16 de setembro de 1992
São 6:30 da manhã, Charlie é acordado pelo despertador, molhado de suor pelo calor que fez na madrugada, ele levanta e vai ao banheiro. Logo, sua mãe chega ao quarto para vê-lo e conversar um pouquinho:
— Bom dia Charlie! — diz com um belo sorriso no rosto depois de beijá-lo na testa.
— Oi mamãe, bom dia!
— Como foi a noite Charlie? Senta aqui na cama para conversarmos!
— Ah, passei bem, eu acho. — Charlie sorri.
— Que ótimo. Charlie, hoje tem consulta com a psiquiatra, lembra? — estamos nas últimas sessões... Você tá muito bem, sabe.
— Oh sim. Ainda bem, foi horrível o tempo que sofri. Vamos?
E seguem até o hospital. Ao andar pelos corredores da psiquiatria, Charlie se lembra do tempo que ficou internado por causa das alucinações e crises fortes, mas, também das pessoas que o visitaram como Bill e sua namorada, Patrick, a Sam e seu irmão. E do que ele ouviu logo da médica no dia de alta: "Não escolhemos de onde viemos, mas podemos escolher para onde iremos". Meia-hora depois de chegar à sala de espera, a mãe de Charlie ouve:
— Charlie Kelmelckis!
E a consulta segue [...]
Ao sair da sala, vinte minutos depois, a doutora chama a mãe de Charlie:
— Mãe, seu filho ainda continua controlado das crises e alucinações, o que ele tem é considerado normal, eu receitei um novo anti-psicótico para ele, e vamos tentar tirar o remédio para dormir. E nos vemos daqui vinte dias Charlie. Até mais!
Charlie sorri ao andar nos corredores e ir embora, está feliz por se recuperar — no carro, ele escreve uma carta:
Querido amigo,
Acabo de sair da consulta que tive na psiquiatra, e até tenho boas notícias para te dar sobre meu tratamento: eu continuo controlado das crises fortes e das alucinações, eu estou muito diferente daquele dia onde papai e mamãe me encontraram na sala, dormindo, sem roupa e 'assistindo' a TV que ficou desligada... eu ainda vejo coisas, mas estão ficando fracas, e a médica me passou um anti-psicótico e tenta tirar meu remédio para dormir durante três semanas. Eu estou ficando bom e fico muito feliz com isso, aqueles tormentos e crises estavam me cansando, e vejo que vou ficar livre logo, também sinto muita falta do Patrick, e do meu amor, a Sam... queria beijá-la como aquela vez no túnel. Conto os dias para revê-los.
Com amor, Charlie.
E assim que chega a sua casa, Charlie passa a carta escrita à mão na sua máquina de escrever, e dorme um pouco.***
25 de setembro de 1992
É tarde de uma sexta-feira, Charlie acaba de chegar da escola. Hoje foi dia de prova de inglês, ele vê seus pais na sala assistindo a um telejornal:
— Oi mamãe e papai! — diz acenando e com um belo sorriso.
— Charlie! Vem cá meu anjo. Como foi a escola hoje? — pergunta o pai.
— Bem, estou com a cabeça para explodir por causa da prova...
— Seu irmão ligou, e perguntou de você! — comenta o pai — Ele diz que na próxima folga no time de futebol, antes do campeonato, ele vem aqui nos visitar.
— Nossa, que ótimo! Sinto muita falta do meu irmão, sabe...
E Charlie sobe para o quarto para trocar de roupa e ir tomar banho, enquanto preparam seu almoço. Ele começa a lembrar de Mary Elizabeth e de quando namoraram por alguns dias, um filme se passa por sua cabeça: "Ah... Mary Elizabeth, eu gostei muito do tempo que a gente se amou, apesar de eu não ter amado. Lembro que pegava nos seus peitos a todo momento e de nossas saídas ao cinema, de toda vez que você reclamava dos livros que Bill me dava... fico feliz" Logo, Charlie entrar no banheiro e começa a ficar excitado ao lembrar de Mary, e se masturba — em meio ao prazer que sente, pensa "Será que estou certo em pensar na Mary sendo que gosto da Sam?Calma, não é nada", diz para si mesmo enquanto pensou.
Ao descer para a cozinha, Charlie começa a não ficar bem, ele está trêmulo nas mãos. Sua mãe vê e corre par ajudá-lo:
— O que acontece Charlie? Por que suas mãos tremem?
— São as reações dos remédios, mamãe. Nada demais... logo passa. — despreocupa.
— Tudo bem. Sente aqui e coma.
"As minhas reações da medicação são normais, as pessoas que tomam antidepressivos também sentem isso, e eu sigo bem o tratamento", pensou.
Á noite, ele vai para o quarto escrever:
O dia hoje foi normal, mas, eu sinto muita falta dos meus amigos, enquanto te escrevo esta carta, lembro das aventuras com Patrick... do dia que conheci ele no estádio de futebol, ele é uma ótima pessoa. Espero que esteja tudo bem com ele lá na região de Washington. Acho que vou começar a escrever pra ele daqui alguns dias.
Com amor, Charlie.
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Querido Charlie (fanfic AVDSI)
FanfictionApós do grande sucesso do livro e filme "As vantagens de ser invisível", que se tornou um clássico nos anos 2000 sobre a vida de adolescentes, e problemas como depressão, suicídio, drogas, sexo, felicidade de terminar o ensino médio que essa fase da...