O Dono Do Morro: A Vingança

Capítulo 63

-Eu não vou ter julgamento?

-Filho da puta desse.

Eu já tava todo acabado, passaram a noite inteira me espancando e hoje a manhã toda também, sem comida, sem água nem me deixaram dormir eu to sendo tratado como um cão do geito que mereço.

Eu já pensei em um geito de me matar mais ta difícil dentro dessa cela, ninguém apareceu pra me defender e nem pra me culpar.
Só que agora eu estou sendo levado pra um presídio sem nem ser julgado.

-Que porra e essa eu não mereço nem um julgamento descente?

-Tu e muito sinico em filho da puta, ninguém tem provas contra tu ninguém tem fotos suas e ninguém nunca nem descobriu teu nome vagabundo, tu vai morrer na cadeia pra largar de ser filho da puta.

Eu não queria que fosse assim, eu queria pagar pelos meus crimes e pelos meus pecados eu mereço isso.

-Se precisam do meu nome eu dou mais eu quero meu julgamento.

O filho da puta abriu a cela é começou a me dar mais choques, me deixaram a noite nu jogando no frio e apanhando, isso fazia eu esquecer por um segundo da merda que fiz...
Toda vez que eu fechava os olhos eu via ela jogada no chão do banheiro cheia de sangue, e eu gritava mais não era por eles era por ela, pelo que eu fiz com ela.

Me deram um short de pano praticamente todo rasgado, eu vesti e eles me arrastaram de novo pra um camburão, eu estava a caminho do inferno...eu sei como e dentro desses presídios.

Nois demorou chegar la é fazia um calor do inferno dentro daquele camburão...eu ainda estava puto por não terem deixado eu ver ela e enfrentava eles toda hora porque eu queria mesmo sentir dor.

Não demorou muito e depois de mais uma surra me jogaram em uma cela com mais 9 caras.
Entrei e eles já ficou me olhando torto, eu mal abria um dos meus olhos estava inchado que só o caralho.

-Tão olhando o que bando de filho da puta!

O primeiro subiu em cima de mim é começou a me chutar, os outros vieram em seguida e eu gargalhava alto e chorava ao mesmo tempo...eu quero muito morrer.

-Para com isso porra! -Um deles falou.

Eles o obedeceram na hora e saíram de cima de mim.

-Continua porra! Eu quero morrer.

Eu não aguentei mais nem um segundo e apaguei.

Acordei com uma fome e uma sede do caralho...maldito Jefferson não me deixou morrer.
Eu não comia talvez a um dia já, fiquei deitado no chão frio sem saber nem que horas eram e nem pra que presídio me trouxeram...eu só queria morrer.

O gosto de sangue levava meus pensamentos direto pra ela...eu lembrei da nossa primeira noite, eu lembrei da primeira vez que a vi quando matei os seus, lembrei dos beijos quentes que ela me dava, lembrei de como ele me dava prazer e fantasiei como seria o nosso futuro... Eu estraguei minha vida.

Voltei a chorar naquele chão imundo e os meus companheiros de cela sorriam de mim.
Eu não ligo pra mais nada nessa vida, percebi que a noite chegou quando os guardas passaram jogando os marmitex  de comida nas celas.
Eles jogaram apenas 5 na nossa.

-Ei porra só 5? Vocês já botaram outro fudido aqui e vem dar 5 marmita.

-Divide caralho.

-Vou dividir e seu cu e essa desgraça aqui deve ter morrido.

Eu me sentei pra mostra que tava vivo e me escorrei na parede, não fiz questão de pedir comida pra eles e nem água eu sei muito bem que mereço isso que to passando.
Foi uma noite longa naquela cela, o calor virou um frio insuportável e meu corpo doía tanto...doía igual o dela doeu toda vez que eu bati nela.
Minha vida vai ser essa, me culpar pela dor que causei a ela e por ter tirado a vida dela, eu matei minha própria mulher e os meus filhos, que homem faz isso? Que bosta de homem eu sou.

Meu corpo doía tanto, podia doer ate eu morrer mais parece que vaso ruim não quebra fácil mesmo, se quebrasse eu já tava morto de tanta porrada que peguei hoje.

***

Amores muito feliz com o Sucesso que o livro ta fazendo, eu to muito satisfeita porque tudo que quero é mecher com os sentimentos de vocês é parece que estou fazendo bem isso. 😍😍

Muito obrigado por cada voto e por cada leitura.
Vocês são de mais ❤