Capítulo XXVII

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Narrado em terceira pessoa.

Rachel, Dean e Gabriel foram para delegacia, para pegar os documentos sobre os mortos encontrados e os relatórios policiais feitos até então. Rachel permaneceu calada o caminho inteiro, sem falar uma palavra se quer. Ela ficava pensando sobre as causas e as consequências que ela teria que enfrentar. Essa pessoa ou qualquer coisa que seja, estava matando pessoas inocentes em nome dela. E ela precisava impedir isso.

Chegando na delegacia, os três desceram, Rachel entrou atrás dos dois "federais" e ficou sentada em uma cadeira de espera, já que eles não deram um terno e um distintivo falso para ela. A ruiva começou a reparar o que tinha a sua volta, ela estava sentindo um cheiro estranho, como já havia visto em algum lugar. Depois de alguns minutos tentando achar de onde vinha esse cheiro com os seus olhos, uma dor de cabeça insuportável veio do nada, praticamente explodindo a cabeça de Rachel. Ela levou as mãos na cabeça e tentava não gritar por Dean ou por Gabriel. Ela levantou o olhar, vendo uma pessoa de terno se aproximar, mas não era Dean e nem Gabriel. Levantou um pouco mais a cabeça, dando de cara com um rosto conhecido:

- Rachel? - Tyler perguntou com uma expressão confusa. A dor de cabeça de Rachel aumentou.

- Tyler? O-o que você tá fazendo aqui? - Rachel levou as duas mãos na cabeça novamente, soltando um grito abafado de dor.

- Bom, pessoas morrem, eu venho cuidar do assunto. FBI. Acho que você está cansada de saber. Tá tudo bem? - O irmão toca sua mão no braço dela e ambos são jogados com força em direções diferentes.

Rachel tenta se recompor, mas a sua dor não deixa, que volta a doer. Tyler levanta, sem entender muita coisa, olhando para as pessoas em volta, que estavam assustados. Dean e Gabriel aparecem vindo do corredor, olhando para Rachel. Ela olha para eles e balança a cabeça, negativamente. Gabriel vai ao encontro de Tyler enquanto Dean vai ao encontro de Rachel:

- O que aconteceu? - Dean coloca as suas grandes mãos nas bochechas de Rachel, fazendo com que ela olhe para ele.

- M-me tira daqui. P-por favor - Rachel mal acaba sua fala, e solta um grito abafado, estourando três lâmpadas do lugar.

Dean a levanta e sai do local junto com Gabriel, que já havia entendido o recado. Eles entraram dentro do Impala e saíram rapidamente. Em menos de dois quarteirões da delegacia, Rachel conseguiu se recompor:

- Que droga foi aquela? - Dean pergunta olhando de relance para Rachel.

- Eu não sei. Eu nunca senti uma dor tão insuportável como essa, que eu me lembre. Meu irmão se aproximou de mim, tudo aconteceu tão rápido - Rachel tenta se explicar, enroscando nas palavras e acontecimentos em sua mente.

- Calma, Rachel. Olha pra mim - Gabriel chama sua atenção - Aquele não é seu irmão. 

- Como você sabe? - Rachel pergunta confusa.

- Eu nem precisei chegar perto dele. Quando eu pisei lá dentro, algo naquele lugar não estava certo - Gabriel começa explicar.

- Exatamente! Eu também senti - Rachel concorda.

- Vocês e seus lances estranhos de anjos, nunca vou entender - Dean diz, fazendo Rachel dar um meio sorriso.

- Quando eu vi você de um lado e ele do outro, já imaginei o que havia acontecido. Ele encostou em você e do nada vocês voaram para lados opostos? Estou certo? - Gabriel pergunta de uma forma que acaba tirando o sorriso de Rachel, fazendo uma feição de preocupada. Ela confirma com a cabeça e Gabriel fecha os olhos e suspira.

- Que diabos aquele homem era? - Dean perguntou, estressando pelo drama de Gabriel.

- Um malakim. Um dos bem ruins - Gabriel declara, deixando um silêncio dentro do carro.

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