onze

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- ... Como em seus livros anteriores, Styles parecia explorar a ideia de seus personagens estarem em busca de algo, mas em seu novo livro é totalmente ao contrário... – Harry o beija, Louis murmurando quietamente e se desviando quando ele tenta novamente, o canto dos seus lábios se erguendo ao que ele continua a ler a crítica: - ... Ao que entrelinhas e belas palavras, passa a seu leitor o sentimento de que encontrou o que sempre seu coração ansiou e não soube nomear. Ao fim das páginas, queremos... Harry! Pare de me interromper!

- Eu não estou interrompendo-o. – Harry murmura, beijando a pele de Louis sobre o colarinho da camisa branca mais uma vez, rindo quando Louis reclama, mas tomba a cabeça dando-lhe espaço. Ele se afasta, seus olhos se encontrando e seus dedos indo para a gravada de Louis, ajustando-a. – Somente beijando-o.

Louis revira os olhos, seus lábios pressionados ao que tenta conter um sorriso: - Certo.

- Certo. – Harry repete, passando a mão sobre a gravata e beijando Louis novamente: - Você sabe que eu não ligo para isso.

- Bem, na verdade eu sei que você liga, mas prefere não ler as críticas porque você tem medo delas. – Louis diz, erguendo as sobrancelhas, como se o desafiando a negar. Harry pensa em fazer isso, protestar mesmo que o outro tenha razão, mas desiste em um bico enquanto se vira para pegar seus sobretudos, Louis continuando: - Mas eu também sei que no meio da noite, quando eu estiver dormindo, você vai ler tudo sozinho e provavelmente ser dramático sobre isso.

- Cale a boca. – Harry murmura, carinho em sua voz. – Mas eu gosto quando você as lê, então se você quiser continuar...

Ele dá de ombros, colocando seu sobretudo e o abotoando lentamente, sentindo os olhos de Louis sobre si e o seu sorriso. Mas ele não tem tempo de responder, um som alto chamando a atenção de ambos que, parado no corredor da entrada, dão os poucos passos até a sala de estar.

Um vulto cinzento passa por eles, mas seus olhos são atraídos para a árvore de Natal caída no meio da sala de estar. Harry abre a boca, sem palavras ao os enfeites caídos e espalhados lhe tiram as palavras, o pisca-pisca ainda acesso ao que se pendura precariamente na tomada. Por um segundo ele sente lágrimas chegarem aos seus olhos, seja pela raiva ou mágoa pela árvore que eles montaram juntos em seu primeiro Natal em seu apartamento agora estar neste estado.

Louis abaixa, em suas mãos quando ele se levanta um anjo que estava na árvore. Ele começa a rir, mostrando a Harry o enfeite que amassado e quebrado em um ângulo estranho, que de algum modo o faz rir junto, somente um pouco amargo sobre isso.

- Prudence?

- Com certeza. – Louis responde, deixando o anjo sobre o sofá e apoiando uma de suas mãos no fim da coluna de Harry, guiando-o em direção a porta da frente. – Vamos lá, depois arrumamos isso.

Flocos de neve caem silenciosamente, as ruas iluminadas para o Natal e Louis dirige em direção ao apartamento de Niall e sua festa. Harry apoia-se contra a porta, observando a cidade de Londres passar em branco e dourado, sua mão apoiada sobre a coxa de Louis enquanto All I Want For Christmas Is You toca no carro silencioso.

Os meses que se seguiram foram coloridos em descobertas, conhecendo a si próprios em que se dedicavam a este relacionamento, sabendo que nada é perfeito e que realmente não importa, mas a certeza de que este sentimento é para ficar.

Eles não escolheram um local fixo, Londres para o Natal mesmo que seus pensamentos voltem a Provence e planos para o próximo verão, cidades diferentes e experiências que querem ter juntos. Em uma certeza mútua, Harry sabe que eles voltarão para o vilarejo e será onde escreverão suas próprias lembranças sobre o piso cheio de muitas, onde seus filhos crescerão e passarão seus dias – mas, isso ainda está por vir, e o presente é o que importa para eles.

A festa de Niall já começou quando eles chegam, o apartamento cheio em conversas e música, o Natal a dois dias de distância mas o sentimento familiar presente em cada decoração e gentileza. Louis ri quando lhe mostra a foto que Liam lhe mandou, a mesma enquadrando ele e Zayn em alguma praia californiana e Harry pensa no quanto o amigo parece feliz, que dias antes ao se falarem e contar sobre o relacionamento dos dois, suas palavras expressavam nada mais que seus olhos demonstram na foto.

Harry está na cozinha, o zumbido da festa mais baixo ali. Ele se apoia contra o balcão, um sorriso em seu rosto enquanto corre a mão pela nuca e balançando a cabeça, pega duas taças para se servir.

- Harry! – Niall exclama, suas bochechas coradas e seus olhos brilhantes quando entra na cozinha e caminha diretamente até ele. Harry sorri, deixando-o quando ele pega a sua mão direita e continua: - Finalmente consigo encontra-lo sozinho e finalmente ver este anel, porque o Lou... Oh, hm...

Confusão toma a expressão de Harry, o entendimento lentamente chegando a ele ao que olhando para a expressão de Niall, fica claro para ele. Seu ritmo cardíaco aumenta consideravelmente, podendo sentir o sangue fugindo de seu rosto e a perda de palavras, Niall soltando sua mão e quietamente dando passos para trás.

- Vamos fingir que isso nunca aconteceu, certo? – Niall diz com um fio de voz. – Certo?

Ele se vira e sai rapidamente, deixando Harry sozinho. Ele ainda olha para a sua mão direita ainda suspensa, um sorriso lentamente puxando o canto dos seus lábios, outras pessoas entrando na cozinha, mas que ele mal registra, enchendo as duas taças em movimentos automáticos e voltando a Louis, o sorriso que ele duvida poder tirar dos seus lábios tão cedo.

- Obrigado, amor. – Louis diz, os dois parados na sacada do apartamento. Pequenos flocos caem sobre eles, sobre o cabelo e os ombros de Louis, seus olhos azuis claros e erguendo uma sobrancelha sobre a borda da taça, pergunta: - O que?

- A primeira vez que te vi, naquela festa na faculdade, os primeiros versos de Sweet Child O'Mine tocaram em meus pensamentos, como se eu fosse uma caixa de música ou algo assim... – Harry sorri, colocando uma mecha de cabelo de Louis trás de sua orelha, deixando sua mão em sua bochecha, acariciando-o enquanto continua com sua baixa, apenas para ele: - Quando eu o vi novamente no vilarejo, o mesmo aconteceu e eu não sei realmente o porquê, mas mentiria se dissesse que isso não acontece com certa frequência, quando olho para você

Louis cora, a sombra rosada sobre suas bochechas facilmente desculpada pelo frio, o sorriso em seu rosto e desviando os olhos rapidamente dizendo outra coisa.

- Então eu tenho um sorriso que parece lembrar-lhe de memórias infância, onde tudo era fresco como o brilhante céu azul?

- Sim. – Harry sorri, sem folego. – Você tem.

Clair de Lune • l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora