Capítulo 32. Não posso mais te amar...

709 46 10
                                    

Eles se olhavam intensamente, queriam dizer tantas coisas, o coração dela gritava que sim, mais a cabeça, dizia que ele amava outra, que só queria vinga-se dela.

Ele pensava que não ia mais ceder a ela que agora tudo ia ser do seu jeito, mais seu corpo implorava pelo calor do corpo dela.

- isso nunca.

Ela se afastou dele.

- então pode pegar o rumo da cidade e esquece da minha filha.

Ela se virou outra vez ficando de frente pra ele.

- ela também é minha filha, eu vou brigar por ela.

- ótimo, nos encontraremos nos tribunais.

Ele sentou na sua cadeira e fingiu se concentrar em ler alguns papéis, mais não podia parar de pensar na recusa dela em casar com ele, já com o moleque ela enfrentava até perder filha, a ele custava a crê que ela estivesse se apaixonado por outro.

Victória estava ainda parada encarando ele.

- mais alguma coisa?

- eu... eu...- Ela se virou para sair.

- Victória.

Ela se virou.

- eu não quero me vingar de você, eu só quero dar a minha filha um lar, uma família, você que está sendo egoísta e vingativa.

- Otávio...

- eu ainda não acabei- ela se calou- te dou dois dias para pensar na minha proposta, amanhã levo à Valentina para passar a tarde com você, converse com ela e leve em consideração o que é melhor para ela, pela primeira vez, não pense só em você.

Victória baixou a cabeça e saiu da sala dele, foi até o apartamento e encontrou sua mãe angustiada.

- e aí minha filha, foi atrás do Otávio.

- sim mãe...

Ela contou tudo a mãe.

- estou sem saber o que dizer.

- eu tenho que da a resposta em dois dias, eu não posso, mãe não posso casar com ele.

- eu não te entendo, isso é sério? estava disposta a casar com Bruno sem amor, e com o Otávio que você ama, sempre amou e sempre vai amar, não quer casar.

- por isso mesmo, eu...ai mãe eu... não posso e pronto... e eu não o amo mais.

- não? É sério?

- sem cinismo sim por favor. Eu vou descansar... há tá bom da senhora ir ver seu marido.

- somos divorciados.

- não são não, seu marido tá com saudades.

- cale a boca fedelha.

- é bom né dona Cristina, prove do próprio veneno.

Ela saiu e a mãe jogou uma almofada nela, já era hora de visita-lo mesmo.

Cristina foi ao hospital e encontrou Henrique sendo paparicado por várias enfermeiras mal saídas das fraudas, ele ria e elas se desmanchavam todas, ela bateu a porta e todos a olharam.

- atrapalho?

- claro que não amor, aproxime-se.

Ele estendeu a mão para ela já tinha recuperado boa parte dos movimentos do lado que tinha ficado paralisado e com um pouco mais de fisioterapia estaria recuperado totalmente muito em breve.

Será Ódio?... Ou Amor?(em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora