Elemental - Caminho para a luz

Capítulo 1 - O ressurgir das chamas

Essa é minha terceira história, mas é a primeira que posto, espero que gostem

- Mãe to saindo, daqui a pouco estou de volta - Falei e logo peguei meu skate e sai pela porta da frente já colocando o skate no chão, subindo no mesmo e dando impulso indo cada vez mais rápido no rumo da estrada.

Já estava acostumado, pelo menos 3 vezes por semana eu saia ao pôr do sol para andar por ai, me ajudava a relaxar e pensar na vida, sempre o mesmo caminho, saia de casa e descia a rua indo ate a estrada que levava para a cidade vizinha e ficava andando pela mesma. Mas está noite algo estava mudado, o anoitecer estava mais agitado, os pássaros estavam quietos, a estrada que sempre foi movimentada estava vazia, ignorando tudo ao meu redor coloquei meus fones de ouvido ligando minha música e continuei dando impulsos constantes no skate enquanto ouvia Linkin Park- Burn it Down. Passados alguns minutos ouvi um barulho que superou o volume da minha música, parecia que o céu estava sendo rasgado em dois, parei com o skate e tirei o fone e assim que olhei para o céu já escuro ele se iluminou, mas não foi o sol que reapareceu e sim uma grande rocha em chamas que passou por cima de mim e seguiu para a floresta ao lado caindo no solo causando um grande estrondo e uma corrente de ar violenta, não sei o que me deu, só soube que no instante seguinte eu já estava correndo para o local em que o meteoro caiu e cheguei lá alguns minutos depois.

Eu esperava chegar lá e ver uma rocha maciça em chamas, mas não, no local onde a mesma caiu abriu-se uma cratera mas no centro da mesma encontrava-se uma rocha fria como se estivesse estado sempre lá, a única coisa que a diferenciava do ambiente era o brilho avermelhado que a mesma irradiava. Observei a mesma como se esperasse que a qualquer instante algo saísse da rocha e me atacasse igual nos filmes mas nada ocorreu então finalmente criei coragem e fui me aproximando da rocha, ao estar diante da mesma continuei estranhando, pois para uma rocha que caiu pegando fogo ela não emitia calor algum. Logo me aproximei mais da mesma e fiquei em duvida se tocava ou não na rocha e no final decidi tocar, foi a pior coisa que fiz na minha vida, a rocha intensificou seu brilho e esquentou imediatamente ao meu toque, logo uma labareda de chamas saiu de dentro da rocha e subiu pelo meu braço indo no rumo do meu peito, a dor era lancinante parecia que cada centímetro do meu corpo estava pegando fogo, estava derretendo tanto por fora quanto por dentro, me joguei no chão e comecei a rolar de um lado para o outro esperando que apagasse as chamas mas nada adiantou, ela continuou se espalhando por meu corpo e consumindo cada centímetro de pele possível, consegui notar apenas uma coisa antes de desmaiar de dor, as chamas estavam apenas em mim, não havia mais nada na rocha e nem ao menos chamuscou a grama ao meu redor.

Não sei que horas eram nem quanto tempo se passou, não sei nem ao menos porque eu ainda estava vivo e deitado em algo macio, só pensei em uma coisa, se está é a sensação de estar morto até que não é tão ruim. Descobri que não estava morto quando tentei me levantar, meus músculos estavam todos doloridos e logo notei que na verdade estava no meu quarto e que ele estava iluminado pela luz do sol que estava nascendo. Depois de muita dor e esforço consegui me levantar e fui andando de vagar ate o banheiro, entrei no mesmo e tirei toda minha roupa e comecei a analisar meu corpo, não havia nenhum sinal de que horas antes eu estive em chamas, mas havia algo diferente, eu estava usando um cordão com uma pedra vermelha como pingente e o cordão em si parecia feito de algodão, a questão é que eu nunca fui de usar cordões.

Aquilo já estava estranho demais, primeiro pelo meteoro que caiu ontem, depois o mesmo me queima vivo e hoje eu acordo intacto e agora ganho esse cordão esquisito. Logo coloco a mão no pingente pronto para puxar o mesmo mas quando seguro nele o mesmo esquenta levemente e logo sinto um pulsar vindo do mesmo quase como se fosse meu coração batendo através dele e uma sensação de que poderia ser perigoso retirar o mesmo me domina, logo solto o pingente e já vou entrando debaixo do chuveiro, tomo um longo banho e realizo minhas higienes matinais, após sair do banheiro me seco com uma toalha e me visto com meu tênis adidas, a calça branca e uma camisa vermelha e já desço para o andar inferior indo até a cozinha de onde vinha um cheiro delicioso de sanduíche, sigo até a mesa me sentando em uma das cadeiras e logo minha mãe se aproxima me dando um beijo de bom dia no topo da minha cabeça e antes que eu pudesse pedi algo ela já havia colocado um prato com alguns sanduíches diante de mim e um grande copo de suco de laranja. Após ter tomado café terminei de me arrumar e me despedi de minha mãe, sai de casa apressado sabendo que já estava atrasado e que talvez eu perderia meu ônibus e teria que ir andando para a escola, foi dito e feito, assim que eu estava chegando na parada o ônibus já estava de saída e eu já sabia bem que nem adiantaria gritar pois ele não pararia mais, logo decidi ir correndo para a escola, eu me cansaria mas chegaria mais rápido do que se fosse esperar pelo segundo ônibus, sorte que a escola ficava apenas a 7 quarteirões de casa.