Capítulo 5 - Chuva de raios

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- Sua inútil - Gritei com a empregada - limpa isso direito.

- Sim senhor - Disse a mesma enquanto terminava de limpar.

- Agora saia do meu quarto sua incompetente - Falei com um sorriso de escárnio no rosto - Antes que eu te mande pro olho da rua.

- Sim senhor - Disse a mesma saindo rapidamente do meu quarto.

(Prazer, meu nome é Guilherme, tenho 16 anos e atualmente estudo no segundo ano do ensino médio, meu pai Alberto é um tremendo de um milionário com alma de pobre, ele nem liga tanto para dinheiro, ou sequer trata o funcionários diferente, trata todo mundo igual e é isso que me irrita, ele sempre falar que dinheiro não dá respeito, mas sim medo nas pessoas. Minha mãe a dona Paula já é completamente o oposto do meu pai, ela coloca todo mundo em seu lugar, gente rica ao lado e os empregados limpando o chão aos nossos pés, eu acho que ela está certa, afinal quem tem dinheiro tem poder e quem tem poder deve tratar como inferiores aqueles que não têm.)

- Guilherme! Vamos desça já aqui

Ouvi meu pai gritar do andar inferior e logo sai do meu quarto e desci as escadas indo de encontro ao mesmo.

- Sim pai?

- Você desrespeitou nossa empregada de novo? - Ele falou com uma expressão seria no rosto.

- Mas é claro - falei e logo dei de ombros - Essa inútil não faz nada certo, tive que brigar com ela para ver se ela aprende.

- E você por acaso é melhor do que ela para falar alguma coisa? Consegue pelo menos lavar decentemente uma louça?

- Claro que não, não preciso disso, sou rico, os pobres que façam isso para mim - Falei e logo sorri - Essa é a diferença entre eu e ela, quem tem dinheiro manda, quem não tem só obedece.

- Meu filho, o que diferencia uma pessoa da outra não é o dinheiro e sim o caráter e a honra - Ele olhou decepcionado para mim - E me dói dizer isso, mas creio que qualquer empregado nessa casa tenha mais valor perante a sociedade do que você, pois eles são pessoas de caráter e honradas enquanto você é apenas um moleque mimado pela mãe.

- Mas o caráter e a honra não vão me sustentar, o dinheiro vai - Falei enquanto encarava o mesmo.

- Então de hoje em diante nem eu vou te sustentar, chega de ser mimado, a parti de hoje você está sem carro e sem moto, vai ficar sem seu celular e vai passar a ir de ônibus para escola - Ele falou com um tom de voz firme - Além disso, não irei pagar suas despesas desnecessárias, só irei custear suas necessidades básicas e nada mais.

- Qual foi pai? Não fiz nada de errado - Falei emburrado - Só dei o devido tratamento que aquela empregada merece.

- É esse o problema, ela não merecia ser tratado daquela forma - Ele falou enquanto ia ate o gancho de chaves e pegava as chaves da minha moto e do meu carro - E você vai ficar de castigo até realmente aprender isso.

- Pai me devolva apenas minha moto, todos na escola tem veículos próprios, não quero ter que ir de ônibus e chegar la fedendo a gente pobre.

- Até você entender o que eu digo e mudar de atitude vai continuar assim, então nem adianta ficar ai pedindo suas chaves ou carona, e é bom que você se apresse senão vai perder o ônibus. - Ele falou e saiu andando no rumo do chaveiro - Lembre se que você tratou os empregados com rédea curta, agora você também será tratado dessa forma.

- O que esta acontecendo aqui? - Minha mãe chegou nesse instante e foi indo ate a bancada da cozinha.

- O pai confiscou meu celular e tomou as chaves do meu carro e da minha moto - Falo em tom de vitima - E ainda esta querendo me obrigar a ir de ônibus para a escola, tudo porque eu pus a empregada no seu devido lugar.

Elemental - Caminho para a luzOnde histórias criam vida. Descubra agora