Catania nasceu acostumada com a morte, em seu nascimento perdeu o gêmeo que a acompanhava, a menina cresceu sobre a sombra da morte do seu irmão, que reinaria todas as 12 alianças.
A dor da perda não era nada comparada a dor de carregar sobre sua cabeça a coroa que não a pertencia, e ao seu lado um homem que mal conhecia, Edgar do reino Octagron, seu casamento foi uma troca, a filha mais velha Catania de Arbolon, se casaria com o filho mais velho Edgar de Octagron e juntos governariam o reino cede das 12 alianças, Arbolon. Do outro lado da troca a filha mais nova, irmã de Catania, Amelia se casaria com o filho mais novo irmão de Edgar, Samael, e ambos estariam sobre o comando do reino de Octagron, o segundo maior reino das 12 alianças.As 12 alianças foram formadas depois de varios anos em uma guerra que parecia não ter seu fim. Muitos homens pareceram sobre aquelas 12 terras, cada rei queria ter mais que o outro rei. E a aliança surgiu com o primeiro casamento.
Os antepassados contam em suas cantigas que a viuva de Arbolon se apaixonou pelo jovem e solteiro rei de Viserys, e assim foi feito, o casamento que uniu o norte ao sul. E nos anos que se seguiam as princesas eram casadas reino por reino, aliança por aliança, até chegarmos com Catania. A ultima prometida. O ultimo reino se uniria e assim seria selado. E desse casamento surgiriam grandes reis que comandariam os 12 reinos.O casamento da jovem princesas de Arbolon e do então pequeno príncipe de Octagron aconteceu quando ambos haviam completado seu recém 16 anos de idade, Catania com toda sua beleza, seus longos e belos cabelos loiros, logo encheram o coração do garoto alto de cabelos castanhos, aquele menino tinha uma barba horrível, e apresentava músculos desproporcionais ao corpo esguio. O mesmo vivia pelo castelo carregando em sua cintura a grande espada de sua família, como se estivesse em território inimigo.
Muitas mulheres reinavam em Arbolon, poucos homens eram vistos subindo ao trono, o ultimo a subir ao trono forá o pai de Catania, o homem de saude fragil desde seu nascimento, subiu ao trono, governando por apenas 3 anos gelidos, aquele local se resumia em uma unica palavra, o grande e emponente castelo de Arbolon era triste. A tristeza era estampada no rosto da noiva e perceptível nos olhos de sua mãe, que a entregava em casamento, sabendo de seu futuro trágico.
- Como Dói- A mulher esbraveja sobre a cama encharcada de sangue. - Mamãe eu não aguento mais. - Ela apertava os braços das criadas, as quais preparavam-se para sacudir a mulher sobre o lençol, na tentativa de soltar a criança que lutava para sair de seu ventre. - Eu... não tenho forças.
- Lute minha filha - A senhora, de certa idade já avançada, curvava seu corpo em direção a cama. - Esse pode ser o seu rei.
- Eu não posso ter um rei - Ela gritava - E você sabe!! - ela tirava de si o resto de sua força, para expelir a criança, a qual não fazia parte deste mundo, sua pele era alva e estava coberta de sangue.
Nenhuma das pessoas ali presente esperavam um sinal de vida, Catania tinha a certeza que seu filho vinha ao mundo sem vida. O ser qual nunca moveu-se no ventre da mulher.
Catania completava seu vigésimo quinto aniversário, com a memória de seus 4 filhos já mortos.As pontadas que sentia em seu coração logo após ter a certeza de mais um filho morto em seus braços, o quinto menino perdido na ardua batalha cravada ainda no ventre da agora rainha, tirava-lhe a esperança de viver, novamente, o único respirar que escutava em seu repouso doloro era o seu, pausado, cansado, a consciência que carregava era mais pesada do que a montanha mais alta do deus Brockturn, não era seu primeiro filho, Flinn era o quinto retirado de seus braços após seu nascimento sem vida.
Todos meninos do qual a rainha não mais cheia de vida Catania jamais esqueceria, a feição, com seus cabelos negros como os de Edgar, a pele clara, e os olhos que nunca saberia a cor verdadeira, mas em seus pensamentos seguiriam a cor escura, assim como os de seu pai.Sua vida seguia fazendo jus ao xingamento que lhe deram como nome, Catania De Arbolon a rainha seca. Todas as vidas que eram postas em seu útero morriam antes mesmo do nascimento. Em suas noites mais sombrias o sonho que á atormenatava era de ter seus filhos em seus braços, chorando, com suas bochechas avermelhadas,
A mulher gritava agora ajoelhado sobre a terra molhada - Deuses porquê tiraram de mim a chance de ser feliz ao menos em um único dia de minha vida? A única coisa que sinto sobre o meu toque é as letras gravadas nas lápides de meus natimortos.
Eddard, Tristan, Rag, Angar, Flinn. Todos arrancados dos meus braços para que a morte não me tomasse junto a eles, mas eu quis Odin, eu quis que a morte me levasse, todos os dias após a morte do meu primeiro menino, eu desejei que a morte me tirasse deste mundo de alguma forma, eu nunca desejei tanto campos de batalhas abertos para que eu pudesse me ir.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Maldito Seja
FantasyExistem lendas que contam guerras que não presenciamos guerreiros que não sabemos se realmente existiram, tempestades devastadoras e seus sobreviventes, sabemos o que foi escrito pelos primeiros mestres e cantado nas fogueiras, sabemos do céu e sua...