6 Damon

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Acabei indo eu mesmo buscar os irmãos Dragomir no aeroporto, estava ansioso
demais para ficar em casa, Draco cuidaria daquela menina direitinho, não tinha
dúvidas quanto a isso. Cheguei alguns minutos antes do jato pousar, o primeiro
a sair foi Caleb, logo depois Cambriel, farejaram o ar, avaliaram o local, e então
saiu a tão procurada esposa dos ruivos. Baixa, magra, com longos cabelos
encaracolados e olhos esverdeados. Era engraçado, pois eles pareciam duas
muralhas ao lado dela. Prevendo alguma ofensiva, Cambriel trouxe seus
melhores homens, reconhecia de longe, Victor, um vampiro antigo, Joshua,
lobisomem, um alfa sem alcateia, e Drake, um alquimista jovem, com sede de
poder, mas muito devoto aos Dragomir.
_estava esperando por Draco, já tinha até preparado a lista de ofensas que
dirigiríamos a você, Damon! – Caleb falou sorrindo.
_é bom te ver também! – ele sorriu – Cambriel, e você senhorita...
_Sansara! – estendeu a mão e apertou a minha, com firmeza. Ela tinha
personalidade – então você é o famoso destruidor de corações... – olhei pelo
canto dos olhos, Cam prendendo o riso.
_não acho que esse título faça jus a minha pessoa! Entretanto o do seu marido...
– rapidamente, ele me interrompeu.
_vamos indo, sim!
_vamos! – sorri malicioso, iria ter volta.
Fomos em carros separados, Victor e a equipe em um, nós em outro, enquanto
outros dois carros nos acompanhavam de perto. Parecíamos um pequeno
comboio, mas aquilo não seria nada, perto do que colocaríamos na caçada, se
as informações fossem verdadeiras.
_é uma garota, não é? – a voz de Sansara tirou-me de meus devaneio.
_perdão?
_a pessoa, que tem a informação! É uma garota...
_como você sabe... Você... – ela negou.
_não li sua mente, mas se fosse homem, você já teria conseguido respostas
mais claras! – comentou distraída com a paisagem – e pelo visto, há muito mais...
_infelizmente...
Fomos em silencio até a mansão. Cada um perdido no seu próprio pensamento,
os acomodei em um dos quartos de hospedes e me recolhi ao meu quarto.
Estava resistindo a tentação de seguir o cheiro doce e floral, daquela menina de
olhos bicolores. Tentei de todas as maneiras relaxar a mente, mas precisava de
respostas, se o que ela tinha dito fosse verdade, precisávamos resgatá-lo o
quanto antes, isso se ele ainda não tivesse ficado louco ou pior. Arrepios
percorriam meu corpo e meus pensamentos se voltavam cada vez mais para as desgraças que podiam estar acontecendo com meu irmão, enquanto eu o
negligenciara todos esses anos.
Completamente perturbado, levantei, pus uma calça de algodão, pulei pela
janela e fui correr pela propriedade, precisava clarear meus pensamentos e pôr
a cabeça no lugar. Apurei cada sentido do meu corpo, sentindo o cheiro da
floresta ao meu redor, e terra húmida sob meus pés, os pequenos ruídos ao
redor, animais pequenos fugindo, sentindo a presença de um predador perigoso
na área. Era uma experiência revigorante, se sentir um, com a natureza.
Não sei exato, que horas, voltei para a mansão. Entrei pela janela e fui para o
banho, após me limpar e me vestir adequadamente, fui atrás das repostas que
tanto desejava.
Encontrei Sansara no corredor, parecendo perdida.
_ah, ainda bem que o encontrei! – sorriu e se aproximou – Draco nos falou que
você saiu para correr, então o aguardamos!
_me aguardaram para que?
_para obter respostas! Vamos? Estão nos esperando na sala! Vim te chamar,
estava tentando advinha qual quarto era o seu! – comentou já caminhando rumo
as escadas.
Encontrei Draco, Caleb, Cambriel e a menina na sala, sentados no chão,
formando quase um círculo. Nos juntamos a ele no chão e ela começou a
explicar.
_não acredito que a menina esteja mentindo, mas para simplificarmos mais as
coisas, vou mostrar a todos vocês de uma vez!
_tem certeza que consegue? – Cam perguntou parecendo preocupado.
_sim! – afirmou – será um pouco desgastante, mas nada que algumas horas de
sono não resolvam! – sorriu – agora, como lhe pedi Safira, fique no meio, todos
daremos as mãos e entraremos nas suas memorias! Não precisa se preocupar,
não vai doer nada, você vai apenas sentir uma sonolência!
_tudo bem!
A menina sentou-se no meio do círculo, e todos demos as mãos, qual foi nossa
surpresa, quando ela apenas tombou para o lado desacordada.
_não! – Sansara repreendeu Draco quando ele ameaçou soltar as mãos e ir
socorrê-la – ela está apenas dormindo! Fechem os olhos e tentem não pensar
em nada...
Era meio impossível fazer o que ela pediu, mas aos poucos, fui focalizando
apenas uma tela branca, e tudo pareceu o mesmo. Quando de repente, fomos
assaltados por um turbilhão de memorias.
A primeira era de uma garotinha chamada Estela, era amiga do coelhinho.
Depois uma memória embaçada de um aniversário de criança.
Logo mudou para flahs de uma formatura do segundo grau.
Então apareceu o vestido que ela estava usando quando a encontramos, de
gala, para uma festa a caráter.
Então o acidente, o carro capotando e Alexus tentando matá-la.
Então um espelho e o reflexo dela, conversando com a mesma.
_estamos quase.... – Sansara resmungou.
Então a imagem parou num corredor escuro. Era como se eu estivesse correndo,
ofegando, sendo perseguida por alguma coisa. O lugar era escuro e frio, e de
repente me vi em frente a uma porta rustica. Eu colocava aquela estranha chave,
e abria a porta.
A imagem de Dante, preso à parede por correntes, chocou-me.
Seus cabelos estavam longos, e seu corpo esquelético e machucado.
Então Alexus apareceu na cena, lançando-me na parede, perguntando pela
chave.
_céus... – Sansara choramingou.
Então lentamente a cena começou a rebobinar. De trás para frente, íamos dando
passos para trás, voltando ao início do corredor, havia uma porta, dentro de um
casebre, alguns selos na porta, um conjuro provavelmente, para que nenhum
vampiro farejasse o que estava ali dentro. Voltamos um pouco mais e saímos da
casa.
Era um casebre de matérias de jardinagem, quase escondido, por conta dos
arbustos e da plantação ao redor.
Tudo ficou escuro, quando Sansara desconectou a todos nós, de uma só vez.
_é tudo que tem na cabeça dela... – murmurou baixinho, jogando-se no colo de
Caleb, que a amparou preocupado. Ela tinha um pequeno filete de sangue
escorrendo pelo nariz.
_Sansa... – chamou-a.
_pizza e cama! – murmurou.
Suspiramos aliviados. Ela estava bem. Então surgiu a outra questão.
_Damon... Ele está vivo? – perguntou cabisbaixo.

Suspense.....
demorei
Mas postei
Para:
LeylaPenha
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LiseBane30

Irmãos Valerian - Série IMORTAIS - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora