odeio por ter te abandonado, eu me odeio por não ter te ouvido. Eu te ignorei todos esses dias, e agora, eu não tenha chances de pedir seu perdão, ouvir sua risada novamente, cozinhar juntas. Eu me arrependo, Aria. Eu te amo muito, maninha. - Ana pega em sua mão.

Alguns segundos depois, uma luz dourada ilumina o quarto, deixando todos que estavam lá dentro, surpresos. A luz envolvia Ana e Aria, o olho de Ana começou a brilhar na mesma tonalidade que a luz que as cercava. Depois de instantes, todas as luzes entraram dentro de Aria, fazendo a garota acordar. Era um milagre, Ana, um anjo qualquer, fez Aria se recuperar e voltar a vida. Ana abraçou fortemente Aria, que não estava entendendo nada. 

A notícia se espalhou rapidamente. Alguns, diziam que ela era a escolhida de Deus, outros, arriscavam em algo mais profundo. Ana era a filha perdida de Deus. A garota tentou fazer de novo, mas não conseguia todas as vezes que tentava, eram poucas as vezes que funcionava. Aria, pediu desculpas a irmã, e elas voltaram a ser inseparáveis.

Anos se passaram, Ana e Aria estavam adultas. Aria fazia patrulhas na Terra com os outros Querubins, ela começava a gostar do que via, ela achou em meio de uma floresta perdida, um lago, que era transparente de tão puro que era. Todos os dias, faltando alguns minutos para voltar ao céu, ela ficava lá. Ana, se tornou uma Ishin muito forte, estava quase completando seu destino como Ishin do fogo, faltava pouco. Mas, ela ainda descia para Terra, não todos os dias, apenas alguns dias, sem padrão para ninguém perceber. Ela tinha voltado a encontrar Lorenzo, que estava adulto como ela. Um dia qualquer, Ana foi até a Terra, depois do seu treinamento, encontrou Lorenzo no mesmo lugar onde eles haviam se visto pela última vez na adolescência. Mas, era a hora da patrulha e Aria estava na patrulha que estava na Terra. Como sempre, Aria foi tirar suas horas para pensar no lugar calmo que havia encontrado, mas não fazia a mínima ideia que sua irmã, Ana, também estaria lá, junto com Lorenzo. Aria, por um momento, exitou em falar de novo para a patrulha. Mas era necessário. Ana estava para cumprir seu destino como Ishin do fogo, não queria que a irmã perdesse o foco. Então, assim foi feito. Aria, novamente, contou a patrulha que havia visto sua irmãzinha com o humano. Em menos de 5 minutos, tudo em volta de Ana parou, então a ficha dela caiu. Eles haviam descobertos, Serafins sempre foram na patrulha com os querubins, e eles podiam controlar o tempo. Ana tentava se explicar, quando sentiu olhos pregados em si. Olhou mais adiante, e viu, Aria observando de cima de uma árvore, ela brilhou os olhos de raiva quando viu Aria ali, sabia quem havia contado a patrulha. Era ela de novo:

Mas cê gosta de acabar com a minha vida né, garota - Ana diz entrando no seu quarto e Aria vai atrás

- Você está quase completando seu destino, eu não acredito que ia deixar tudo de lado para viver com aquele humano, ele nem sabe o que você é - Aria dizia com ódio.

Você não sabe se eu ia abandonar o treinamento, Aria.

- Eu ouvi você falando para ele. Ele sabe que você é um anjo?

- Sabe. Os pais dele são caçadores, Aria.

- Você iria fugir mesmo? - Ana ficou calada - Você iria mesmo fugir com ele. Você iria abandonar o treinamento, iria abandonar a mim!

- Você já me abandonou, a muito tempo Aria. Você prefere se beneficiar e causar o mal a outros, você estava certa. Não é um Querubim. Você é um hashmalim. Torturadores que gostam de fazer o mal - Ana pegou sua mochila, jogou algumas coisas e roupas. Fechou e foi seguindo para fora.

Onde você está indo? - Aria pergunta.

- Minha punição é treinamento 12 horas por dia. Vou ficar sobre vigia a todo momento.

- Você não vai mais poder ficar aqui.

- Não. E agora, você vai ficar sem mim, sozinha com a sua consciência de ter jogado sua irmã no fogo. Não pense que foi só isso que eles me puniram - Ana ergueu sua blusa, mostrando várias marcas e cicatrizes pela barriga que ia pelas costas.

Eu não queria isso Ana, me perdoa.

- Tarde demais - Ana bate a porta deixando Aria sozinha e isolada.

Depois de anos, Ana se tornou uma Ishin do fogo, subiu de patente e foi até Tenente dos ishins. Mas a guerra deu início. Depois de anos, Aria viu sua irmã, do outro lado, no time inimigo. Aria havia se tornado uma hashmalim, como Ana havia dito. Então, a guerra havia sido travada. Nesse meio tempo, Ana foi escolhida para conversar com o time inimigo, pedindo paz. Aria conversou com seus amigos hashmalim, o rei deles, a chamou e disse que precisava dá confiança de Aria, matando Lorenzo, o primeiro amor de Ana. Aria, sem exitar, matou Lorenzo, mas ela não sabia que tinha platéia. Ana. 

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