Capítulo 8

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Eu – Eu...eu...eu...estou apaixonado pelo Ricardo. (Disse em meio ao choro desesperado)

Ela me olhou com uma cara de espanto. Sem deixá-la falar, eu despejei tudo.

Eu – Não aguento mais, isto está me sufocando. Desde que o conheci só sentia raiva pela forma que me tratava, mas agora tudo mudou, com a convivência acabei me apaixonando.

Paula – Calma Luca, confesso que estou surpresa. Ele sabe que você é gay?

Eu – Não, procuro não dar bandeira. O que dói mais é ter ele perto e não poder tê-lo pra mim. Tenho que amar em silêncio.

Estava em prantos, nunca tinha chorado desta forma por ninguém.

Paula – Oh amigo, sei que vai ser difícil escutar o que vou dizer, mas...tenta esquecer. Ele é heterossexual, tem a fama de ser o maior pegador. Você só vai se machucar se tentar alguma coisa.

Eu - Sei, mas não consigo evitar.

Eu – Não vou ligar se você não quiser ser mais minha amiga, já estou acostumado com a rejeição das pessoas quando descobrem sobre mim.

Paula – Que isso! Não fale besteira! Antes de tudo nos somos amigos, não me importo se você é gay. (Ele falou segurando na minha mão). Além do mais, cada um faz o que quiser com o toba.

Caímos na gargalhada.

Eu – Nossa...você não sabe como foi bom escutar isso. Desculpa desabafar assim, mas eu precisava falar com alguém.

Paula – Amigos são pra essas coisas. Não gosto de ver você assim, quero um sorriso neste rosto. Já sei, você vai sair comigo hoje!

Eu – Não sei, não estou no clima.

Paula – Não estou perguntando, estou te comunicando. Hoje nós vamos nos divertir e esquecer os problemas, nem que seja só por uma noite.

Eu – Tá bom!

Paula – Saímos depois do trabalho. Beijos!

Ele voltou pra sua sala. No final do expediente fomos a uma balada, o lugar era ótimo e muito agradável. A Paula se transformou, dançamos a noite toda.

Eu – Meu Deus mulher, você não cansa. (Disse tentando recuperar o fôlego)

Paula – Meu querido...quando eu saiu pra me divertir...eu me divirto...rsrsrsrs.

Eu – Vamos pegar alguma coisa pra beber.

No bar pedimos umas bebidas e ficamos conversando.

Paula – Amigo...tenta esquecer, não vai conseguir nada dele, somente amizade.

Eu – Tem razão, acho que fiquei assim porque faz tanto tempo que não tenho um relacionamento. Estou tão carente que a primeira pessoa que me trata bem eu acabo me apaixonando.

Paula – Amigo...não olha agora, mas tem um carinha ali que não para de te encarar.

Eu – Sério? É bonito? (Falei assustado)

Paula – Ele é gatinho. Vou descrever ele pra você, ele é bem alto, branco, cabelo espetado, acho que ele tem olho azul, não dá pra ver direito....ah ele é bem fortão.

Paula – Ai...ele tá vindo aqui.

Eu – Nãoooooo!

Carinha – Oi, posso pagar uma bebida pra vocês?

Paula – Não obrigada, mas meu amigo quer.

Eu fiz uma cara de “vou te matar sua louca”. Eu queria morrer, estava com tanta vergonha que não consegui falar, só balançava a cabeça.

De Chefe a Amor da Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora