Bônus Robert Carson II

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       A Jéssica ultimamente está estranha, além da mudança de humor constante, ela vêm me surpreendendo na cama. Fui obrigado a fugir dela agora pouco, se eu dissesse que não estou gostando disso, seria uma mentira das mais mentirosas. Eu sou um desgraçado mesmo, desvirtuando um anjo daqueles... Escuto batidas na porta.

- Entra! - Só o perfume de flores que entrou, já sabia quem era, antes mesmo de olhar.

- Oi bebê! - Ela insiste com esses apelidinhos gays. Quem diria que eu Robert Carson estaria vivendo isso.

- Bebê não, Jéssica! Assim tu ofende a minha masculinidade. - Ela ri e seu sorriso foi capaz de iluminar tudo, principalmente algo aqui dentro, que eu não sei explicar como ela consegui fazer, uma coisa dessas.

- Ta bom Roby! - Amo quando ela me chama assim. - Eu vou ao salão fazer as unhas... Algum problema? - Ela me olha de um jeito estranho.

- Espera mais uns minutinhos que eu te levo.

- Não amor... Isso é coisa de mulher, não precisa! - Noto seu nervosismo, ela está mentindo...

- Eu não me importo...

- Por favor Robert! Você está cheio de trabalho, se você interromper isso pra ir comigo, ficarei mal... Eu prometo que não voltarei tarde! - Ela está certa, deve ser coisa da minha cabeça.

- Está certo! Mas pelo menos leve meu cartão...

- Nem pensar! Já falamos sobre isso. Vou lá. - Ela sai como um foguete nem sequer me deu beijo... Credo Robert quanta carência! Vai acabar mijando sentado daqui a pouco.
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     Fico mais um tempo trabalhando, mas meus pensamentos não saem de uma certa mulata que vem me tirando a paz... Eu no auge dos meus 30 anos, de quatro por uma garota de 20...

    Decido ir até a cozinha comer alguma coisa, mas no caminho sou interrompido pela campainha. Ao abrir a porta lá está Will no seu estilo motoqueiro, fazia um tempo que não o via, nós nos formamos na mesma faculdade, sem falar que fomos colegas desde o colegial. Mas ultimamente tenho o evitado, seu jeito nunca havia me incomodado, porém desde que ele começou a se engraçar pra Jéssica e ter quase abusado dela, não suporto nem olha-lo na cara.

- O que faz aqui? - Digo sem rodeios.

- Calma amigo! É assim que você trata seus parceiros? - Diz com ironia, entrando sem ser convidado.

- Fala duma vez o que venho fazer aqui? Estou cheio de trabalho Will.

- Vim atrás da minha gata! - Que ele não esteja falando de quem estou pensando...

- De quem está falando?

- Da Jéssica! Vou te contar hein que garota mais boa de cama, nós combinamos de nos encontrar no motel do Centro, mas ela não apareceu... Vim aqui ver o que aconteceu? - Nesse momento já estou vendo tudo vermelho.

- Repete o que disse?

- Que foi cara? Ela não te contou? Nós estamos saindo a um tempo. Eu vou te mostrar mas não diga a ela que viu... - Ele pega seu celular e começa a mexer em alguma coisa, e quando ele me passa e eu vejo aquelas fotos... Foi como meu chão se abrisse de baixo dos meus pés. Algumas fotos estavam escuras, mas outras deu pra ver o suficiente... Era ela ali transando com ele, impossível ter sido montagem, pois até os sinais que ela tem pelo corpo, eu vi nas imagens. Deixo o celular cair no chão! - Hey cara está maluco? Esse telefone é novo!

- Vaza daqui Will, antes que eu arrebente a sua cara! E apague essas fotos! A intimidade de uma mulher deve ser respeitada, por mais que ela não passe de uma vagabunda! - Meu peito chega a doer... Nunca senti nada parecido.

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