Capítulo 67

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~Bella narrando este capitulo~

Da pra acreditar que já se passaram um ano e meio? foram dias longos. Ainda moro com o Jefferson, mais e cada dia mais doloroso olhar ele e lembrar do H eu quis voltar varias vezes mais ele me fazia mudar de ideia. Assim que me recuperei das cirurgias que fiz eu ingressei na carreira militar aqui de Londres, foi um treinamento rápido, estou a seis meses em serviço ativo servindo a policia metropolitana de Londres, no departamento em que trabalho todas as pessoas são legais. Meu Deus, quem diria que a Bellatrix estaria um dia em Londres servindo a policia? Foi o melhor que pude fazer, a dor física causada pelos treinamentos me faziam esquecer a dor emocional dentro de mim. Já estava anoitecendo quando recebemos um chamado, tinha um louco cheio de bombas no meio da London Eye. Nesses casos nos vamos apenas dar apoio, mais eu também trabalho com eles pois só eu em todo o departamento sei lidar com essas situações sem perder a vida de ninguém.

Chegamos lá rápido, pois a London Eye estava lotada, tinham muitas vidas em risco e nos precisávamos ser ágeis.
O homem estava parado próximo a grande roda gigante e gritava pra ninguém da um passo, varias pessoas choravam e gritavam lá de cima o homem estava com o detonador na mão e de longe pude ver que ele chorava, ele não queria fazer isso.

-E ai o que vamos fazer?

-Já tentamos entrar em um acordo mais ele não aceita, e muito arriscado atirar no corpo pois esta repleto de explosivos.

-Senhor temos vários homens preparados nos prédios ao redor de toda a London Eye, só precisamos de sinal verde pra atirar.

-Mais não tem como atingir o corpo dele, onde pretendem atirar?

-Na cabeça.

-Não, em hipótese nenhuma vão matar aquele homem, eu quero nesse minuto viaturas indo na casa dele e de qualquer parente vivo.

-O que?

-Exatamente o que ouviram, vão ligeiro e protejam qualquer parente amigo ou família que esse homem tenha.

-Comissaria Bellatrix? Seu marido esta no telefone.

-Ele não e meu marido, passa pra mim ligeiro.

Peguei o celular da mão dele e botei na orelha.

-Fala ligeiro você sabe que to no meio de uma operação.

-Eu te conheço e to vendo os jornais, não faz besteira.

-Exato você me conhece e sabe que não costumo perder vidas, faz a janta querido.

-Bellatrxi! Bella!

Desliguei o celular entreguei a ele e comecei a tirar os coletes a prova de bala que eu usava.

-O que você esta fazendo?

-Eu vou acabar com isso agora e do meu geito.

Tirei todos os coletes e armas do meu corpo, prendi meu cabelo em um coque e respirei fundo.

-Sem chances que eu vou deixar você ir lá, você esta pondo a sua vida em risco.

-Ninguem vai me impedir e nem atira nele, essas são minhas ordens.

Depois de ficar só com a roupa do corpo fiz um sinal pros meu colegas que iria, todos me olharam assustados.

-Bella esse homem não tá normal vocês não vão ter uma conversa normal e tudo vai ficar bem.

-Obrigado pela preocupação.

Sai caminhando de encontro a ele com as mãos erguidas em forma de rendição.

-SE AFASTA! SE VOCÊ DER MAIS UM PASSO!

-Calma eu só quero conversar com você.

-SE AFASTA!

-Por favor fica calmo, eu estou desarmada olha.

Levantei minha blusa e dei um volta pra ele ver que eu não estava armada, as pessoas ainda choravam ao redor é ele parecia muito aflito, eu via em seus olhos que ele não queria fazer isso.

-Seu nome e Nicolas certo?

-POR FAVOR SE AFASTA!

-Nicolas você não precisa fazer isso.

-Sim, eu preciso sim.

-Solta o detonador Nicolas.

-Na sua barriga, são cicatrizes?

-Sim.

-Eu conheço essa cicatriz por que sou pai, voce tem filhos?

-Eu perdi... os dois.

-Por causa dos tiros?

-Sim...Agora solta esse detonador e vamos conversa.

Eu chegava cada vez mais perto dele e a cada minuto ele cedia mais, meu plano não era atacar ele e tomar o detonador.
Ele começou a chorar mais.

-Eu sinto muito.

-Calma....fica calmo.

Eu já cheguei o mais perto que podia e o abracei, ele correspondeu o abraço e foi se ajoelhando no chão peguei devagar o detonador da mão dele e os outros policias já se aproximavam, enquanto ele me abraça e chorava entreguei o detonador pra um de meus parceiros, todos aplaudiam e choravam emocionados.

-Sua casa já esta protegida Nicolas.

-O que? Você... como sabia?

-Digamos que eu sou boa em dedução.

Levaram ele pra tirar as bombas do seu corpo e meus colegas de serviço me abraçavam e me parabenizavam pelo que fiz, haviam vários repórteres mais minha identidade tinha que ser protegida pra que o verdadeiro assassino não resolvesse se vingar.

Pouco depois foi descoberto que realmente a família dele estava ameaçada é não ia demorar muito ate pegamos o mandante, todos formos para o departamento comemora mais uma vitória. Depois da comemoração fui pra casa acalmar o pobre Jefferson que sempre sofria com minhas loucuras.

-Boa noite cadê minha janta?

Entrei em casa e ele correu pra me abraçar.

-Tu ainda me mata Bellatrix, odeio quando você põe sua vida em risco.

Eu e ele mantemos uma meia que amizade colorida, eu não conseguir amar ele...era dolorosa até olhar pra ele pois eu lembrava do H, ele tentava entender mais não desistia de conquistar meu amor, o nosso colega de casa Isaac e um ruivo muito chato, e aquelas pessoas rabugentas mais gosto dele...Bem essa e minha vida de um ano e meio longe do Brasil.

O Dono Do Morro: A VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora