Aah – O grito ecoava pelas paredes do castelo. – Não o tirem de mim!! Minha criança está segura, segura dentro de mim - A dor era tão forte quanto Catania podia aguentar, nunca em sua vida sentirá tal dor. – Por favor me deixem sozinha!! Eu imploro me deixem sozinha.
- Majestade você pode dar a luz em qualquer momento – Uma de suas damas de companhia insistia
- Me deixem sozinha!!! – A ordem era escutada – Eu não quero nenhuma de vocês aqui. – Mais uma pontada em seu útero, a rainha não tinha mais sua mãe, e não queria a companhia de nenhuma das mulheres que insistiam em rodeá-la.
As horas se passaram e Catania agonizava de dor em seu quarto, sozinha, de joelhos sobre a cama, a única certeza que a mulher tinha era de não sentir mais a criança de mexendo dentro dela, e isso a tirava da lucidez. Não seria capaz de aguentar mais uma perda.
-Vocês me prometeram – Ela gritava para as paredes – Deuses vocês me prometeram! – Os gritos assustavam desde os mais novos até os mais velhos que esperavam todos em volta da porta do quarto da rainha. – Por favor, venha com vida
As mãos da rainha percorriam seu corpo todo, tentando apalpar onde mais doía à dor mais forte era em sua alma, o medo a deixava sem chão.
A criança nascerá, quietam respirando pausadamente, mas quieta, ela estava encharcada de sangue, mas seus olhos estavam abertos e espertos encarando sua mãe.
-Abençoada és tu Freya!! – A rainha gritava.
"Abençoada és tu Catania, mãe de Katherine Princesa de Arbolon – A deusa se fez presente em seu aposento, Catania não sabia explicar como ela estava lá, mas ela estava, e seu medo passou quando a viu, - Sobre você, pequena menina, coloco minhas bênçãos, que Odin te carregue nos mares, que Balder te dê sabedoria, que Thor lhe dê força, que Floki te dê astucia, que todos os reinos saibam que é Katherine de Arbolon, eu Freya a ergo e lhe dou o sopro da vida, chore Katherine"
O Choro era alto, estridente, escandaloso. A menina que agora estava sobre a cama parecia ter ganhado vida naquele instante. A rainha a tocava, alisava, cheirava e a limpava com suas próprias mãos. – Minha filha – Com vida – Eu tenho uma filha!!
O rei e todos que esperavam por esse momento adentravam o quarto, Catania estava contemplando a criança que não parava de chorar, e Edgar ajoelhou-se próximo a cama.
- Você será tão forte quanto seus irmãos teriam sido. Erguerei-te como 20 guerreiros, minha filha. – O rei encarava Catania em buscas de respostas.
- Katherine! Seu nome é Katherine.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Maldito Seja
FantasyExistem lendas que contam guerras que não presenciamos guerreiros que não sabemos se realmente existiram, tempestades devastadoras e seus sobreviventes, sabemos o que foi escrito pelos primeiros mestres e cantado nas fogueiras, sabemos do céu e sua...