Elemental - Caminho para a luz

Capítulo 4 - Natureza inabalável

Prazer, sou Cauã, possuo 14 anos e moro com meus pais, Marcos e Lucimar, e com meus irmãos, João o caçula e Laís que é a mais velha. Meu pai trabalha como técnico de central de ar e minha mãe atualmente está desempregada, então ela fica em casa cuidando de mim e de meus irmãos, nossa situação financeira por não ser muito boa acabou praticamente nos "forçando" a trabalhar desde pequenos, eu mesmo quando
não estou estudando estou na praça fazendo mini-shows de dança de rua ou estou numa lanchonete trabalhando como garçom, meu foco é sempre passar de ano, no caso do 9° ano pois quero dar uma condição de vida melhor para minha família e foi ai que tudo mudou....

- Ei Cauã, bora logo para a escola - Gritou minha irmã Laís do andar inferior.

- Ta bom, estou indo - Gritei de volta e já fui terminando minhas higienes matinais.

- Vamos logo, hoje é o seu dia de acompanhar o João até a escola - Ela falou para mim assim que eu apareci descendo a escada.

- Oi irmãos - João veio descendo a escada já arrumado, mas ainda com os olhos vermelhos de sono.

- Oi João - Falei olhando o mesmo - Acordou cedo eim, achei que teria que ir lhe chamar, vou só terminar de me arrumar e já volto.

Na mesma hora subi as escadas e fui pro meu quarto me arrumar, peguei a minha farda da escola, uma calça Swag e um sapato verde de cano longo, um moletom do meu grupo de rap favorito Haikaiss e um chapéu vermelho que costumo usar quando estou trabalhando e os vesti, logo em seguida peguei meu skate e fuidescendo para a sala quando cheguei lá embaixo vi que o João estava me esperando com o skate dele na mão.

- Terminei João, vamos - Falei após ter tomado café - Tchau maninha.

- Tchau meninos - Ela falou sorrindo e nos acompanhou até a porta - Vão com Deus.

Fomos pra escola que era um pouco longe, o ruim e que temos que passar por uma BR quase deserta só que para chegar mais rápido peguei o costume de cortar caminho pela floresta o meu irmão nunca ia então a gente se separava, eu chegava sempre uns 5 minutos antes dele na escola então o caminho não importava muito, como eu tinha atividade pra entregar no primeiro tempo de aula valendo nota tive que me separar dele ali mesmo.

- Ei mano vou corta caminho por que tenho que chegar cedo para entregar um trabalho - Falei olhando ao mesmo - Você consegue chegar na escola de boas?

- Claro que consigo - Ele falou e ergueu o punho em cumprimento - Se bobear chego primeiro que você.

- Só quero ver - tocamos nossos punhos e nos separamos.

Entrei na floresta com o skate em mãos e comecei a andar pela floresta no sentido da escola quando ouvi um enorme estrondo de algo se chocando contra o solo da floresta e logo sai correndo no rumo do barulho para verificar o que havia acontecido, chegando ao local notei uma enorme cratera no solo da floresta mas não havia nenhum sinal do que pudesse ter criado a mesma, ao me aproximar da cratera notei que no centro da mesma havia brotado uma linda rosa e fiquei me perguntando como algo tao lindo havia crescido no centro daquele buraco sem vida, resolvi colher aquela rosa e logo fui descendo a cratera no rumo da mesma. Ao chegar diante da mesma me abaixei e toquei em uma de suas pétalas, na mesma hora ela começou a crescer num ritmo acelerado, duplicando, triplicando e quadruplicando de tamanho sem parar enquanto mudava de forma, a mesma foi engrossando, crescendo e criando folhas e galhos de suas pétalas, segundos após meu toque eu já estava diante de uma árvore praticamente adulta e desenvolvida, na curiosidade para ver se aquilo era real fiz uma idiotice, resolvi tocar na árvore, no momento em que encostei no tronco da mesma dois galhos dela se alongaram e se enroscaram em mim me prendendo e puxando para dentro da árvore, o tronco da mesma se abriu como se fosse realmente me engolir e foi isso o que ela fez, quando me dei conta estava apenas com a cabeça para fora do tronco da árvore mas logo depois a árvore voltou a agir e fechou seu tronco sobre mim me prendendo em seu interior.