Capítulo 16

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Quando desembarcamos no aeroporto de Curitiba era quase 21h00min. Sentia-me estranho, não conseguia descrever o que se passava em minha mente, logo Pedro me acorda do transe.

Pedro – Luca? Sua mala.

Eu – Oi...que foi...nossa estava distraído.

Pedro – Deu pra perceber, estou falando com você a um tempão. Você está pronto pra enfrentar toda esta situação?

Eu – Acho que sim, sem dúvida esta viagem me ajudou muito. Agora é encarar o que está por vir de cabeça erguida.

Pedro – É assim que se fala amigo. Vamos que estou cansadão.

Eu – Vamos!

Quando estávamos indo para o estacionamento peguei o celular e liguei para o Seu João, queria saber se o Ricardo ainda estava no meu apartamento.

Eu – Oi Seu João, aqui é o Luca. Como o senhor está?

João – Oh Seu Luca, quanto tempo, estou bem graças a Deus.

Eu – Me diga uma coisa, o Ricardo está?

João – Não, faz uns três dias que ele saiu. Disse que estava se mudando, pois tinha achado um lugar para morar.

Eu – Ah tá...estava viajando, mas estou voltando hoje.

João – Que bom Seu Luca, espero que tenha feito boa viagem.

Eu – Fiz sim...bom Seu João, muito obrigado...até mais.

João – Até Seu Luca.

Desliguei o celular com certo alívio, apesar de estar disposto a encarar toda situação, não estava com vontade de ver o Ricardo tão cedo.

Pedro – E aí? O que ele disse?

Eu – Ricardo foi embora. Finalmente vou poder voltar pra casa.

Pedro – Nossa...você falando deste jeito até parece que estava sendo maltratado lá em casa.

Pedro fez uma cara de “coitado” tão engraçada que não me contive e caí na risada.

Eu – Não é isso seu bobo, fui super bem tratado. O negócio é que estou com saudades da minha casa, das minhas coisas.

Pedro – Sei! Então você já vai pra sua casa hoje?

Eu – Queria, você se importa?

Pedro – Na verdade me importo, estava me acostumando com você lá em casa.

Eu – Eu também, você é uma ótima companhia.

Pedro – Então por que você que ir embora?

Eu – Ah Pedro, eu preciso do meu cantinho. Tem outra, você pode ir lá em casa a hora que quiser, acho até que vou te dar uma cópia da chave.

Pedro – Posso mesmo? Se for assim eu deixo você voltar pra sua casa.

Não tinha percebido como o Pedro estava carente, como pode alguém trair um homem tão perfeito como ele. Entramos no carro e seguimos para o meu apartamento. Quando chegamos cumprimentei o Seu João e em seguida subi, estava com saudades da minha casa. Pedro entrou comigo carregando a minhas malas.

Eu – Finalmente em casa.

Estava feliz de ter voltado, percebi que estava tudo muito limpo e organizado. Olho para o Pedro e vejo que ele está perto da porta com a cara emburrada.

Eu – Pedro, que cara é essa?

Pedro –Nada!

Eu – Para de onda, você ainda tá chateado por eu voltar pra casa.

De Chefe a Amor da Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora