Clair de Lune • l.s.

dix

Admiração, ternura e felicidade colorem os olhos azuis de Louis, cada nuance clara para Harry, que em um estado semelhante de sentimentos, mantém seus olhos sobre ele.

Ele não precisa olhar ao redor, para o objeto de admiração do outro. Tendo escolhido antecipadamente com este proposito o pequeno restaurante, charmoso e reservado enquanto ainda estão na calçada, as flores cobrindo as paredes carregando seu perfume enquanto a brisa sopra, tons de marrom e bege nos tijolos de suas paredes e o céu crepuscular em um azul profundo sobre ambos, juntos em uma cidade vizinha ao vilarejo.

Em um movimento rápido, Louis volta-se para ele e lhe dá um tapa em seu braço ao mesmo tempo que a outra mão segura a lapela de seu casaco e o beija.

Ele deixa-se derreter sobre isso, um sorriso quando se afasta: - Isso foi meio confuso.

- Você planejou isso tudo? – Louis murmura, seus olhos e corpo próximos. – Me deixou dias ansiando e nem uma pista sobre o que faríamos!

- Você disse que queria fantasia. – Harry dá de ombros, a realização cobrindo a expressão de Louis, dias atrás em que em um comentário não mais que espirituoso ele deu a sugestão e passou a ser tudo o que Harry poderia querer lhe dar. – Aw, aimer...

Louis o beija novamente, Harry deixando-se extasiar por todo o amor que ele sente nesse momento. Eles se afastam com relutância, um brilho em seus olhos ao que Louis apenas olha para ele nos segundos antes de pegar sua mão e se afastarem em direção a entrada.

Com outra onda de satisfação, Harry assiste ao que Louis se surpreende positivamente outra vez ao que direcionados pela recepcionista, eles chegam a sua mesa. Luzes estende-se sobre eles, acesas ao que a noite cai, como uma cortina luminosa, o pequeno jardim dos fundos e reservado onde no meio encontra-se a mesa deles, uma pequena fonte com o som da agua ecoando calmamente em plano de fundo.

- É diferente, eu sei. – Harry começa, sua voz baixa como se com medo de quebrar o encanto. Louis ainda olha ao redor, o silencio impulsionando Harry a continuar: - Não que eu não goste de clássicos, porque eu gosto! Mas eu achei que seria uma boa ideia, sabe? E Niall me ajudou...

- Shh... – Louis murmura, apoiando sua mão sobre a de Harry, que esteve mexendo na toalha da mesa distraidamente. – C'est parfait.

E Harry acredita nele. Um garçom chega para os atender e a noite passa entre boa comida, duas sobremesas a pedido de Louis, deixando suas cadeiras de lado em algum momento para trazer as taças e o vinho para se sentarem sobre a grama.

- O que? – Harry pergunta, os ombros de Louis balançando suavemente ao que ele continua a rir, apoiando-se contra o ombro de Harry.

- Eu apenas disse que queria fantasia, o que foi totalmente aleatório, e você faz isso... – Louis indica ao seu redor, Harry encolhendo os ombros em resposta. - Cherry, vas-tu faire ce que je te demande?

Harry não responde, beijando a testa de Louis por alguns longos segundos, levantando-se e estendendo sua mão. Louis olha para ele por em uma pergunta em seus olhos, deixando-as de lado ao que aceita a mão e se deixa ser guiado enquanto eles voltam ao restaurante e seguem por escadas estreitas até o segundo andar.

A porta se fecha as suas costas, o clique da tranca alto demais ante o quarto silencioso. Em tons variantes entre o marfim, bege e marrom, o vaso com crisântemos lilases se destaca sobre a iluminação baixa.

- Eu pensei que... – Harry começa, palavras perdendo-se em sua boca quando Louis volta-se para ele com a expressão aberta, lábios rosados curvados em um sorriso e sombras lançadas sobre seu rosto. – Você gostou?