10. Epílogo

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Assim que entrou no seu quarto, Charlie escreveu na máquina uma de suas belas cartas , dessa vez a última a seu querido amigo anônimo.

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Querido amigo,
Estou escrevendo essa carta para registrar por vez a minha evolução como pessoa, como amigo, e como uma pessoa que sofreu muito com o luto, a depressão e doenças mentais que vieram junto numa época muito difícil em minha vida. Eu fico feliz por estar te escrevendo nesses anos todos, eu desabafei o que sentia por meio de cartas, não sei se você as recebeu ou teve tempo de ler todas — pois, assim como eu é uma pessoa ocupada e jovem.

A primeira coisa que eu posso dizer a você e todos aqueles que estão lendo esta carta, é que a depressão, pânico, alucinações, agressividade pela fragilidade mental de uma pessoa não é nenhum tipo de frescura. São doenças horríveis e que só quem têm elas sabe a dor que provoca. Mas, elas têm melhora e até controle permanente, se você procurar ajuda médica seja terapia e psiquiatria. As pessoas julgam os doentes, e acabam até piorando o caso, falando coisas horríveis não só fora de casa como dentro dela. Caso passar por algo assim, não se desespere, tente ficar calmo e procure ajuda. Talvez tenha amigos que te ajude como eu tive. E estou muito bem!

Segundo que, consegui me realizar na vida. Sou um escritor de estórias românticas e de livros de carta como o livro "Querida Sue", onde quando li, me identifiquei muito com essas cartas que andei te escrevendo. Também consegui fazer a faculdade de jornalismo, eu quero me especializar em esportes pois, amo jogos, assim como meu irmão que continua jogando. Depois, Sam e Patrick concluíram suas faculdades, tomaram suas vidas, Sam é minha namorada tem uns dois anos e assim pretendemos continuar. Ela me ama de verdade, e isso é incrível. Patrick também namora um cara, ele agora pode ser feliz e viver sem medos de agressões como aconteceu na adolescência. Somos jovens adultos agora, temos planos de morar na mesma cidade, e cultivar tal amizade que começou por acaso.

Minha irmã se casou há poucos meses e está feliz sem ter que sofrer nas mãos de um cara como Craig. Possivelmente, logo serei tio. Deve ser muito bom! Mary Elizabeth foi morar na Grã-Bretanha e está tendo uma boa vida lá, ela se converteu ao catolicismo, isso diz a notícia que nós recebemos de sua amiga Alice que mora em Washington D.C.

Desejo a você que seja feliz assim como estou sendo, não se machuque nem faça aquilo lhe vai fazer mal. Viva! Estou com 23 anos, sou um jovem adulto, merecemos viver o que a vida tem a nos oferecer ainda. Por mais que o caminho seja difícil, dolorido, podemos conseguir o que queremos se tiver determinação, motivo e meta. Muito obrigado, de verdade.

Com amor, Charlie.

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E assim, termina a fanfic, uma continuação imaginária de um dos melhores livros e filmes que já conheci. (O autor)

Querido Charlie (fanfic AVDSI)Onde histórias criam vida. Descubra agora