Marinette é uma garota de dezesseis anos um tanto desastrada, sem coragem para se declarar ao amor de sua vida: Adrien Agreste, que por coincidência também é seu parceiro de lutas, Chat Noir. O coração da menina se vê dividido quando o gato preto pa...
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Não escuto o despertador, como sempre. Ao ver meus dois minutos de atraso, saio correndo em velocidade luz e consigo chegar na escola em menos de três minutos. É a aula da Senhorita Bustier, então estou lascada.
Na porta, vejo que ela está escrevendo algo na lousa, então me jogo no chão, engatinhando na frente da mesa do Adrien e do Nino.
ProfessoraB: Deveria ser menos previsível Marinette. — com a fala dela todos da sala me encaram e minhas bochechas coram. Sento no meu lugar, recebendo um carinho de Alya.
Mari: Sinto muito, Senhorita Bustier, não vai se repetir.
ProfessoraB: Não prometa o que não pode cumprir, Marinette. — suspiro tirando o meu material da mochila.
O sinal bate anunciando o fim da aula. Bocejo e saio da sala, sentando em um banco perto da escada. Desenho eu e Chat, acho que vou entregar pra ele essa noite.
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Adrien: Belo desenho! — pulo no banco, quase caindo no chão, mas no ultimo segundo, sou segurada por ele.
Mari: Obrigada.
Adrien: Gosta de... como é o nome do shipp mesmo? Ladynoir? — se senta ao meu lado. Há algumas semanas eu piraria completamente por ele estar tão perto, mas esse sentimento não existe mais.
Mari: É... mais ou menos. Um amigo bem próximo é an... "fã" do casal. — faço aspas na palavra. Adrien ri, relaxando sua postura.
Adrien: Bem... ele está muito bom!
Mari: De novo, muito obrigada.
Adrien: Então, o que acha do Chat?
Mari: Do Chat? Bom... não sei direito. Apesar de sempre estar fazendo piadas, sorrindo o tempo todo e tentando arrancar a tristeza das pessoas, sinto que ele é um garoto que precisa desse mesmo carinho que tem por todos. — ele parecia impressionado, com os olhos arregalados, lábios entreabertos e paralisado. — N-não sei, quando olho pros olhos dele, é como se ele tentasse esconder toda a tristeza que tem no coração.
Adrien: I-isso foi incrível. Você pensa em dizer isso à ele?
Mari: Não, eu gostaria de ajuda-lo. E outra, como eu o encontraria? Afinal não é todo dia que se vê um gato preto na sua janela né? — rio nervosa, esperando que ele acredite.
Acho que vai funcionar.
O sinal bateu e nos levantamos, indo pra sala. Quando entramos eu sentei no meu lugar e sorri pra Alya, que chegava de mãos dadas com Nino. Eles assumiram o namoro à pouco tempo, e me sinto meio deixada de lado às vezes.
Na velocidade que as coisas vão indo, acho que Adrien se envolverá com a Kagami, a japonesa que lutou contra ele no esgrima mês passado.
O dia passou calmo hoje, não houve akumas e eu pude ir na loja de tecidos, comprar material pra fazer um vestido para a Ladybug. Não sei porquê estou fazendo, não haverá nenhum evento, mas talvez eu dê a Alya, quem sabe numa festa à fantasia?
Mari: Boa tarde... pode me ver um e vinte desta estampa por favor? — aponto para o pano vermelho de bolinhas pretas, como o uniforme da Ladybug.
Moça: Claro! — ela recorta. — É profissional na área?
Mari: Na verdade sou uma colegial que sonha em ser designer. — sorrio.
Moça: Bom, se foi você quem fez a customização da sua bolsa, então tem um futuro brilhante!
Mari: Muito obrigada.
Pago o pano e volto pra casa. Já está escuro, acho que são umas oito horas, mas eu sei me defender, caso precise.
Chegando em casa, cumprimento meus pais e subo direto para o quarto, jogando a sacola na minha mesa e sentando na cadeira. Ligo o computador e faço algumas pesquisas para o nosso trabalho de biologia. Me viro para buscar a mochila que fica na mesinha perto da cama e tomo um susto.
Chat Noir estava dormindo.
Chat Noir estava dormindo na minha cama.
Me aproximei com a cadeira de rodinhas e fiquei próxima ao seu rosto. O cabelo loiro estava espalhado pelo meu travesseiro, deixando sua testa à mostra. Seu rosto estava tão sereno que eu não queria acorda-lo, mas era preciso.
Afaguei seu cabelo e ele juntou as sobrancelhas douradas, acordando lentamente.
Chat: Mari? O que você ta fazendo no meu sonho?
Mari: Vim te avisar que a Mari de verdade chegou, e você precisa acordar, ou ela vai ficar brava! — falei com a voz baixa pros meus pais não ouvirem. — Ah, e fala baixo, porque os pais dela estão lá embaixo.
Dou um tapinha leve na sua testa, rindo em seguida. Chat se senta, passando a mão pelos cabelos, que até então estavam mais bagunçados que o normal.
Chat: Você sabe ser má, princesa.
Mari: Para de me chamar assim ou te expulso de casa...
Chat: Só por isso vou te chamar assim.
Mari: Gatinho idiota, eu não sou como a sua Lady.
Chat: Do que me chamou?
Mari: Idiota?
Chat: Não, antes!
Mari: Não falei nada oras... — finjo demência, eu não ia me dar por vencida.
Chat: Gatinho. Você me chamou de Gatinho. E eu gostei! Por favor, refira-se a mim somente com este substantivo, sim?
Mari: Ah claro... que não. Cai fora gato de rua!
Chat: Só saio quando me chamar de gatinho.
Mari: Eu não vou te... — sou interrompida.
Chat: Marinette...
Mari: Por favor vá, gatinho. — minhas bochechas coram e abaixo a cabeça envergonhada.
Chat sorri travesso e se levanta, chutando minha cadeira e só não me fazendo cair por segurar meu corpo contra o seu. Que gato abusado!
Chat: Até amanhã, princesa. — sussurra e pula pela minha janela, me deixando atônica observando tudo.
Definitivamente, esse gato está entrando no meu coração.